15:46

Na alegria ou na dor

11:56

A lei


"...O Senhor não deu a lei, para que por meio do cumprimento dela se obtivesse a salvação, como ensinaria mais tarde os fariseus e como também ensina a igreja de Roma. Não; ele nos deu a lei para nos guardar das artimanhas do diabo. Porque é melhor ao homem servir a Deus do que aos ídolos...Quem conhece esta lei em todo o seu sentido que é o amor á Deus e ao próximo, aprende a pensar humildemente de si mesmo...nós não podemos cumpri-la perfeitamente. Pode algum homem cumpri-la? Por isso, devemos esperar na graça de Deus em Cristo. Porque a palavra de Deus nos ensina que estamos por natureza corrompidos, de modo que; por causa de nossos pecados estamos condenados diante de Deus. Paulo escreve: "...pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3:20)
O Senhor põe como condição que o amemos com todo o nosso coração e com todas as nosas forças, e ao próximo como a nós mesmos(Mt 22:37-40).O amor é o cumprimento da Lei (Rm 13:10). É visto que nós não podemos de nenhuma maneira guardar a lei é necessário que nos acheguemos a Cristo...A natureza do homem esta corrompida. Isto é fácil de ver entre os homens. Não somente entre os gentios, mas também entre os cristãos, nosso coração é mal. Também Noé, Abraão, Pedro e Paulo caíram, mais de uma vez. Porque estamos por natureza inclinados a odiar a Deus e ao próximo.

Resumo do texto: Para guardar su pacto/ La confesión de la iglesia comentário de Heidelberg/ J.C Janse

15:33

Andando na contramão



" Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem"(Mt 7:13,14)


Você já andou alguma vez na contramão?
Se você conhece bem o Código de trânsito brasileiro sabe bem os perigos de andar na contramão, sabe também que é um tipo de infração de alta periculosidade, pois pode causar acidentes graves, especialmente quando ocorrer à colisão frontal.
O mundo caminha numa direção oposta a da igreja, e a igreja caminha numa direção oposta a do mundo. A questão é que para o mundo a igreja esta na contramão
O mundo odeia aquilo que Deus ama e ama aquilo que Deus odeia...e "...porque larga é a porta, e espaçoso o caminho ..." o mundo caminha em rebelião contra Deus e sem ao menos saberem a razão ou qual destino vão chegar pelo caminho que trilham, apenas seguem adiante e num estado de cegueira espiritual não conseguem enxergar que este caminho espaçoso por onde estão levando a vida "...conduz à perdição,..." .
O que anteriormente era errado, hoje, é considerado como certo. E o que anteriormente era certo, hoje, é considerado como errado, é mais ou menos assim, o mal é chamado de bem e o bem é chamado de mal.

Ouvi uma declaração certa vez, mais ou menos assim "...as pessoas valem pelo que tem...". As pessoas estão tão frias que não sentem mais a dor próximo, mais em ultima ánalise se conformam, por achar que as coisas estão "normais" do jeito que estâo indo.O mundo vem impondo suas leis, defendendo a morte e rejeitando a vida, e isto está tão explicito quando é levantada a bandeira em defesa do aborto e da eutanásia.

A familia "nosso maior patrimônio", esta sendo destruida e desvalorizada...fico pensando como é que uma espécie pode sobreviver sem os elementos básicos que a compõe.

Fico impressionado ao ver a mídia forçando a opinião pública a aceitar os valores determinados por uma minoria. Os resultados estão ai; relacionamentos vazios que tem sido formados, sob os alicerces dos prazeres passageiros. Vemos também uma juventude que vive na promíscuidade e que sem referenciais se perde em um mundo de escuridão e morte,concluindo... tudo esta indo numa só direção; ao caos.

Romanos 3:16,17 Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz


" Entrai pela porta estreita;..."

Mas o cristianismo bíblico aponta para uma direção oposta.
Ser um seguidor de Cristo Jesus é um desafio. Afirmamos, pois, que é pela graça somente do ínicio ao fim.
"...E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem"
De fato a igreja está mesmo na contramão, pois a vida cristã é repleta de dificuldades, envolve renuncia ao pecado e abnegação, somos convovados a nadar contra a maré. Enquanto tudo caminha para o caos, a igreja caminha em direção ao seu destino glorioso e vitorioso.

Eu gostaria de deixar aqui três considerações:

1-Andar na contramão é ilegal
Neste caso a igreja é obrigada a viver na "ilegalidade", pois os padrões deste mundo, não estão sujeitos a lei de Deus.

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2)


2 Timóteo 2:4 "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra."

2-Quem anda na contamão corre riscos
Quem esta na contramão quase sempre se envolve numa colisão frontal, bate de frente com os conceitos e com as leis do mundo. Vida cristã é luta, Jesus mesmo nos avisou "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.(Jo 16:33 Ver : Sal 34:19 ) " . Paulo escreve aos tessalonicenses dizendo que em "em todas as ...perseguições e aflições ..." eles haviam suportado com "...paciência e fé"(2 Tes 1:4); escreve também a Timóteo dizendo "Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo."(2 Tm 2:3). Pedro afirma:

1 Pedro 4:13 "Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis."

Independentemente dos perigos devemos marchar na direção oposta, mas olhando para o alvo, tendo a mesma certeza de Paulo que diz:

Romanos 8:18 "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada."

