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Onde Estão os Reformadores?

Autor: Geoffrey Thomas

Encerra-se aqui a série de artigos em rememoração à reforma com a oração de que tenham sido úteis para todos que os leram e que nos façam considerar os caminhos que temos andado nestes dias.

"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vêde, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas;..." (Jr.6:16)(Zoênio M. G. Filho)
É muito difícil não estar preocupado a respeito do estado das igrejas evangélicas hoje. Não é nem tanto pela abundância de erros; isto já é sério o suficiente. Mas, o que é tão sério quanto isto e mais preocupante é que o espírito de reforma nos deixou. Onde estão os reformadores? Em vão nós procuramos por eles. A ausência deles é uma das maiores evidências do fato de que nós vivemos em dias de declínio espiritual.

Como é que vamos reconhecer um verdadeiro reformador? Não será por causa de algum "plano de reforma" que ele irá publicar. Nenhum verdadeiro reformador das gerações passadas jamais anunciou algum "programa", "estratégia", ou "década de reforma". Cada um simplesmente foi fiel às Escrituras e através da sua fidelidade a Reforma veio. Quando Lutero afixou as suas 95 teses na porta da igreja ele não sabia que estava preparando o caminho para a Reforma. Ele estava simplesmente sendo fiel às Escrituras. Quando William Tyndale decidiu traduzir a Bíblia para o inglês, a qualquer custo, ele não estava ciente de que estava preparando o fundamento para o nascimento do Puritanismo na Inglaterra. Quando Thomas Chalmers lutou contra o modernismo e contra o patrocínio de ministros e exigia o direito da congregação escolher o seu pró[rio ministro e a resistir os líderes que fossem forçados a assumir o púlpito, e quando ele protestou contra todas as tentativas do Parlamento ou dos Tribunais de inferência nos assuntos espirituais ou eclesiásticos, ele não sabia que isto iria resultar no chamado hoje de Disruption (Ruptura).

Estes reformadores da igreja estavam apenas imitando o exemplo do próprio Salvador, que simplesmente pregava de maneira fiel às Escrituras. Jesus apontou os erros da igreja nos seus dias, e foi rejeitado por causa da sua fidelidade. É assim que sempre será aqui na terra. A reforma não requer conferências especiais, especialistas caros, muito investimento em propaganda; na verdade, se qualquer pessoa que poderia vir a ser um reformador passasse a gastar tempo e investir nestes planos, eles não estariam mais agindo no espírito da reforma e seriam julgados por isso.

Quando pensamos a respeito do trabalho dos reformadores da igreja, jamais devemos olhar para as pessoas apenas. O livro escrito por Lucas deveria ser conhecido como "Os Atos de Cristo Ressurreto", ao invés de Atos dos Apóstolos. A Reforma da Igreja sempre é um trabalho soberano do Senhor. Qualquer reforma que realmente mereça este nome é inteiramente o trabalho de Deus e não o fruto de uma ação ou pessoa qualquer.

A Bíblia nos diz que "O Espírito do Senhor revestiu Gideão" em Jz.6:34. Isto não quer dizer que Gideão se ergueu imediatamente e entrou em ação, que ele de súbito jogou fora a preguiça e a sensação de derrota, e que o desejo de batalha o encheu, fazendo com que ele pegasse nas armas para lutar. Se isto fosse verdade, nós não estaríamos lendo a história dos Atos de Gideão, mesmo se o Espírito tivesse dado o primeiro impulso ou a primeira fagulha de ação. O que nós lemos é que "O Espírito do Senhor REVESTIU a Gideão". Estas belas palavras significam literalmente que o Espírito do Senhor revestiu a Gideão. Esta é a palavra usada quando o homem coloca sua roupa de trabalho para ir trabalhar. O soldador protege o seu rosto da solda, se reveste com óculos de proteção, o ferreiro coloca o seu avental de couro, revestindo o seu corpo de proteção, o piloto coloca sua jaqueta de vôo e está pronto para ir trabalhar. Mas ninguém é tão ingênuo que possa pensar que a roupa é quem capacita para o trabalho, mas sim, o trabalhador resvestido, é quem faz o trabalho. A Bíblia nos diz que o Espírito do Senhor revestiu Gideão, e este autor compreende que naquele momento, Gideão era para o Espírito o que o avental de couro é para o ferreiro. Gideão é apenas a roupa de trabalho - quem faz o trabalho é o Espírito de Deus. Então quem estava entrando em ação para libertar o povo e elevar o padrão? Era o Espírito Santo!! O Senhor se levanta para a batalha. O livro de Juizes não é um conjunto de estórias de grandes feitos de algumas pessoas exemplares; é o resultado dos poderosos feitos de Jeová. Olhe a vida subsequente de Gideão e irá encontrar um homem que cai. O que ele fez foi unicamente por intermédio de Deus, em um período de reavivamento.

Se a Reforma da Igreja não for vista desta maneira, nós ficaremos tão atarefados, estudando fatos e pessoas que participaram de eventos no passado. Sempre que existe um declínio na igreja e a acomodação domina, algumas pessoas ficam preocupadas e começam a reclamar do que está acontecendo. Eles dizem, "Sim, temos uma doença aqui, mas você não vai desertar da sua mãe doente!" Estas pessoas dão uma aparência de responsabilidade e gentileza, mas o diagnóstico delas está errado. As igrejas em declínio não são mães doentes; elas são médicos ruins dando veneno às mães e pais e crianças que foram colocadas sob os seus cuidados.
Também existiram pastores preocupados, trabalhando nas igrejas durante o tempo da Reforma. Este foi o caso, por exemplo, no País de Gales. Uns 200 anos foram necessários para que as verdades da Bíblia fossem aceitas pela maioria dos cristãos daquele principado. Como se explica isso? Era porque muitos pastores diziam às suas congregações que estavam preocupados com o estado da igreja, até falavam das mensagens da Bíblia, mas não entravam em ação. Eles acalmavam o povo com expressões de preocupação, mas a igreja local permanecia exatamente onde estava. Não foi transformada aquela comunidade até que a Palavra foi vigorosamente aplicada na vida daquele povo, e assim, dois séculos mais tarde eles passaram a viver e praticar o que o Novo Testamento ensinava. A oportunidade foi perdida na época, e só foi aproveitada 4 ou 5 gerações mais tarde.

Isto é o que acontece freqüentemente hoje, ministros e pastores falam dos erros existentes em suas denominações, e muitos diáconos ou presbíteros o apoiam, mas a "mamãe está doente", e nada é feito. Eles expressam a sua preocupação, permanecem "fiéis" e "evangélicos"; tomam conta do seu próprio púlpito e não fazem nada a respeito do que está sendo dito nos outros púlpitos da mesma região e denominação. Eles cooperam com todos os homens em campanhas evangelísticas e a sua estratégia alegra os moderados perfeitamente, assim, a moderação prevalece. Traição ao Evangelho está prevalecendo e eles pensam que podem trabalhar para reformar oferecendo o seu tempo. Tentam ir mudando os médicos que envenenam o povo gradualmente, até que os evangélicos como eles sejam maioria. Então elas começam por submeter-se e dialogar com os "envenenadores", e assim fazem parte deste mal que assola a igreja. Querem preparar toda a estratégia da reforma com as próprias mãos. Eles irão determinar um plano para si mesmos. Assim eles irão assumir a posição que o Espírito reservou só para Si.

