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Que tal criar uma teologia pra você?


Por: Aldair Ramos Rios


Depois que recebi aquele e-mail do meu amigo Eliel Amim, mandei para ele o endereço do site da igreja "evangélica" gay...ele deu uma olhada na confissão de fé e em textos que estão postados lá, e a resposta dele, vocês verão logo abaixo:


"Cara, dei uma olhada no site... o que me choca não é a homossexualidade, isto não me perturba, pois é só mais pecado. Seja ele fruto da própria pessoa, seja fruto de fontes externas como iniciação, ou qualquer outra coisa.


Entrei no site em uns textos, confissão de fé e tal. Bem a Bíblia está teoricamente no centro do que os caras fazem por lá, mas quando entrei no texto sobre os GLBT e a Bíblia... pahhh, não dá. Não porque o tema seja ser gay ou não, mas a recorrência em torcer a Palavra para provar seus próprios pontos de vista me cansa. É igual em quase todos os sites evangélicos que entro. Sempre o tal foco elementar, que acaba por virar chave hermenêutica para ler toda a Bíblia.


O que quero dizer é o seguinte: O fato de eu “carregar” comigo os meus pecados e isto me ser um peso ou fonte de rejeição na comunidade religiosa a que eu pertença (seja lá qual for), não pode ser transformado em energia reativa a ponto de eu dizer: “Não, roubar está em mim. Eu não posso reprimir isto, pois me faz mal.” Ou argumentar que desejar a mulher do outro está instalado em mim de tal forma que me é irresitível, está na minha essência, pois até a ciência já provou que há um gen do adultério, então eu lutar e fugir disso na minha vida é inútil e hipócrita. De forma que, eu sendo um evangélico e tendo qualquer um dos dois impulsos, me autorizasse a lutar contra a hipocrisia do sistema e eu usasse qualquer um dos dois princípios para poder viver feliz... se não veja:


Jesus, amou o ladrão na cruz: Como Gay eu posso pensar que ele flertou com o ladrão. Como ladrão eu posso pensar que Jesus poderia ser uma espécie de Robin Hood. Poderia fazer teologia no fato de o povo de Israel ter roubado a terra que não lhes pertencia, poderia alegar que Davi pegou o pão no templo que não era seu por direito.
Como adúltero poderia alegar que Jesus vem de uma linhagem de adultério, afinal ele descende de Davi e a mulher de Urias (fugiu o nome). Desta forma será que o adultério, ou mesmo o swing não pode ser algo bom, desejável para agradar a “deus”? Pois não devo ser hipócrita, devo ser o que sou, devo sair do armário em todos os sentidos.

Ora, como as lacunas são tantas, o que esta igreja faz e eu faria nestas outras duas (a dos santos ladrões e a dos Adúlteros dos últimos dias)? Usaria a estratégia da dúvida! Eu não afirmo que há vida inteligente fora da terra, mas lanço a dúvida do absurdo que é se não houver. Você está me entendendo? Eu relativizo a Palavra não nEle que é a chave para a interpretação de toda a Escritura, mas eu a relativizo às minhas necessidades. Veja o texto sobre os “GLBT e a Bíblia”.

Bem, a questão simplesmente de fuga. É um chamado para virar sepulcro invisível ou caiado, para eu não me enxergar. Para eu me cobrir com folha de parreira.
No final a coisa é assim: “Bem, eu sou gay, mas tô dentro, vou para o céu, pois ser gay não é pecado, já fiz as minhas exegeses, desenvolvi uma hermnêutica, apliquei na homilética e o povo se sentiu bem com o plá. Quanto a você? Bem, se vire nos trinta com os teus pecados.”

Entendeu? É como se eu pudesse eliminar uma categoria de pecados e dizer: Estou dentro também. E assim cada um vai eliminando a sua categoria. Então ao invés de nos olharmos como pobres maltrapilhos que carecem da Glória e do perdão dEle, eu vou reduzindo as minhas culpas como se eu estivesse num grande encontro de contas com “deus” :


Naquele dia eu chego e digo para “deus”: “Eu te devia R$ 185.323.263.956.489,56, porém desta grana, tem 02 centavos que eu não te devo mais, pois ser adúltero, gay, ou ladrão não conta.” Bom se fosse assim ainda não tava tão terrível, pelo menos o cara estaria percebendo o restante dos trilhões que ele devia, mas o pior é que o cara acha que negar o que se é, retira a sua culpa. De forma que o cara vive o inferno na terra, pois toda a tentativa de negação do pecado é fuga de Deus, é se esconder atrás da moita, é, usando a terminolgia reversa deste grupo “Se esconder no armário”.


Eu me incluo no mesmo barco que todos os gays e lésbicas do mundo, digno do mesmo inferno, mas o ponto não é este. O ponto é vestir a veste da festa, do Senhor da festa ou vestir a minha própria roupa.

Caso a segunda seja a minha situação, só o que me resta é a expectativa do inferno, seja hétero, gay, criança, velho, ladrão, rico, preto, corintiano, pianista, pastor, budista ou batista, o inferno é certo.

"...Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus..."


Te+ Eliel Amim


O recado esta dado...


Soli deo glória

2 comentários:

Anônimo disse...

Eliel,

"Eu me incluo no mesmo barco que todos os gays e lésbicas do mundo, digno do mesmo inferno..."

Acho que compramos nossas roupas na mesma loja, e da mesma banca de promoção.

Excelente texto.

Em Cristo,

Clóvis

Unknown disse...

A VIDA NÃO TEM ENSAIOS, MAIS TEM CHANCES,ENTREGUEI A MINHA ALMA E MINHA VIDA A jESUS CRISTO,MUITOS DIZEM ENTREGUEI A MINHA ALMA A JESUS CRISTO, MAS NÃO ENTREGA A VIDA,E VIVE A VIDA DO MUNDO

OTIMO TEXTO.

AMIGO FIEL,

EDY