3-Andar na contramão é suícidio

Lucas 17:33 Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á.(Mat 10:39; Mat 16:25 ; Mar 8:35 Luc 9:24)

João 12:25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna.

Isso aqui não é uma defesa ao suicidio, Jesus nunca ensinou os homens a tirarem suas próprias vidas. Mas aquele que foi escolhido, não se conforma em viver como antes, e nem andar pelo caminho de antes.Então insiste em andar na contramão de uma vida mesquinha e vazia. Este amor que nos envolve e nos traz dominados também nos impulsiona a trazer todo pensamento cativo em obediência a Cristo, e nesta insistência ou aquilo que poderia ser chamado de "irresponsabilidade santa", o verdadeiro discipulo do caminho se vê diante da própria morte, " Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.(Rom 8:36)"; mas não se amedronta diante dela, não por ser autosuficiente, mas por crer NAQUELE que é AUTOSUFICIENTE.

" Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.(Rm 8:37-39)"

.E por causa deste amor, nós vemos pessoas simples que perderam de vistas as coisas passageiras.
" Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra." (Hb 11:33-38)

Se a sua esperança se resume a esta vida, você é o mais miserável de todos os homens
O tempo de colher o que plantamos certamente virá, importa sofrermos aqui, mas nos encontrarmos com o Senhor, importa trilharmos o caminho estreito, do que aquele que é espaçoso o qual leva a destruição eterna...e é neste caminho largo que o mundo esta indo, ...o caminho das massas e das multidões.

Pra onde você esta caminhando? Sabe qual é o seu destino?
Existe um Salvador, e ele é Jesus, e todos aqueles que ele mesmo salva, caminham na contramão mesmo...
Cristo pode te tirar deste túmulo oh! pecador, Cristo pode te dar a vida...ele pode trazer descanso para tua alma...abandone os seus pecados, se lance aos pés da cruz de Cristo e reconheça a tua miséria.

E quando Ele te der a vida eterna verás que independentemente dos perigos da jornada, temos a certeza de que esta conosco o Criador do Universo, O Rei Jesus.

" Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?(Rom 8:31)"

De seu irmão em Cristo

Aldair Ramos Rios

06:14

13:24

13:37

NOSSA MISÉRIA (Catecismo de Heidelberg)

DOMINGO 2

3. Como você conhece sua miséria?

R. Pela lei de Deus

Rm 3:20. “Por isso ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei; antes, pela lei vem o conhecimento do pecado.”

4. O que a lei de Deus exige de nós?


R. Isto Cristo nos ensina num resumo, em Mateus 22:37-40: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. " Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (1).

(1) Lv 19:18 “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.Eu sou o Senhor.”

Dt 6:5 “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua força.”

Mc 12:30,31 “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.
O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”

Lc 10:27. “ Respondeu-lhe o homem: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”

5. Você pode observar esta lei perfeitamente?


R. Não, não posso, porque por natureza sou inclinado a odiar a Deus e a meu próximo .

Rm 3:10,20,23 “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus...Por isso, ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei; antes, pela lei vem o conhecimento do pecado”

1Jo 1:8,10. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamos-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça”

Gn 6:5 “Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente”

Gn 8:21 “ O Senhor sentiu o suave cheiro, e disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do homem é má desde a sua meninice. E jamais tornarei a ferir a todos os seres viventes como fiz.”

Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e incorrigível. Quem o conhecerá ?”

Rm 7:23 “mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”

Rm 8:7 “A inclinação da carne é inimizade contra a Deus, pois não é sujeita a lei de Deus, nem em verdade o pode ser.”

Ef 2:3 “Entre eles todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos. E éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.”

Tt 3:3. “Outrora nós também éramos insensatos, desobedientes, extraviados, servindo á várias paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.”

14:49

08:49

Consolo nas Escrituras II (Catecismo de Heidelberg)


2. O que você deve saber para viver e morrer neste fundamento?

R. Primeiro: como são grandes meus pecados e minha miséria (1).

Mt 9:12 “Jesus, porém, ouvindo isso, disse: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.”

Jo 9:41 “Disse Jesus: Se fosseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizes: Nos vemos, permanece o vosso pecado.”

Rm 3:10 “Como esta escrito: Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus.”

1Jo 1:9,10. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”

Segundo: como sou salvo de meus pecados e de minha miséria (2).


Lc 24:46,47 “…e disse: eis o que esta escrito: O Cristo padecerá, e ao terceiro dia ressurgirá dentre os mortos, e em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações começando por Jerusalém.”

Jo 17:3 “Ora, a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus cristo a quem enviaste.”

At 4:12 “Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”

At 10:43 “Dele dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”

1Co 6:11; “E tais fostes alguns de vós. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus, pelo Espírito do nosso Deus”

Tt 3:3-7. “Outrora nós também éramos insensatos, desobedientes, extraviados, servindo á várias paixões e prazeres, vivendo em malicia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou ricamente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna.”

Terceiro: como devo ser grato a Deus por tal salvação (3).