A reforma genuína não tem nada a ver com as estratégias e planos humanos. As pessoas "bem intencionadas" estão capengando e tentando fazer um pouco neste momento para tentar deter o movimento das denominações históricas, buscando uma união com a Igreja Católica Romana, e os modernistas são exatamente este tipo de reformadores. Eles estão fazendo algo, não com convicção, mas com a sensação de que existem muitos homens mais capazes do que eles; na verdade estes homens não estão fazendo nada.
O caminho usado pelo Senhor para levar os reformadores da Sua Igreja pertence só a Ele. Os homens são instrumentos cegos, o mero avental de couro que o Espírito Santo veste quando vai entrar em ação. Eles são soldados, não sabem de todo o plano da batalha. Eles não são diplomatas ou estrategistas que decidem onde e como irão se posicionar estrategicamente. Este tipo de estratégia é totalmente errada, quando se trata da Igreja do Nosso Senhor.
Existe uma coisa que nós sabemos a respeito dos reformadores. Eles não são compreendidos e são mal interpretados e julgados pelos seus contemporâneos. Você deve ler o que os opositores de Spurgeon escreveram a respeito da sua pessoas e do seu caráter. Neste obituário escrito no THE TIMES, Joseph Parker foi gentil quando escreveu o resumo da vida de Spurgeon desta forma: "O Sr. Spurgeon era totalmente destituído de benevolência intelectual. Se homens enxergavam as coisas do ponto de vista dele, eram ortodoxos; se eles viam de qualquer outra maneira eram heterodoxos, pestilentos e não adequados para ensinar a mente dos alunos inquisidores. O Sr. Spurgeon era dono de um egotismo (ou vaidade) superlativo; não do tipo tímido e disfarçado, mas um egotismo adulto, maduro, controlador, do tipo que toma os assentos mais importantes como se fossem seus por direito. As ;únicas cores que o Sr. Spurgeon reconhecia eram o preto e o branco". (The Time, 03-02-1892).
O padrão é sempre o mesmo. O reformador é considerado um homem brilhante, mas solitário. Ele é acusado de pensar que não é compreendido. É desconfiado, veemente, afiado, absolutista; ele vê corrupção em tudo, podridão, um processo de subversão; é agressivo, sempre quer tudo à sua maneira; vem de uma minoria cultural dentro do seu país; nunca compreende as questões; não foi educado ou instruído no certo; ele é ... velho!! Isso é o que pensam do reformador.
Neste aspecto, o discípulo não é maior do que o seu Senhor. Cristo foi rejeitado e odiado, chegou a ser chamado de glutão e tomador de vinho, que sempre estava cercado de prostitutas e coletores de impostos, que veio do lugar errado, que desprezava a lei e a virava ao contrário. Ele foi taxado de revolucionário que pregava a rebelião contra as autoridades eclesiásticas; um que surgiu no palco da vida pública sem autorização ou competência. Até hoje ainda aparecem novas acusações contra ELE.

Esta é a visão que as pessoas têm, por não entenderem que o Espírito Santo usa os seres humanos, como o trabalhador que veste sua roupa de trabalho, quando Ele vem reformar a Sua Igreja.
É este tipo de trabalhador, homens e mulheres que tenham sido revestidos pelo Espírito Santo, que nós não temos conseguido encontrar hoje. Esta é a mais triste evidência do nosso declínio espiritual.


Nota sobre o Autor: Geofrey Thomas é pastor da Igreja Batista Afred Place em Aberystwyth, País de Gales. Ele também trabalha como Editor Assistente da Banner os Truth e do The Evangelical Times.( Traduzido por Débora M.G. Gomes)
Artigo transcrito do Jornal "Os Puritanos" - Ano II, Nº. 4 - (Com Autorização)

14:40

Um circo "evangélico"


Por: Eliel Amim

É realmente impressionante como os púlpitos das igrejas brasileiras viraram casa de entretenimento. Cita-se a Bíblia, são lidas passagens bíblicas, contextos são citados, o grego e o hebraico são usados em alguns casos como armas de intimidação. Porém o Evangelho (EVANGELHO) este não é pregado.
São pregadores que são como nuvens levadas por qualquer vento, amantes de seus próprios ventres, seguidores de Caim, no sentido que labutam por apresentar o fruto do seu trabalho como argumento da aceitação barganhadora com o Pai.
Gente que vê nos púlpitos lugar de auto-promoção, que busca encher os seus bolsos com $ de quem também, por tamanha inanição espiritual, aceita entrar nesta roda viva/morta do dar para ter.
Pregadores que entonam a voz, falam sério, mas que se levassem a sério a si mesmos, perceberiam que a Ceia que distribuem e tomam gera para si mesmos condenação, por não examinarem-se a si mesmos, por não perceberem que não discernem o corpo. De forma que fica a pergunta retórica: “Como pregarão sobre o Corpo, sobre a ressurreição, sobre aquEle que É se para eles mesmos, no recôndito de seus corações, não é?”.

A questão é seríssima, vivemos um momento histórico de degradação da “igreja” brasileira, um momento muito, mas MUITO parecido com o período que antecedeu a reforma, porém desta vez o alvo da reforma será a igreja evangélica, pois abandonou a fé, os seus pregadores trocaram a exposição da Palavra, por preleção da palavra. Nuvens sem água, certamente se Paulo estivesse entre os evangélicos os rejeitaria na cara assim como fez Pedro, pois este povo virou o grande mal que há sobre o solo brasileiro.
Alguém poderá dizer: “Mas até o Ratinho reconheceu que é melhor o cara ir para a “igreja” do que ficar no bar bebendo?!”, outro ainda poderá alegar “Mas veja como crescemos!?”. Ora, o Senhor Jesus deixou a pergunta “Quando o Filho do homem retornar, encontrará fé sobre a terra?” Ele não perguntou se encontraria religião sobre a terra, Ele não perguntou se encontraria “templos” sobre a terra, Ele não perguntou se encontraria obras sociais sobre a terra, Ele não perguntou se encontraria bandas Gospel sobre a Terra. Mas se encontraria fé sobre ela. A fé ainda vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus, não a mente dos pregadores.

Como crerão se não há quem pregue? Como crerão se não há quem pregue? Como crerão se não há quem pregue?

É meu amigo ... o povo sempre quis pão e circo, como já falava o filósofo, mas isto é da natureza do homem natural. Assusta é ver o grande circo que virou o “negócio” na “igreja” do Brasil, pois o pão seco e cheio de fermento oferecido nos “circos” evangélicos pelos “palhaços” disfarçados de pregadores é engolido semanalmente por um povo que não discerne a mão direita da esquerda. E isto tudo não acontece somente porque o povo é ignorante, não, é porque boa parte do povo “góstia” de comer esse pão que o diabo amassou, que chamam de “evangelho”. Cães que voltam para o vômito, porcas lavadas que voltam para o chiqueiro, e isto tudo com cheiro de jasmim campestre em “templos” ventilados à custa de dízimos carregados de um espírito de barganha do “tira os gafanhotos daqui!!!”. Sempre fruto do grande desejo de centralizar o homem, adorar a criatura.

Mas algo tão sinistro não pode ser projetado somente sobre o povo... Não, o que assistimos nesta geração apóstata é mais parecido com uma síndrome, algo que se diagnostica pelos seus vários sintomas causados por diferentes fontes, como que arquitetadas por um astuto engenheiro, o qual é o próprio diabo, ainda que este seja apenas o arquiteto, mas a mão de obra, a matéria-prima e todo o ardor e paixão para a construção pertencem aos próprios homens.

Um outro elo desta síndrome são os “palhaços” dos circos eclesiásticos. Palhaços que aprenderam a falar palavras doces e de conforto, a citar textos bíblicos de esperança e amor, palhaços malabaristas que em seus sermões equilibram as “palavras escritas, mas não ditas” do livro Bíblia, com as vontades do povo, de uma geração órfã de Deus, equilibrando nesta palhaçada circense, de forma camuflada (quando são “bons”) as suas próprias vontades e interesses, sejam eles financeiros, de poder, de afeto ou mesmo domínio como se fossem machos alpha sobre o grupo.