Sl 50:14,15 “ Oferece a Deus sacrifícios de louvor , paga ao Altíssimo teus votos, e invoca-me no dia da tua angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Sl 116:12,13 “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor”

Mt 5:16 “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai que está nos céus.”

Rm 6:12,13 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe oferecerdes em suas concupiscências. Nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumento de iniqüidade, mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.”
Ef 5:10 “...descobrindo o que é agradável ao Senhor.”

2Tm 2:15 “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

1Pe 2:9,12. “mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”

Mt 11:28-30; “vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”

Ef 5:8.”Pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz”

16:06

Teologia Reformada

A Teologia Reformada pode ser honesta e conscienciosamente resumida como a “Teologia dos Cinco Pontos”?! Bem, esses pontos são fundamentais para a correta ênfase da Soberania de Deus e sua aplicação na salvação de Seu povo. Contudo, esses marcos são apenas o princípio, não todo o Calvinismo. Portanto, nem cinco nem cinqüenta!



Em Mileto, Paulo quando se despede dos presbíteros de Éfeso, diz que durante o seu ministério de três anos entre eles, jamais deixou de “anunciar todo o desígnio de Deus” (At 20.27). O Evangelho não consiste no anúncio de “algumas partes” da Bíblia, mas sim de todo o “Conselho” de Deus revelado nas Escrituras. (Vd. Gl 1.8,9,11). O conteúdo da mensagem cristã deve ser nada mais, nada menos do que toda a vontade revelada de Deus (Vd. Dt 29.29).



O calvinismo, declara Packer, é uma maneira teocêntrica de pensar acerca da vida, sob a direção e controle da própria Palavra de Deus". A Teologia Reformada envolve uma nova cosmovisão, que, partindo da Palavra, afeta obviamente todas as áreas de nossa existência, não havendo compartimentos estanques do ser e do saber onde a perspectiva teocêntrica não se faça presente de forma determinante em nossa epistemologia doutrinária e existencial.



O Calvinismo, com sua ênfase na centralidade das Escrituras, é mais do que um sistema teológico, é, sobretudo, uma maneira teocêntrica de ver, interpretar e atuar na história. O estudioso inglês Tawney (1880-1962), observa que “o Calvinismo foi uma força ativa e radical. Era um credo que buscava não meramente purificar o indivíduo, mas reconstruir a Igreja e o Estado, e renovar a sociedade permeando todos os setores da vida, tanto públicos como privados, com a influência da religião”.



O Cristianismo – conforme entende o Reformado –, não é uma forma de acomodação na cultura, antes de formação e de transformação através de uma mudança de perspectiva da realidade, que redundará necessariamente numa mudança nos cânones de comportamento, alterando sensivelmente as suas agendas e praxes. Assim sendo, a nossa fé tem compromissos existenciais inevitáveis. Ser Reformado não é apenas um status nominal vazio de sentido, antes reflete a nossa fé em atos de formação e transformação.



Abraham Kuyper (1837-1920) interpretando o pensamento reformado, diz:



Calvino abomina a religião limitada ao gabinete, à cela ou à igreja. Com o salmista, ele invoca o céu e a terra, invoca todas as pessoas e nações a dar glória a Deus.

Deus está presente em toda vida com a influência de seu poder onipresente e Todo-Poderoso e nenhuma esfera da vida humana é concebida na qual a religião não sustente suas exigências para que Deus seja louvado, para que as ordenanças de Deus sejam observadas, e que todo labora seja impregnado com sua ora em fervente e contínua oração.



Todavia, neste estado de existência, nenhuma cultura é ou será perfeita; haverá sempre, em maior ou menor grau o estigma do pecado. O calvinismo consiste numa busca constante de fidelidade a Deus; a transformação cultural é apenas um resultado daqueles que têm os olhos firmados na Palavra, um coração prazerosamente submisso a Deus e um comprometimento existencial no mundo, no qual vive e atua para a glória de Deus. Tawney interpreta corretamente: “Para o Calvinista, o mundo está ordenado para manifestar a majestade de Deus, e o dever do cristão é viver para tal fim”. Com estes princípios o Calvinismo influenciou as artes, a política, a ciência, a economia, a literatura e outros diversos setores da cultura. Para Calvino, a pergunta condenatória de Tertuliano (c.160-c.220 AD) à Filosofia não fazia sentido, o Cristianismo é uma cosmovisão que parte das Escrituras para o exame de todas as facetas da realidade. “Para Calvino, nenhum tipo de ensino que levasse os homens a deixarem de se preocupar com qualquer coisa que afetasse de maneira profunda a vida humana, até mesmo em suas preocupações puramente humanas, poderia de forma alguma ser cristão”.



A Palavra de Deus oferece-nos o escopo de nosso pensar e agir. Através dela poderemos ter uma real visão de Deus, de nós mesmos e do mundo. Portanto, uma cosmovisão Reformada é uma visão que se esforça por interpretar a chamada realidade pela ótica das Escrituras. Sem as Escrituras permanecemos míopes para distinguir as particularidades do real, tendo uma epistemologia desfocalizada. Calvino usa de uma figura que continua atual: “Exatamente como se dá com pessoas idosas, ou enfermas de olhos, e quantos quer que sofram de visão embaçada, se puseres diante deles até mui vistoso volume, ainda que reconheçam ser algo escrito, mal poderão, contudo, ajuntar duas palavras; ajudadas, porém, pela interposição de lentes, começarão a ler de forma mais distinta. Assim a Escritura, coletando-nos na mente conhecimento de Deus de outra sorte confuso, dissipada a escuridão, mostra-nos em diáfana clareza o Deus verdadeiro”.



O calvinismo fornece-nos óculos cujas lentes têm o senso da soberania de Deus como perspectiva indispensável e necessária para ver, interpretar e atuar na realidade, fortalecendo, modificando ou transformando-a, conforme a necessidade. Isso tudo, num esforço constante de atender ao chamado de Deus a viver dignamente o Evangelho no mundo. Schaff comenta que “O senso da soberania de Deus fortaleceu os seus seguidores contra a tirania de senhores temporais, e os fez os campeões e promotores de liberdade civil e política na França, Holanda, Inglaterra, e Escócia”.



No entanto, mesmo com toda essa influência, o calvinismo não moldou a cultura ocidental somente através das idéias, mas principalmente através de seus ideais que fizeram com que homens fiéis morressem pelo testemunho de sua fé. “Os protestantes franceses, conta-nos Leith, ao serem levados para a prisão ou para a fogueira, cantavam salmos com tanta veemência que foi proibido por lei cantar salmos e aqueles que persistiam tinham sua língua cortada. O salmo 68 era a Marselhesa huguenote”.



Como nos adverte Kuyper, “[a] vida que o Calvinismo tem pleiteado e tem selado, não com lápis e pincel no estúdio, mas com seu melhor sangue na estaca e no campo de batalha”. A força prática da teologia reformada não está simplesmente em seu vigor e capacidade de influenciar intelectualmente os homens, mas no que tem produzido na vida de milhões de pessoas, conduzindo-as, em submissão ao Espírito, à fidelidade bíblica e a uma ética que se paute pelas Escrituras. A grande contribuição do Calvinismo não se restringe aos manuais das mais variadas áreas do saber, mas, estende-se à integralidade da vida dos discípulos de Cristo que seguem esta perspectiva.



Calvino, com sua vida e ensinamentos, contribuiu para forjar um tipo novo de homem: “O reformado”, que vive no tempo, a plenitude do seu tempo para a glória de Deus! Portanto, “O verdadeiro discípulo de Calvino só tem um caminho a seguir: não obedecer ao próprio Calvino, mas Àquele que era o mestre de Calvino”.



Portanto, podemos dizer que o Calvinismo prima não simplesmente pela preocupação teológica – o que sem dúvida é fundamental – mas, sim, pela obediência incondicional ao Deus da Palavra. Assim, dentro desse princípio fundamental – que recebe os Símbolos de Westminster como exposição fiel das Sagradas Escrituras –, podemos dizer que a nossa identidade Reformada enfatiza, entre tantas outras coisas:



1) O fundamento de nossa relação com Deus está no Pacto da Graça através do qual Deus “livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação através de Jesus Cristo....”. (Confissão de Westminster, VII.3)



2) A salvação por Graça unicamente em Jesus Cristo; o Deus encarnado: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.



3) A suficiência do sacrifício de Cristo para salvar completa e totalmente o povo de Deus.



4) A fé como a boa obra do Espírito em nós que nos capacita a responder positivamente ao chamado de Deus.



5) A Palavra de Deus, e somente Ela é a autoridade final de todo o nosso pensar, crer, agir e sentir.



6) A Inerrância e infalibilidade das Escrituras como princípios teóricos e práticos que norteiam a nossa perspectiva da realidade em todas as suas dimensões: religiosa, social, política, econômica, ética, profissional, familiar, etc. Portanto, uma ética comprometida com as Escrituras.



7) O Culto a Deus como meta e razão de ser da Igreja, que se manifeste em consonância com a Palavra, em santo temor e sincera gratidão para com Deus.



8) Um compromisso com o real a partir da fé em Cristo, gerada em nós pelo Espírito.



9) A aceitação incondicional da Majestade de Deus e do Senhorio de Cristo em todas as coisas a começar de nossa salvação definitiva.



10) A compreensão de que a Igreja de Deus não é um conjunto de pessoas individuais mas, é o corpo de Cristo, o povo constituído por Deus através do Seu Espírito, para cultuá-Lo, viver a Sua Palavra e proclamar a Sua salvação em Cristo.



11) O zelo pela pregação fiel da Palavra, administração correta dos Sacramentos e o exercício fiel da disciplina.