Palhaços mágicos que fazem aparecer do texto sagrado o que não foi dito, que como grandes ilusionistas distraem o povo tendo em uma das mãos o texto que lhes é pretexto para que, sem que o público atento e desejoso de ser enganado veja, com a sua outra mão manipulem o tal texto fora de seu contexto a fim de lançar sobre eles toda a sua ignorância do Santo, do Evangelho que nos põe sob o mesmo estado, mas não sob a mesma condenação, pois cada vaso é predestinado ao seu intuito, segundo o intento do Soberano oleiro.

Palestras pretextadas a fim de que algumas mulheres saiam daquela "boacumba" dominical para uma semana em que se sentirão melhores que as prostitutas que seus maridos usam por conta de casamentos falidos, mas sustentados pela “fé”. Para segurar as pontas no trabalho se sentindo um filho do “Rei”, acreditando que foi colocado por cabeça não por cauda, por isto pisa, humilha, engana, mente, rouba, mas no domingo vem participa de mais um culto/sessão ao “deus” cristão que é o seu próprio umbigo e recebe o passe do pastor palhaço a fim de seguir a semana desejando ter relações sexuais com a colega de trabalho, se resolvendo no banheiro, condenando seus colegas por serem “matadores”, mas no fim é condenação dupla sobre eles próprios, já que primeiro os julgam e segundo os invejam, já que nas suas neuras “evangélicas” acabam ficando “santarados”, e quanto mais tentam se auto-afirmar em suas doutrinas e regrinhas religiosas, mais se enchem de desejo de fazer o que condenam.

Uma grande ilustração do que estou querendo dizer é o filme “Chocolate”, onde o prefeito da cidade é um santarrão que quer controlar a vida de todos, tentando proibir a cidade de comprar chocolates numa nova loja de uma cigana que não ia à igreja e nem respeitava as suas tradições, no final ele acaba literalmente surtado e lambusado em chocolate, mas é tratado com Graça e Misericórdia... Excelente filme, assista com a ótica do Evangelho e você verá que, muitas vezes, é possível encontrar mais Evangelho espalhado entre os “gentios” do que entre os “evangélicos”, pois O Senhor da Terra não é propriedade da religião, nem da “evangélica”.

Enfim o que liberta é o Evangelho e o Evangelho não é um sistema de doutrinas e de conhecimentos, mas o Evangelho é o próprio Deus feito gente. Nele a Palavra é Palavra, nEle eu não faço palestras frias, contando histórias velhas com entonações de voz e ameaças, franzindo a testa e usando frases de efeito.
Nele eu conto a Boa Notícia, nEle eu não fico fazendo contas de quanto vou ganhar o seguindo e como sou sortudo por ter entrado para a religião certa, mas de quanto recebi e recebo por Ele ter me abraçado em Graça de uma forma que nem a teologia pode explicar. NEle não converto as pessoas para ficarem como eu, clones, cheios de mentiras, taras, manipulações, farisaísmos, mas simplesmente descanso em pastos verdejantes e convido outras ovelhas que não sobrevivem sozinhas e que assim se percebem ao andarem debaixo da mão do Bom Pastor. Nele a vida não tem de ser engraçada, de forma que eu precise ser um "palhaçostor" ou "pastorlhaço" a fim de animar o meu auditório, não.
A vida nEle é sim cheia de Graça, a vida Nele é uma vida consciente de que neste mundo caído teremos aflições, de que veremos a dor dos outros, de que nem tudo terá respostas circenses, de que todas as disputas se calam debaixo do rugido do grande Leão, que como um Pai que vê os seus filhos em disputa, ruge dizendo “Não são suas todas as minhas coisas? Se não poupei meu único Filho, não lhe darei juntamente todas as coisas?”. “Pelo que disputam vocês?” Não andem em angústia nem em disputa, andem estendendo a mão, chamando para o Evangelho... E como diz a música do meu compositor favorito (Paulo César – Logos), “Quero mostrar que a razão está na fé, e os que puderem crer sei que crerão, e os que puderem ver sei que verão...”.

Lugar de palhaço é no circo, lugar de pregador é no meio do povo, pois assim como disse Milton Nascimento “O artista tem de ir onde o povo está”, então o pregador tem de ir onde o povo está, fazendo do chão desta terra o seu púlpito, do mundo o seu público, mas não para entretê-los e sim para chamar a todos os sem esperança, cegos, pobres, perdidos, ateus, ladrões, gays, arrogantes, religiosos, sim, todos os que pela Graça se enxergam em suas próprias desgraças e por isso já não julgam mais, perdoam mais, todos são chamados para a festa do Pai e “os que puderem crer sei que crerão, e os que puderem ver sei que verão...”

Doce Evangelho, Doce pão da Vida que mata a minha fome e me dá tudo o que eu preciso para viver! Seja a minha fome de Ti, que de minha boca saia o hálito que procede da essência deste Pão da Vida, Pão da Graça, Doce Jesus.

07:11

Que tal criar uma teologia pra você?


Por: Aldair Ramos Rios


Depois que recebi aquele e-mail do meu amigo Eliel Amim, mandei para ele o endereço do site da igreja "evangélica" gay...ele deu uma olhada na confissão de fé e em textos que estão postados lá, e a resposta dele, vocês verão logo abaixo:


"Cara, dei uma olhada no site... o que me choca não é a homossexualidade, isto não me perturba, pois é só mais pecado. Seja ele fruto da própria pessoa, seja fruto de fontes externas como iniciação, ou qualquer outra coisa.


Entrei no site em uns textos, confissão de fé e tal. Bem a Bíblia está teoricamente no centro do que os caras fazem por lá, mas quando entrei no texto sobre os GLBT e a Bíblia... pahhh, não dá. Não porque o tema seja ser gay ou não, mas a recorrência em torcer a Palavra para provar seus próprios pontos de vista me cansa. É igual em quase todos os sites evangélicos que entro. Sempre o tal foco elementar, que acaba por virar chave hermenêutica para ler toda a Bíblia.


O que quero dizer é o seguinte: O fato de eu “carregar” comigo os meus pecados e isto me ser um peso ou fonte de rejeição na comunidade religiosa a que eu pertença (seja lá qual for), não pode ser transformado em energia reativa a ponto de eu dizer: “Não, roubar está em mim. Eu não posso reprimir isto, pois me faz mal.” Ou argumentar que desejar a mulher do outro está instalado em mim de tal forma que me é irresitível, está na minha essência, pois até a ciência já provou que há um gen do adultério, então eu lutar e fugir disso na minha vida é inútil e hipócrita. De forma que, eu sendo um evangélico e tendo qualquer um dos dois impulsos, me autorizasse a lutar contra a hipocrisia do sistema e eu usasse qualquer um dos dois princípios para poder viver feliz... se não veja:


Jesus, amou o ladrão na cruz: Como Gay eu posso pensar que ele flertou com o ladrão. Como ladrão eu posso pensar que Jesus poderia ser uma espécie de Robin Hood. Poderia fazer teologia no fato de o povo de Israel ter roubado a terra que não lhes pertencia, poderia alegar que Davi pegou o pão no templo que não era seu por direito.
Como adúltero poderia alegar que Jesus vem de uma linhagem de adultério, afinal ele descende de Davi e a mulher de Urias (fugiu o nome). Desta forma será que o adultério, ou mesmo o swing não pode ser algo bom, desejável para agradar a “deus”? Pois não devo ser hipócrita, devo ser o que sou, devo sair do armário em todos os sentidos.