12) Oração sincera e submissa. Como vimos, de forma figurada, Calvino diz que “o coração de Deus é um ‘Santo dos Santos’, inacessível a todos os homens”, sendo o Espírito Quem nos conduz a Ele. Entendia que “com a oração encontramos e desenterramos os tesouros que se mostram e descobrem à nossa fé pelo Evangelho” e, que “a oração é um dever compulsório de todos os dias e de todos os momentos de nossa vida”, e: “Os crentes genuínos, quando confiam em Deus, não se tornam por essa conta negligentes à oração”. Portanto, este tesouro não pode ser negligenciado como se “enterrado e oculto no solo!”. “Agora, quanto é necessário, e de quantas maneiras o exercício da oração é útil para nós, não se pode explicar satisfatoriamente com palavras”. Aqui está o segredo da Palavra de Deus, segundo a percepção de Calvino: Estudo humilde e oração, atitudes que se revelam em nossa obediência a Cristo. Schaff resume: “Absoluta obediência de seu intelecto à Palavra de Deus, e obediência de sua vontade à vontade de Deus: esta foi a alma de sua religião”. “A oração tem primazia na adoração e no serviço a Deus” (Calvino). Daí o seu conselho: “A não ser que estabeleçamos horas definidas para a oração, facilmente negligenciaremos a prática”. No entanto, devemos ter sempre presente o fato, que é o Espírito “Quem deve prescrever a forma de nossas orações”.



13) A Glória de Deus como alvo supremo de toda as coisas. (1Co 10.31). “Não busquemos nossos próprios interesses, mas antes aquilo que compraz ao Senhor e contribui para promover sua glória”.



Encerro essas anotações, com as palavras do Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), o primeiro grande reformador nacional:



Não há reforma possível que não comece por reafirmar: 1º que Cristo crucificado uma só vez no Calvário é a única e suficiente expiação pelo pecado, e já não há mais oferenda pelo pecador; 2º, que os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma contrita e crente; 3º que a essência de uma vida cristã está na reabilitação do homem interior, e não há força capaz de efetuar tal transformação exceto o Espírito de Deus, com quem estamos em contato imediato.

Fonte: http://www.mackenzie.br/teologia_reformada_est.html

15:11

O conforto nas Escrituras

É, portanto, um grande conforto que podemos ser propriedade do bom mestre, nosso Senhor Jesus Cristo. Compreenderemos muito melhor isto se aprendemos com o catecismo (Heidelberg) estas três partes das Sagradas Escrituras.
I - De nossa miséria
II- De nossa redenção
III- Do agradecimento ou seja reconhecimento

Estes são os três aspectos da fé, por meio dos quais a igreja ensina a seus membros a riqueza da doutrina da redenção que esta em Cristo Jesus. O apostolo Paulo trabalhou e sofreu muito para fazer conhecido as igrejas qual é o único consolo. Ele pregou a Cristo para quem em todas as dificuldades e perseguições pudessem ser consolados os seus corações, e pudessem conhecer o mistério de Deus (Cl 2:2-3)

I-As escrituras nos falam da queda no pecado que veio a todos os homens em Adão, e das conseqüências e do poder do mesmo. Já não vivemos mais no paraíso, sim em mundo onde os filhos de Deus muitas vezes são perseguidos e contrariados...
Que consolo temos agora em saber que Cristo é nosso mestre.

II-As Escrituras nos fala também do meio para sermos livre do pecado.

III-E também nos fala que devemos nos sentir agradecidos por tão grande salvação.

Com todas estas coisas os filhos de Deus podem compreender o que Jesus disse : “Bem aventurados...(Mt 5:1-12). Apesar das dificuldades e misérias,temos ânimo. Porque em Cristo temos tudo.

Janse J. C /La confesion de la iglesia/comentário al Catecismo de heidelberg/Felire

14:04

JESUS ME ACEITOU


"...na verdade quem nos aceitou foi ele..."

Eu não consigo me esquecer daquela afirmação, aquele senhor acabava de confirmar aquilo que era a mais simples verdade do "Evangelho" mas esquecida pela grande massa dos crentes contemporâneos .Estamos tão acostumados com o "evangelho" mesclado com o humanismo, que já não conseguimos discernir a mínima diferença entre a mão direita e a esquerda. Num bate papo com qualquer cristão, vamos concluir que o entendimento que eles possuem é que; se foram salvos um dia é por que fizeram alguma coisa para receber a esta salvação." Isto soa como algo assim: "Deus tem feito tudo o que Ele pôde fazer, o próximo passo (aquele que realmente é decisivo) depende de você ... Céu ou inferno ! a escolha é sua". Assim, por "aceitar" Cristo, o homem virtualmente se torna seu próprio salvador. O homem é tido como se estivesse no volante, e Deus como um mero espectador.¹ " Ou seja, o Próprio salvador fica impossibilitado de salvar, pois em ultima ánalise quem decide é o pecador. Mas como alguém (no caso do pecador) decide por algo que nunca deseja? "Hoje em dia, muitos púlpitos proclamam um Deus que tenta, de um modo altamente inócuo, ser aceito pelos homens. Mas, se uma pequena parte da verdade é apresentada como se fosse a verdade total, o resultado será, na melhor das hipóteses, confusão, e na pior, decepção. A verdade parcial pode ser mais perigosa do que uma mentira aberta!¹ "É bem verdade, que a VERDADE nua e crua, é intolerável aos nossos corações rebeldes. Nossos ouvidos não pode ouvi-la sem ao menos serem ameaçados pela justiça Divina, pois é como afirma o apóstolo "...para que toda a boca esteja fechada e todo mundo seja condenável diante de Deus¹ "(Rom 3:19) Uma música do grupo Logos, retrata bem a trágica mudança no conteúdo da mensagem pregada,...

Diz a letra da música;
"Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração, em constatar que o evangelho já mudou; quem ontem era servo agora acha-se Senhor, e diz a Deus como Ele tem que ser. Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus, ele é tão claro como a água que bebi, e não se negocia sua essência e poder, se camuflado a excelência perderá ² "

Mas qual é a pura essência do Evangelho? "O Evangelho de Jesus Cristo é essencialmente centralizado em Deus, e não no homem... o pecado foi introduzido ao mundo, e tem inteiramente corrompido todo o coração e natureza, de todos os homens. Assim, nós estamos separados de Deus por uma barreira infinita. A justiça e a santidade divina, demandam que nossos pecados sejam punidos. Em nosso estado de pecado, nós nem somos capazes de pagar pelos nosso próprios pecados, nos transformar, tampouco fazer as pazes com Deus. Nossa única esperança é que alguém maior que nós faça por nós o que não podemos fazer por nós mesmos, e nos fazer aceitáveis a Deus ...Mas, quem pode pagar totalmente por todos os nossos pecados? Quem pode viver perfeitamente ! sem nenhum pecado ! e merecer o favor de Deus para nós? Quem pode nos fazer aceitáveis a Deus? A resposta bíblica é inequivocamente clara: somente Deus pode fazer tudo isto. ¹ " Ei, alguém ai já pensou em um abismo?...existe um grande abismo entre Deus e os pecadores...onde estes jamais poderão caminhar em direção a Deus, a única alternativa parte de Deus, pois somente Ele pode caminhar em direção ao homem. "E Ele tem feito isto de tal modo que os pecadores são salvos e a justiça ainda é mantida. O culpado segue livre, mas os padrões de justiça não são quebrados. Cristo, o Eterno Filho de Deus, veio a este mundo e se tornou um homem, viveu uma vida pura de obediência ao Pai, e morreu a morte que os pecadores mereciam morrer, satisfazendo por completo, todas as obrigações da lei. Assim nós lemos: Deus nos fez agradáveis a si no Amado (Efés. 1:6). Aceitar é, sobretudo, a prerrogativa de Deus. A salvação é Seu ato, Sua iniciativa, Sua intervenção em um caso sem esperança. Do Senhor vem a salvação (Jonas 2:9). A salvação não é tanto o pecador aceitando a Deus quanto Deus aceitando o pecador, o qual, em desespero, se torna do pecado e se agarra em Cristo. Esta é a mensagem evangélica que exalta a Deus e que manifesta Ele no comando. Isto faz com que o homem seja uma esfera que está em órbita ao redor de Deus. " Será que ficou claro meu irmão arminiano?"Na graça, a ênfase não está em quem recebe, mas sim, no Doador! " Eu sei muito bem que está claro, mas parece que você "se acha" capaz, não é mesmo?"Eu quase posso escutar alguém dizendo, mas, e a minha decisão? Eu não necessitava a fazer alguma coisa? Eu não precisava ao menos ter que decidir, e desejar ser salvo?...Eu deixarei que Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) dê uma resposta, através de sua autobiografia:

Quando eu estava chegando a Cristo, eu pensei que estivesse o fazendo por mim próprio, e mesmo que eu procurei zelosamente ao Senhor, eu não fazia idéia que o Senhor me procurava. Eu não penso que o recém convertido esteja, primeiramente, ciente disto. Eu posso fazer um retrospecto daquele dia e daquela hora em que eu recebi estas verdades em minha alma pela primeira vez ! quando elas foram queimados em meu coração, como John Bunyan diz: como se fosse ferro em brasa; e posso relembrar de como me senti crescido, subitamente, de um bebê a um homem ! que eu fiz um progresso no conhecimento das Escrituras, através do descobrimento, de uma vez por todas, deste entendimento da verdade de Deus. Numa noite da semana, quando estava sentado na casa de Deus, eu não estava pensando muito no sermão do pregador, pois eu não acreditei nele. Um pensamento me atingiu: "Como você se tornou um Cristão?" Eu procurei ao Senhor. "Mas como você veio a buscar o Senhor?" Por um instante a verdade veio em minha mente: Eu não O procuraria a menos que tivesse existido alguma influência prévia sobre a minha mente, que me fizesse O procurar. "Eu orei!", pensei eu. Mas então perguntei a mim mesmo: "Como vim a orar?" Eu fui induzido a orar pela leitura das Escrituras. "Como vim a ler as Escrituras?" Eu As li, mas o que me fez Às lerem? Então, por um momento, eu vi que Deus estava por trás de tudo, e que Ele era o Autor de minha fé, e então a plena doutrina da graça se abriu para mim, e desta doutrina eu não me afastei até este presente dia, e desejo fazer esta a minha confissão constante: "Eu atribuo a minha mudança completamente a Deus ¹ ". Só podemos escolher aquilo que desejamos, e de fato a única coisa que um pecador deseja é pecar. Somente a graça de Deus poder convencer um coração endurecido de seu pecado e rebelião. Em seu comentário acerca de Efésios 2:1-10

Matheus Henry, afirma que:

"O pecado é a morte da alma. um homem morto em delitos e pecados não sente desejos pelos prazeres espirituais. Quando olhamos para um cadáver, dá uma sensação espantosa. O espírito que nunca morre foi embora, e nada tem deixado senão as ruínas de um homem. Todavia, se víssemos bem as coisas, deveríamos sentir-nos muito mais afetados com o pensamento de uma alma morta, um espírito perdido e caído.