Ora, como as lacunas são tantas, o que esta igreja faz e eu faria nestas outras duas (a dos santos ladrões e a dos Adúlteros dos últimos dias)? Usaria a estratégia da dúvida! Eu não afirmo que há vida inteligente fora da terra, mas lanço a dúvida do absurdo que é se não houver. Você está me entendendo? Eu relativizo a Palavra não nEle que é a chave para a interpretação de toda a Escritura, mas eu a relativizo às minhas necessidades. Veja o texto sobre os “GLBT e a Bíblia”.

Bem, a questão simplesmente de fuga. É um chamado para virar sepulcro invisível ou caiado, para eu não me enxergar. Para eu me cobrir com folha de parreira.
No final a coisa é assim: “Bem, eu sou gay, mas tô dentro, vou para o céu, pois ser gay não é pecado, já fiz as minhas exegeses, desenvolvi uma hermnêutica, apliquei na homilética e o povo se sentiu bem com o plá. Quanto a você? Bem, se vire nos trinta com os teus pecados.”

Entendeu? É como se eu pudesse eliminar uma categoria de pecados e dizer: Estou dentro também. E assim cada um vai eliminando a sua categoria. Então ao invés de nos olharmos como pobres maltrapilhos que carecem da Glória e do perdão dEle, eu vou reduzindo as minhas culpas como se eu estivesse num grande encontro de contas com “deus” :


Naquele dia eu chego e digo para “deus”: “Eu te devia R$ 185.323.263.956.489,56, porém desta grana, tem 02 centavos que eu não te devo mais, pois ser adúltero, gay, ou ladrão não conta.” Bom se fosse assim ainda não tava tão terrível, pelo menos o cara estaria percebendo o restante dos trilhões que ele devia, mas o pior é que o cara acha que negar o que se é, retira a sua culpa. De forma que o cara vive o inferno na terra, pois toda a tentativa de negação do pecado é fuga de Deus, é se esconder atrás da moita, é, usando a terminolgia reversa deste grupo “Se esconder no armário”.


Eu me incluo no mesmo barco que todos os gays e lésbicas do mundo, digno do mesmo inferno, mas o ponto não é este. O ponto é vestir a veste da festa, do Senhor da festa ou vestir a minha própria roupa.

Caso a segunda seja a minha situação, só o que me resta é a expectativa do inferno, seja hétero, gay, criança, velho, ladrão, rico, preto, corintiano, pianista, pastor, budista ou batista, o inferno é certo.

"...Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus..."


Te+ Eliel Amim


O recado esta dado...


Soli deo glória

11:16

Você tem algum problema com a doutrina da Eleição incondicional?

Aproveitem o texto abaixo...ele esclarece muitos pontos dessa maravilhosa doutrina

Por. C.D Cole

ALGUNS PONTOS DE VISTA FALSOS EXAMINADOS E REFUTADOS

Muitos crentes professos realmente não têm uma opinião sobre eleição. Eles nem mesmo pensam bastante, nem estudam para ter qualquer opinião sobre ela. Muitos têm pontos de vista errados. Vamos notar alguns deles.
1. O ponto de vista que os homens são eleitos quando crêem. Este ponto de vista é facilmente refutado, porque é contrário tanto ao senso comum, quanto às Escrituras. A eleição é para a salvação, e portanto, deve precedê-la. Não tem sentido falar em eleger um homem para alguma coisa que ele já tem. O homem tem salvação quando crê e portanto a eleição neste ponto não seria necessária.


A ELEIÇÃO TEVE LUGAR NA ETERNIDADE: A SALVAÇÃO TEM LUGAR QUANDO O PECADOR CRÊ.

2. O ponto de vista que a eleição pertence só aos judeus. Este ponto de vista tira dos gentios o conforto de Romanos 8:28-29. Além disso, Paulo, que foi um apóstolo aos gentios, diz que ele suportou tudo pelos eleitos, para que eles pudessem obter a salvação, II Timóteo 2:10.
3. O ponto de vista que a eleição teve lugar na eternidade, mas que foi tendo em vista o arrependimento previsto e fé. De acordo com este ponto de vista, Deus, na eternidade, olhou através dos séculos e viu quem ia se arrepender e crer, e estes que Ele viu de antemão foram eleitos para a salvação. Este ponto de vista está correto só em um ponto, que é: a eleição teve lugar na eternidade. Mas está errado quando faz a base da eleição ser algo no pecador, em vez de alguma coisa em Deus. Leia Efésios 1:4-6, onde diz que a eleição e predestinação são "segundo o beneplácito de Sua vontade" e "para louvor e glória de Sua graça". Este ponto de vista, apesar de ser o mais popular entre a maioria dos batistas hoje, está aberto a muitas objeções:
(1) Ele nega o que a Bíblia diz sobre a condição do homem por natureza. A Bíblia não descreve o homem natural como tendo fé, I Coríntios 2:14 e João 3:3. Tanto o arrependimento quanto a fé são dons de Deus, e Ele não viu estas graças em nenhum pecador, à parte do Seu propósito de dar-lhes. "Deus com a Sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados", Atos 5:31. "E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida", Atos 11:18. "Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade", II Timóteo 2:25. Leia também Efésios 2:8-10 e I Coríntios 3:5. A eleição não foi por causa de uma fé prevista, mas por causa da descrença prevista. Não é a eleição dos fiéis de Deus, mas a fé dos eleitos de Deus, se quisermos manter as palavras da Escritura, Tito 1:1.
(2) Ele faz a raça humana diferir por natureza, visto que, a Bíblia diz, que todos nós somos por natureza filhos da ira e todos barro da mesma massa, Efésios 2:3 e Romanos 9:21. Os a homens são diferentes quanto ao novo nascimento, João 3:6.
(3) Ele perverte o significado das Escrituras da palavra "pré-conhecimento". Esta palavra, como está na Bíblia, significa mais do que conhecimentos sobre as pessoas. É o conhecimento das pessoas. Em Romanos 8:29-30 os conhecidos são predestinados à imagem de Cristo, e são chamados, justificados e glorificados. Em I Pedro 1:2 a palavra para "presciência" é a mesma para "conhecido" no vigésimo versículo do mesmo capítulo, onde o significado não pode ser "conhecimento" sobre Cristo. O conhecimento de Deus sobre as pessoas não tem limites, ao passo que Seu conhecimento de pessoas é limitado aos que são realmente salvos e glorificados.
(4) Ele está aberto à objeção mais forte que pode ser feita contra o ponto de vista da Bíblia. Sempre se pergunta: "Se certos homens são eleitos e salvos, então o que adianta pregar aos que não são eleitos? Com igual propriedade podemos perguntar: "Se Deus sabe quem vai se arrepender e crer, então porque pregar àqueles que de acordo com Seu conhecimento não vão se arrepender nem crer?" Será que alguns que Ele sabia que não se arrependeriam nem creriam, vão se arrepender e crer? Se for assim, Ele previu uma mentira.
É esta a fraqueza de muitas missões modernas. Ela está baseada na compaixão pelo perdido e não na obediência ao mandamento de Deus. A inspiração das missões é feita para depender dos resultados práticos do esforço missionário e não no prazer de fazer a vontade de Deus. É o princípio de fazer uma coisa, porque os resultados nos satisfazem.
Se formos fiéis, Deus se agradará com os nossos esforços, mesmo sem resultados. Pense em II Coríntios 2:15-16. A eleição precedente à conversão deles é conhecida só a Deus. Temos que pregar o Evangelho a cada criatura, porque Ele mandou fazer isto. Deus cuidará dos resultados. Veja Isaías 55:11, I Coríntios 3:5-6 e João 6:37-45. Nossa responsabilidade é testemunhar; Deus é quem fará nosso testemunho eficaz.