O estado de pecado é o estado de conformidade com este mundo. Os homens ímpios são escravos de Satanás, que é o autor dessa disposição carnal orgulha que existe nos homens ímpios; ele reina nos corações dos homens. na Escritura fica claro que se os homens têm sido mais inclinados à iniqüidade espiritual ou sensual, todos os homens, sendo naturalmente filhos da desobediência, são também por natureza filhos da ira. Então, quanta razão têm os pecadores para procurarem fervorosamente a graça que os fará filhos de Deus e herdeiros da glória, tendo sido filhos da ira!

O amor eterno ou a boa vontade de Deus para com suas criaturas é a fonte de onde fluem todas suas misericórdias para conosco; esse amor e Deus é amor grande, e sua misericórdia é misericórdia rica. Todo pecador convertido é um pecador salvo; livrado do pecado e da ira. A graça que salva é a bondade e o favor livre e imerecido de Deus; Ele salva, não pelas obras da lei, senão pela fé em Cristo Jesus.

A graça na alma é vida nova na alma. Um pecador regenerado chega a ser um senhor vivente; vive uma vida de santidade, sendo nascido de Deus: vive, sendo livrado da culpa do pecado, pela graça que perdoa e justifica. Os pecadores se revolvem no pó; as almas santificadas sentam nos lugares celestiais, levantadas por sobre este mundo pela graça de Cristo.

A bondade de Deus ao converter e salvar pecadores aqui e agora, estimula os outros a esperar, no futuro, por Sua graça e misericórdia. Nossa fé, nossa conversão, e nossa salvação eterna não são pelas obras, para que nenhum homem se vanglorie. Estas coisas não acontecem por algo que nós façamos, portanto, toda jactância fica excluída. Todo é livre dádiva de Deus e efeito de ser vivificado por seu poder. Foi seu propósito para o qual nos preparou, dizendo-nos com o conhecimento de sua vontade, e seu Espírito Santo produz tal mudança abençoando-nos com o conhecimento de sua vontade, e seu Espírito Santo produz tal mudança em nós que glorificaremos a Deus por nossa boa conversação e perseverança na santidade. Ninguém pode abusar desta doutrina apoiando-se na Escritura, nem a acusa de nenhuma tendência ao mal. Todos os que assim agem, não têm escusa.³ "

A nossa resposta ao chamado do Salvador é consequência do seu agir em nós. "Por que Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade (Fil. 2:13). Ninguém vem á Cristo arrastado, nem por força, Deus primeiro fazer o pecador querer ser salvo, convencendo de que a sua única saída esta em reconhecer a sua miséria e clamar á Deus por salvação. Somos nós os pecadores, somos nós que estamos na "ilegalidade", de tal maneira que não somos nós que recebemos a Cristo, mas é Ele quem nos recebe pela misericórdia..." quando nós olhamos a palavra "receber", nós novamente estamos face a face com a realidade que é, definitivamente, Deus quem faz a recepção. Isto também é afirmado pelas Escrituras. Por exemplo, o salmista foi confortado em saber que ele me receberá (Sal. 49:15). Os fariseus queixaram-se de Cristo: este recebe pecadores, e come com eles (Luc. 15:2). Paulo ensinou aos Romanos que Cristo também nos recebeu para a glória de Deus (Rom. 15:7). Hebreus 12:6 diz que Deus é ativo em adotar filhos espirituais na Sua família: Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe como filho...Aquele bem conhecido versículo em João 1, o qual diz: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (v. 12), é de fato uma verdade preciosa; mas não termina aí. O próximo versículo diz claramente que, ter sido recebido por Cristo só foi possível pela graça de Deus que capacita: Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (v.13). ¹ "

Que Maravilhoso Deus nós temos, que nos recebeu e não nos expulsou de sua santa presença para sempre, que minha alma reconheça pelos séculos dos séculos tão grande salvação e tão grande Salvador, que nos meus dias eu nunca venha cessar o meu louvor á Deus por sua misericórdia.

E quanto a você meu amigo, que e ainda não se arrependeu de seus pecados..."É verdade que você deve chegar a Cristo, e receber a salvação. Esta vinda de Cristo Jesus ao mundo para salvar pecadores são as boas notícias, e é verdadeiramente digna de toda a aceitação (I Tim 1:15). Mas você deve chegar humildemente como um mendigo, de mãos vazias, se lançando a si mesmo diante de Cristo, maravilhando-se em Seu amor infinito. Eu te imploro que venha ao Salvador dos pecadores necessitados já. Aceite a Ele do mesmo modo, que um náufrago aceita uma bóia ... do mesmo modo que um pobre mendigo aceita esmolas ... um prisioneiro aceita a liberdade! Receba a Ele do mesmo modo, que um doente recebe o médico! ¹ "

Pois não há outro caminho, não outra saída, não há escapatória, de fato todos os caminhos te levará a Deus como Juiz, mas somente em Jesus Cristo você pode escapar da ira vindoura e do tormento eterno. Todo o teu esforço será inútel, todas as suas obras consideradas como lixo...a salvação não se compra...e nem se conquista, mas é recebida mediante a fé...e esta claro que "O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (João 3:27). "

De eternidade a eternidade esta verdade prevalecerá, foi Jesus quem me aceitou.