A DOUTRINA DEFINIDA, EXPLICADA E PROVADA.

O que é eleição, como o termo é usado na Bíblia? Eleição significa uma escolha - selecionar dentro - separar - tomar um e deixar o outro. Se houvesse uma dúzia de maçãs numa cesta e eu tirasse todas elas, não haveria escolha; mas se eu tirar sete e deixar as outras cinco, então houve escolha. A eleição, como é ensinada na Bíblia, significa que Deus fez uma escolha entre os filhos dos homens. No princípio Ele fez Sua escolha sobre certos indivíduos a quem deu Seu Filho, e por quem Cristo morreu como Substituto, e que no tempo certo ouvem o Evangelho e crêem em Cristo para a vida eterna. Vamos ampliar o assunto, fazendo três perguntas muito relativas:

1. QUEM FAZ A ELEIÇÃO?


Quem escolhe as pessoas para serem salvas? Se os homens são escolhidos para a salvação, como afirmam as Escrituras, quem fez a escolha? Deve haver uma seleção ou universalismo. A linguagem das Escrituras parece definir peculiarmente em resposta a esta pergunta. Marcos 13:20 fala do ELEITO, a quem Ele ELEGEU, traduzido em nossa versão: "...por causa dos eleitos que Ele escolheu". A palavra eleição está associada com Deus e não com o homem. Deus é quem escolhe. Seu povo são os ESCOLHIDOS e a graça é a fonte. A teologia de que Deus vota a nosso favor, Satanás contra, e que nós damos o voto decisivo é completamente fora dos ensinamentos das Escrituras, e é quase ridícula demais para ser notada. Leia João 15:16, II Tessalonicenses 2:13 e Efésios 1:4.

2. QUANDO A ELEIÇÃO É FEITA?


Como resposta somos silenciados pelas Escrituras. Mas a Bíblia responde com clareza total. Em Efésios 1:4 lemos que "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo". A expressão "antes da fundação do mundo" é encontrada em João 17:24, onde fala de amor eterno do Pai pelo Filho, e em I Pedro 1:20, onde se refere à determinação eterna da mente divina, em relação à morte de Cristo. Há muitas expressões semelhantes. Veja Apocalipse 13:8, II Tessalonicenses 2:13 e II Timóteo 1:9. A ELEIÇÃO É ETERNA!

3. POR QUE FOI FEITA A ELEIÇÃO?


Ela foi baseada em algo bom no pecador? Então ninguém teria sido eleito, porque não há ninguém bom. A santidade não é a causa, mas o efeito da eleição. Fomos escolhidos, não porque fôssemos santos, mas para que fôssemos santos. Efésios 1:4. Como já vimos antes, a eleição não foi feita tendo em vista arrependimento e fé previstos. A eleição é a causa de arrependimento e fé, e não o efeito destas graças. Dizer que Deus escolheu homens para a salvação porque viu que eles se arrependeriam, creriam e seriam salvos é atribuir tolices ao Deus infinitamente sábio. É como se o presidente assinasse um decreto que o sol deverá nascer amanha, porque ele previu que nascerá; ou como se um escultor escolhesse um pedaço de mármore, porque previu que ele se transformaria na imagem desejada por ele. Desafiamos qualquer arminiano a fazer estas perguntas e conseguir as respostas nas Escrituras.


OBJEÇÕES CONSIDERADAS E RESPONDIDAS

Muitas são as objeções feitas contra esta doutrina. As vezes, os objetores se tornam barulhentos e furiosos. Que pena que tantos destes objetores estejam nas fileiras batistas! Pregar esta doutrina antiquada da nossa fé, como fizeram Bunyan, Fuller, Gill, Spurgeon, Boyce, Broadus, Pendleton, Graves, Jarrel, Carrol, Jeter, Boyce Taylor e uma multidão de outros homens representantes da nossa denominação, é cortejar o tipo mais amargo de oposição. O próprio John Wesley nunca disse palavras mais ásperas contra esta doutrina abençoada de nossa fé, como o fazem alguns "batistas" de hoje. O Arminianismo que descende do papado, tem crescido anormalmente nas duas últimas décadas, como o filho adotivo de um grande grupo de batistas.

1. OBJETA-SE QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO LIMITA A MISERICÓRDIA DE DEUS.

Aqui mesmo criticamos os críticos, porque quem faz esta objeção, limita tanto a misericórdia como o poder de Deus. Ela admite que a misericórdia de Deus é limitada ao crente, e concordamos com isto, mas nega que Deus pode fazer um homem crer, sem forçar-lhe a vontade, assim limitando o poder de Deus. Cremos que Deus pode dar ao homem uma mente sadia, II Timóteo 1:7, fazendo-o disposto no dia do Seu poder. A este ponto devemos enfrentar duas proposições auto-evidentes. Primeira: se Deus está tentando salvar cada membro da raça caída de Adão, e não Se sai bem, então Seu poder é limitado e Ele não é o Senhor Deus Todo-Poderoso. Segunda: se Ele não está tentando salvar cada membro da raça caída, então Sua misericórdia é limitada. Necessariamente teremos que limitar Sua misericórdia ou Seu poder, ou ir de malas e bagagens para a posição Universalista. Mas, antes de fazermos isto, vamos "à lei e ao testemunho" que diz: "Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia?..Logo pois compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer", Romanos 9:15-18. É necessário dizer, para o conforto e esperança de grandes pecadores, que a misericórdia de Deus não é limitada pela condição natural do pecador. Todos os pecadores estão mortos, até que Deus os faça vivos. Ele pode tirar o coração de pedra. Nenhum homem é tão grande pecador que não possa ser salvo. Podemos orar pela salvação do maior dos pecadores com a certeza de que Deus o salvará, se for Sua vontade. "Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o inclina", Provérbios 21:1. Regozijamo-nos ao dizer como Jeremias que não há nada muito difícil para Deus. Podemos orar pela salvação de nossos entes queridos, com o sentimento do leproso, quando disse: "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo". Mateus 8:2. Quando Robert Morrison estava quase para ir para a China, um americano incrédulo perguntou-lhe se achava que iria causar alguma impressão nos chineses. A resposta de Morrisson foi: "Não. Mas creio que Deus pode". Esta deve ser nossa confiança e esperança, quando estivermos diante dos pecadores, pregando para eles "CRISTO CRUCIFICADO".

2. OUTRA OBJEÇÃO A ELEIÇÃO É QUE ELA TORNA DEUS INJUSTO.

Esta objeção trai um coração mau. Ela faria o CRIADOR ter obrigação para com a CRIATURA. Ela faz da salvação uma obrigação divina. Ela nega o direito do oleiro sobre o barro da mesma massa, de fazer um vaso para honra e outro para desonra. Pela mesma igualdade de raciocínio, ela faz o governador de um estado soberano, injusto ao perdoar um ou mais homens, a menos que esvazie a prisão e solte todos os prisioneiros. Nesse ponto de vista a eleição está em harmonia com o que até mesmo os arminianos dizem ser próprio e justo para um governador humano. Todos podem ver que um governador, ao perdoar alguns homens não prejudica os outros que não são perdoados. Os que não são perdoados não estão na prisão porque o governador recusou-se a perdoá-los, mas porque eram culpados de um crime contra o estado. Será que Deus não merece tanta soberania quanto o governador de um estado? A salvação, como o perdão, é algo não merecido. Se fosse merecido, então Deus seria injusto, se não a desse a todos os homens.
A salvação não é um assunto de justiça, mas de misericórdia. Não foi o atributo de justiça que levou Deus a providenciar a salvação, mas o atributo da misericórdia. A justiça é simplesmente cada homem receber o que merece. Os que vão para o inferno não vão culpar ninguém, a não ser eles mesmos, enquanto que os que vão para o céu não vão louvar ninguém a não ser a Deus. Leia Romanos 9:22-23.

3. OUTRA VEZ OBJETA-SE QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO É CONTRA A DOUTRINA DO "QUEM QUISER".

Mas o objetor está errado outra vez. Nosso ponto de vista explica e apoia a doutrina do "QUEM QUISER". Sem eleição, o convite a "QUEM QUISER" seria desconsiderado. A doutrina bíblica do "QUEM QUISER" não implica na liberdade nem na habilidade da vontade humana de fazer o bem. A vontade humana é livre, mas esta liberdade está dentro dos limites da natureza humana caída. Ela é livre como a água: a água é livre para descer pela montanha. É livre como o urubu: ele é livre para comer carniça, porque esta é sua natureza. Mas o urubu morreria de fome num campo de trigo. Não é a natureza dele comer o que é limpo; ele se alimenta de carniça, do que está morto. Assim também os pecadores morrem de fome na presença do pão da vida. Nosso Senhor disse: "E não quereis vir a mim para terdes vida", João 5:40. Não é natural para um pecador confiar em Cristo. A salvação através da confiança num Cristo crucificado é uma pedra de tropeço para o judeu e loucura para o grego. Só os chamados, tanto judeus como gregos, é que confiam nela como a sabedoria e poder de Deus. Veja I Coríntios 1:23-24.
Eis aqui uma pessoa morta fisicamente. Ela é livre para se levantar e andar? Num sentido é, pois não está amarrada com correntes! Não há nenhum impedimento externo. Mas noutro sentido, este defunto não é livre. Ele está impedido por sua condição natural. É sua natureza decompor-se e voltar ao pó. Não é natureza da morte o movimenta-se. Eis aqui um morto espiritualmente - um homem morto em ofensas e pecados. Este homem está livre para se arrepender, crer e fazer boas obras? Num sentido, sim. Não há impedimentos externos. Deus não evita, mas oferece motivos através de Sua Santa Palavra. Mas o morto é impedido por sua própria natureza. É necessário haver o milagre do novo nascimento, pois a não ser que o homem nasça de cima, ele não pode ver, nem entrar no reino de Deus, João 3:3-5.
É doloroso para alguns de nós ver nossos irmãos deixarem a fé de nossos antepassados batistas nesse ponto, e se juntarem às fileiras dos católicos romanos e arminianos. Se alguém duvidar desta acusação, faça com que leia o artigo de fé adotado pelos católicos no concílio de Trento (1563). Cito a afirmação sobre a liberdade da vontade humana: "Se alguém afirmar que desde a queda de Adão a liberdade do homem está perdida, que seja maldito!" Mas que pena! Nestes dias, tal espírito não está confinado apenas aos católicos romanos. Horácio Conar faz a seguinte citação de João Calvino: "Os teólogos papistas têm uma distinção geral entre eles, que Deus não elege os homens de acordo com as obras que estão neles, mas que escolhe aqueles que prevê que serão crentes".
O problema real com o objetor não é a eleição; mas é algo mais. Sua objeção real é a depravação total do homem ou incapacidade de fazer o bem. O que posso fazer de melhor aqui é citar Percy W. Heward, de Londres, Inglaterra. Ele diz: "Parece-me que a maioria das objeções à graça soberana de Deus, ao amor eletivo de Deus, são realmente objeções a algo mais, a saber objeções ao fato de que o homem está arruinado. Se sondarmos a superfície, iremos descobrir que há pouca objeção à eleição. Por que deveriam objetar? A eleição não prejudica ninguém. Como pode a escolha de um homem condenado ferir alguém? A objeção real nestes dias não é à eleição, apesar da palavra dar a deixa da triste controvérsia - a objeção real é ao fato que está revelado no Salmo 51, que diz que somos formados na iniqüidade, que nascemos pecadores por natureza, mortos em pecados até que, como lemos referindo-se a Paulo em Gálatas I: "Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim" Ah! queridos amigos, não merecemos nada, a não ser a condenação. Reconheça isto e a eleição é a única esperança. Reconheça que somos pobres pecadores perdidos, mortos em ofensas e pecados, só maus continuamente; reconheça que não há no homem nenhuma faísca natural a ser transformada em chama, mas que os crentes nascem novamente da semente incorruptível que o Senhor coloca; reconheça que se alguém está em Cristo há uma nova criação, porque somos feitura Sua, tendo sido criados em Jesus Cristo, e a eleição será reconhecida imediatamente".
Cada crente verdadeiro, em seus joelhos, assina nosso ponto de vista da eleição. Você não pode orar atribuindo algum crédito a si mesmo. A graça soberana será revelada em oração, mesmo que não seja pregada no púlpito. Nenhum salvo vai se ajoelhar diante de Deus dizendo que é diferente dos não salvos, mas como Paulo ele dirá: "Pela graça de Deus sou o que sou". E ao orar pelos perdidos suplicamos que Deus os convença e converta. Não dependemos da liberdade deles, mas imploramos a Deus para fazer com que sintam a vontade de vir a Cristo, sabendo que quando vierem, Ele não os lançará fora. Veja João 6:37.
Um ministro metodista uma vez foi ouvir um ministro presbiteriano pregar. Após o sermão, o metodista disse ao presbiteriano: "Foi um ótimo sermão arminiano o que pregou hoje". "Foi mesmo", replicou o presbiteriano. "Nós presbiterianos somos ótimos arminianos quando pregamos e vocês, metodistas, são ótimos Calvinistas quando oram". HÁ MAIS VERDADE DO QUE POESIA AQUI!

4. OBJETA-SE TAMBÉM QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO É UMA NOVA DOUTRINA ENTRE OS BATISTAS MISSIONÁRIOS.
O fato é que ela é tão antiquada que quase saiu da moda. A ignorância que se vê em tal afirmação é sem dúvida digna de pena. Para refutá-la, recorremos a duas fontes de informação: (1) Confissões de fé e (2) Afirmações de pastores representantes e escritores.

(a) CONFISSÕES DE FÉ
Os paterinos, de acordo com W. A. Jarrel, recorreram ao texto no capítulo 9 de Romanos, como prova das doutrinas da ELEIÇÃO INCONDICIONAL. Veja o livro da história de Jarrel. Os paterinos foram antigos progenitores dos batistas.
Os valdenses, pelos quais a sucessão da igreja batista deve ser traçada, declararam-se como se segue: "Deus salva da condenação e corrupção aqueles a quem Ele escolheu desde a fundação do mundo, não por uma disposição qualquer, nem fé, nem santidade que previu neles, mas por Sua simples misericórdia em Jesus Cristo, Seu Filho, deixando todos os outros de acordo com a razão irrepreensível de Sua própria livre vontade e justiça". A DATA DESTA CONFISSÃO É 1120.
As confissões de Londres (1689) e a de Filadélfia (1742) dizem o seguinte: "Pelo decreto de Deus, para manifestação de Sua glória, alguns homens e anjos são predestinados ou ordenados a VIDA ETERNA, através de Jesus Cristo, para o louvor de Sua graça gloriosa; outros sendo deixados para agirem em seus pecados para sua justa condenação, para o louvor de Sua justiça gloriosa".
A confissão de New Hampshire (Artigo 9) diz: "Cremos que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o qual Ele regenera graciosamente, santifica e salva pecadores que, sendo perfeitamente consistente com a livre ação do homem, ela compreende todos os meios em conexão com o fim; que é a manifestação mais gloriosa da bondade soberana de Deus, sendo infinitamente gratuita, sábia, santa e imutável; que exclui completamente a vanglória e promove a humildade, o amor, a oração, o louvor, a confiança em Deus e imitação ativa de Sua misericórdia gratuita; que encoraja o uso dos meios no mais alto grau; que pode ser verificada por seus efeitos em todos os que crêem verdadeiramente no Evangelho; que é a base da segurança cristã e que para verificá-la com respeito a nós mesmos, exige e merece a máxima diligência".

(b) PASTORES REPRESENTANTES E ESCRITORES!
John A. Broadus, antigo presidente do Seminário Teológico Batista da Convenção: "Do lado divino vemos que as Escrituras ensinam uma eleição eterna de homens para a vida eterna, simplesmente vinda da boa vontade de Deus".
A. H. Strong, antigo presidente do Seminário Teológico de Rochester: "A Eleição é o ato eterno de Deus, pelo qual em Sua vontade soberana, e não por causa de nenhum mérito previsto neles, Deus escolhe certo número de pecadores para serem recipientes da graça especial do Seu Espírito e assim serem feitos participantes voluntários da salvação de Cristo".
B. H. Carrol, fundador e 1º presidente do Seminário Batista Sudoeste da Convenção: "Cada um que Deus escolheu em Cristo é atraído pelo Espírito a Cristo. Cada um predestinado é chamado pelo Espírito em tempo, justificado em tempo e será glorificado quando o Senhor vier", Comentários em Romanos.
J. P. Boyce, fundador e 1º presidente do Seminário Teológico Batista da Convenção: "Deus por Seu próprio propósito, desde a eternidade, determinou salvar um número definido da raça humana como indivíduos, não por causa de nenhum mérito nem obras deles, nem de qualquer valor deles para Deus, mas por Sua própria boa vontade".
W. T. Connor, professor de Teologia do Seminário Batista da Convenção, em Fort Worth, Texas: "A doutrina da eleição significa que Deus salva em continuação a um propósito eterno. Isto inclui todas as influências do Evangelho, trabalho do Espírito Santo e assim por diante, que leva o homem a se arrepender dos seus pecados e aceitar Cristo. Acerca da liberdade do homem, a doutrina da eleição não significa que Deus decreta salvar um homem independente de sua vontade. Pelo contrário, significa que Deus propõe guiar um homem de tal maneira que ele livremente aceitará o Evangelho e será salvo".
Pastor J. W. Lee, de Batesville, Miss: "Creio que Deus decretou antes da fundação do mundo, que salvaria certos indivíduos e que estabeleceria todos os meios para efetuar a salvação deles, em Seus termos. Os homens e mulheres não são eleitos porque se arrependem e crêem, mas se arrependem e crêem, porque são eleitos".
A lista acima de batistas bem conhecidos e honrados podemos acrescentar citações de Gill, Gulier, Spurgeon, Bunyan, Pendleton, Mullins, Dargan, Jeter, Eaton, Graves e outros numerosos demais para mencionar. É uma triste verdade que muitos de nossos pastores mantenham eleição como uma opinião particular e nunca a preguem. Pessoalmente conhecemos um número de irmãos que dizem que a eleição é ensinada claramente na Bíblia, mas que não podemos agüentar pregá-la, porque trará problemas às Igrejas. Isto é pior do que se comprometer; é a rendição da verdade. É um espírito que leva os pastores a desagradarem a Deus, a fim de agradarem aos homens. O escritor crê que o silêncio sobre este assunto tem feito mais mal do que uma oposição aberta a ele. Aqueles que se opõem abertamente à eleição, cedo ou tarde, vão se fazer ridículos aos olhos de todos os batistas que amam a Bíblia.

5. OBJETA-SE ALÉM DISSO QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO TORNA OS HOMENS DESCUIDADOS DE SUA VIDA.
Diz-se que a crença na doutrina leva os homens a dizer: "Se sou eleito, serei salvo; se não sou eleito, ficarei perdido, portanto não importa o que creio nem o que faço". A mesma objeção tem sido feita persistentemente contra a doutrina da preservação dos santos. Este é um raciocínio ousado. É colocar a razão humana contra a revelação divina. Ela não dá importância à operação da graça de Deus no coração humano. Se os batistas abandonam a eleição em tal plano, para serem consistentes, terão que abandonar a doutrina da preservação no mesmo plano. A eleição não significa que o eleito será salvo quer creia quer não, nem significa que o não-eleito ficará perdido, sem consideração do quanto possa arrepender-se e crer. O eleito será salvo pelo arrependimento e fé, e os dois são dons de Deus, como já mostramos antes; o não eleito não se arrepende nem crê.
A objeção que estamos considerando agora é simplesmente não verdadeira ao fato real.
Os que crêem na eleição estiveram e ainda estão entre os mais santos. Agustus Toplady desafiou o mundo a produzir um mártir dentre os que negam a eleição. Os puritanos, que foram chamados assim por causa da grande pureza de suas vidas, com poucas exceções (se houver), criam na eleição pessoal, eterna e incondicional, e naturalmente, na segurança de crente. O modernismo, fruto do inferno, está rapidamente aumentando o número de seus aderentes, mas estão vindo das fileiras do Arminianismo. Outros já desafiaram o mundo a achar um só arminiano, ou um só espiritualista, ou um só russelita, ou um só cientista cristão que creia na soberania absoluta de Deus e na doutrina da eleição Sem uma exceção estes horríveis hereges são arminianos. Este é um fato significativo que não deve ser considerado por nós como sem importância.

6. OS OBJETORES DECLARAM QUE NOSSO PONTO DE VISTA DA ELEIÇÃO DESTRÓI O ESPÍRITO DE MISSÕES.
Eles afirmam corajosamente que se a eleição incondicional deve encontrar aceitação universal entre nós, que devemos deixar de ser um povo missionário. Há uma quantidade enorme de evidências históricas com as quais refutamos esta afirmação. Abaixo de Deus, o pai das missões modernas foi William Carey, um calvinista sincero. Andrew Fuller, 1º secretário da sociedade que mandou Carey à Índia, agarrava-se tenazmente ao nosso ponto de vista da eleição. Isto não destruiu o espírito missionário destes homens. "A prova de que o pudim está gostoso é comê-lo" A crença na eleição não destruiu o espírito missionário em Judson, Spurgeon, Boyce, Eaton, Graves, Carrol e uma hoste de outros lideres batistas. A igreja Murray, a qual o Dr. J. F. Love chamou a maior igreja missionária na terra, ouviu sermões sobre eleição por Boyce Taylor durante quase quarenta anos. As maiores igrejas missionárias entre nós hoje são aquelas que foram purificadas das heresias de James Arminius.
A eleição é a própria base da esperança no esforço missionário. Se tivermos de depender da disposição natural ou vontade de um pecador morto, que odeia a Deus, para responder ao Evangelho, podemos nos desesperar. Mas quando notamos que é o Espírito que vivifica, vamos adiante com o Evangelho da graça de Deus, esperando que Ele faça alguns, pela natureza distantes, a se voltarem para Ele, crendo na salvação da alma. A eleição não determina a extensão das missões, mas o resultado delas. Devemos pregar a toda criatura, por que Deus ordenou, e porque Lhe agrada salvar pecadores pela loucura da pregação. Cremos mais em eleição do que os batistas que no crêem em missões. Cremos que Deus elegeu meios da salvação, tão bem como pessoas para a salvação. Ele não escolheu salvar pecadores à parte do ministério do Evangelho, Romanos 1:16.
A eleição dá firmeza ao Evangelismo, o qual é grandemente necessário hoje. Ela reconhece que os pecadores "criam pela graça", Atos 18:27, e que mesmo que Paulo possa plantar e Apolo regar, mas é Deus quem dá o crescimento. O Arminianismo tem tido seu dia entre os batistas e o que tem feito? Tem dado a nós o poder humano, mas tira de nós o poder de Deus. Tem aumentado o maquinismo, mas diminuído a espiritualidade. Tem enchido nossas igrejas de "Ismaéis", em vez de "Isaques" por seu ministério de "orgulho" e com o método de "quantidade e não qualidade".
Se precisar de apoio adicional na Escritura, leia os seguintes versículos: Salmos 65:4, Atos 13:48, João 6:37, 6:44-45, 17:1-2, Mateus 11:25-26, II Coríntios 12:3, 10:4.

16:08

Uma herança genética/espiritual


Essa semana me deparei com um texto muito interessante, de Guilherme de Carvalho; com o seguinte tema : "O Homossexualismo não Vai Contra a Natureza. Será? ". Depois de ler o texto, encaminhei para o e-mail, do Eliel Amim (um amigo meu, estou sempre aprendendo alguma coisa sobre teologia com ele)...Na ocasião, ele me mandou a seguinte resposta, e com a permissão dele, decidi publicar aqui...

"O texto é interessante, mas...
Eu não creio somente que o homossexualismo tem em sua fundamentação uma crise “genética”, mas que todos os pecados são em si mesmos reflexos de uma base hereditária/genética.
Ora, não é assim que a Bíblia nos ensina? Não somos nós pecadores porque os nossos pai e mãe (Adão e Eva) o transmitiram a nós como herança genética/espiritual? Não estamos ou estávamos mortos em nossos delitos e pecados? Não jazíamos nas paixões deste mundo? Havia entre nós alguém que buscasse a Deus por possuir em si mesmo algum gene que O desejasse? Havia alguma outra opção, algum livre arbítrio se não o de buscarmos o mal em todas as suas formas e variações, inclusive o homossexualismo e não o fosse desta forma seria em alguma outra variação sexual ou mesmo na alma, ou falha de caráter?

Ora, esta fixação no que cada um faz em quatro paredes nos remete ao fato de não entendermos que não é o passarmos sobre os túmulos invisíveis o que nos contamina como pensavam os fariseus, mas o fato de nós mesmos sermos estes túmulos invisíveis, túmulos caiados, podres e fétidos.
O fato de estarmos nós fixados em convencer que o gay é pecador porque ele é gay, de que ele é rejeitado por “deus” porque é gay, não nos é em si mesmo o maior dos pecados? Ou seja, ele não é pecador porque ele é gay, ele é gay porque ele é pecador! E se não fosse gay seria talvez um pedólatra, um contador que paga as suas contas, mas fantasia com a vizinha, ou um presidente de empresa que gera empregos, mas manda dizer que não está quando está, ou a secretária deste presidente que se dobra ao medo de mentir para manter o seu emprego...

Eu sou falso, arrogante, cheio de sensualidades, invejoso, “distorcedor” da verdade quando não sou mentiroso mesmo... Por isto não me vejo em condições de me fixar neste tema e nem entrar nesta discussão. Todos os homossexuais vão para o inferno e ponto. (...)
Mas quero lembrar que todos os invejosos também, os adúlteros também, os assassinos também, os que não fazem o bem sabendo discerni-lo também, e isto não no meu padrão desgraçado e torpe, nem do homem ou mulher mais santo que já pisou a terra, mas no padrão do Homem, o Filho do Homem... e aí meu amigo, eu estou no inferno e todos estarão lá comigo, “ajudando” a gemer, chorar, e ranger os dentes.

Por isto acho que esta discussão é inócua e fico com a seguinte frase "Lancei minha âncora no Calvário; alcei meus olhos a Deus, e eis-me aqui vivo e fora do inferno" (C.H Spurgeon)

É só lá que gays, mentirosos, hipócritas e seres bestiais como eu tem esperança. Porque se depender um milésimo de milímetro para completar o caminho ao céu, eu te garanto, eu não estarei lá e pelo que vejo nas Escrituras ninguém chegará também.
A má notícia é que sou um ser digno do inferno, a boa notícia é que aquEle a quem pertence o céu decidiu que o inferno não será o meu lar eterno e de nenhum pecador que a Ele clamar.

Você já me conhece o suficiente para saber que não estou fazendo alusão a uma vida permissiva e fora da Lei de Deus. Espero que me entenda.

Um abraço de um crente que a cada dia se percebe mais pecador e por isto a cada dia perde mais a esperança em si mesmo, para deposita-la cada vez mais naquela bendita/maldita Cruz."

Eliel Amim

02:43

Aproximados de Deus pelo sangue de Cristo

Por: Aldair Ramos Rios

"Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós gentios na carne ... estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo." (Efésios 2:11-13)




O que temos aqui?

Seria um chamado para lembrarmos da nossa condição antes de Cristo e a posição que ocupamos agora?

O apóstolo Paulo escreveu essa carta aos efésios, quando estava preso em Roma (At 28:16-30/Ef 3:1 e Ef 6:20) . Após falar da graça de Deus que nós foi concedida em Cristo, Paulo convoca aqueles crentes para fazer uma reflexão:

"Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós gentios na carne ... "

Eles deveriam parar por um momento e recordar, como era a vida deles antes de serem alcançados pela graça de Deus.


*estáveis sem Cristo,

* separados da comunidade de Israel,

*e estranhos às alianças da promessa,

*não tendo esperança,

*e sem Deus no mundo.

Existe miséria maior na vida do que viver sem Cristo? e está cortado do corpo de Cristo e sem Deus por toda a eternidade?

Você se imaginaria nesta triste condição? Quantas pessoas que estão dentro de nossas igrejas estão neste estado? Acreditam que estão vivas, quando na verdade estão mortas em seus delitos e pecados...Onde nós estaríamos, se Deus não tivesse decidido nos salvar?

Que destino triste teríamos, se ele não tivesse nos elegido em Cristo na eternidade,...e nos adotado em sua familia.

De vez em quando precisamos ser questionados desta maneira...para sermos despertados para a nossa realidade...

"...Mas, agora,em Cristo Jesus , ..."Em contraste com a nossa condição anterior, o apóstolo apresenta a nossa atual posição" em Cristo Jesus"

Existe posição mais privilegiada do que esta?
No versículo 6 do mesmo capítulo, Paulo afirma, que "...Deus nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus"

"vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo." (Efésios 2:11-13)"

Se a nossa condição era triste, cercada pelas densas trevas e por um destino horrivel merecido, hoje, ou melhor, AGORA, vivemos em alegria, na luz, com esperança e certeza de uma eternidade com Cristo.
Estavamos longe realmente, mas isto era antes...Nos fomos "aproximados pelo sangue de Cristo"

Glória á Deus!



Grato A Ti

(Harpa Cristã 370)


Ó meu Senhor, Da-me mais gratidão,

Por tudo que fizeste por mim

Por tua graça no meu coração,

Que me encheu de ventura sem fim



Mais grato a Ti,

Mais grato a Ti.

Mais consagrado, ó faz-me Senhor!

Mais humilhado e cheio de amor,

Faz-me mais grato a Tí,

Mais grato a Tí.



De graça deste ao meu coração

A santidade, a paz e a fé;

Gozo celeste e consolação,

E liberdade de estar aos teus pés.



Ó meu Senhor Tú fizeste por mim,

O que ninguem poderia fazer;

Na cruz pregado verteste, assim

Sangue no qual posso vencer !



Soli deo Glória