Aldair Ramos Rios


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Citações dos textos:
¹Quem Aceita Quem? /Daniel A. Chamberlin, Pastor /Tradução: Gustavo Stapait, 09/01 /Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
²Letra da Música "Evangelho" Grupo Logos
³Matheus Henry/Comentário Bíblico/CPAD

13:14

CRISTO NOS FAZ PRISIONEIROS DELE PARA TERMOS SUA PAZ


Por Adriano Gama
LEITURA: Rm 5.1-11
TEXTO: Fm 1-3

Amada Congregação do Senhor Jesus Cristo e visitantes,

Poucas pessoas em nossas congregações têm acesso à história do autor da Confissão Belga, nosso amado irmão o Rev. Guido de Brès.
Mas aqueles que tiverem a oportunidade de ler sobre a vida de Guido de Brès terão um grande testemunho de um homem que viveu muitas TRIBULAÇÕES POR CAUSA DO EVANGELHO.
O Rev. Guido de Brès viveu num período da Reforma de terríveis perseguições à Igreja de Cristo. Numa época onde quem confessasse a Fé Bíblica tinha seus bens tomados, família separada, seriam presos, torturados e mortos.
O próprio Rev. Guido não descansou durante seu ministério. Tinha que fazer seus sermões escondido num pequeno barraco de ferramentas, viveu muito tempo usando um outro nome para evitar ser pego pelas autoridades, mas por fim foi feito PRISIONEIRO.
A cela onde ele passou vários meses ficava na parte mais baixa da prisão. A luz entrava por um pequeno buraco na parte superior da cela de onde também escorria o esgoto da prisão. Uma PERTURBADORA situação.
Mas irmãos, quando nós lemos os depoimentos de pessoas que o visitaram na prisão e as cartas que ele enviou para sua esposa, parece que aquele homem não estava passando por nada disto que acabamos de ouvir.
Agora pense: Humanamente falando o Rev. Guido tinha alguma razão para ter UM CORAÇÃO CHEIO DE PAZ? UM PRISIONEIRO com Paz no coração?
Para descobrimos a fonte dessa Paz no coração de Guidó de Brès, eu vos proclamo a Palavra de Deus no seguinte tema:

CRISTO NOS FAZ PRISIONEIROS DELE PARA TERMOS SUA PAZ

1. PAZ DA PARTE DE DEUS NOSSO PAI E DO SENHOR JESUS;

2. PAZ COM NOSSOS IRMÃOS

1. CRISTO NOS FAZ PRISIONEIROS DELE PARA TERMOS SUA PAZ: PAZ DA PARTE DE DEUS NOSSO PAI E DO SENHOR JESUS CRISTO;

Paulo está PRESO em ROMA quando escreve a Filemom e aos irmãos de Colossos. E na sua saudação Paulo se identifica como “Paulo. prisioneiro de Cristo Jesus” (v.1).
Agora você não acha estranha esta saudação? Como alguém de cara vai se identificar como um prisioneiro? Que honra há nisto?
Imagine você, alguém de dentro do presídio escreve para seus parentes: Fulano de Tal, o prisioneiro do Anibal Bruno...? Esta saudação seria muito esquisita e muito desonrosa!
É muito esquisito o título que Paulo dá para si na Epístola a Filemon. Ele pode se identificar como “servo de Cristo” (Rm 1.1; Fl 1.1; Cl 1.1; ), “apóstolo de Cristo” (1 Co 1.1; 2 Co 1.1;Gl 1.1; Ef 1.1; 1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1; Tt 1.1) ou como simplismente Paulo (1 Ts 1.1; 2 Ts 1.1) ou até mesmo de forma forte como faz em Tito se denominando “servo de Deus e apóstolo de Cristo” (Tt 1.1).
Títulos fortes e que mostram uma grande posição dentro da Igreja de Cristo. Mas Paulo prefere se identifica como “prisioneiro de Cristo”? Por que ele não se identifica assim?
Por que Paulo quer mostrar que é um prisioneiro por amor do Evangelho, mas que apesar de ser um prisioneiro ele é um prisioneiro DE Cristo!
PRISIONEIRO DE QUEM? O texto diz: de Cristo Jesus” (v.1). O que é um prisioneiro? É alguém que pertence ao Estado. É alguém que por algum motivo perde sua liberdade e é colocado sob a guarda do Estado.
Paulo é um prisioneiro. Mas não do ESTADO! Paulo é o prisioneiro de CRISTO JESUS. Ele É PRISIONEIRO DO MESSIAS SALVADOR DO SEU POVO.
Paulo assim mostra que a SUA LIBERDADE não pertence a nenhum homem nem a ele mesmo. A SUA LIBERDADE PERTENCE A CRISTO JESUS, pois dEle Paulo é prisioneiro.
Por isso, ele não se envergonha deste título, porque é uma honra ser um prisioneiro de Cristo Jesus!
MAS, PRISIONEIRO POR CAUSA DE QUÊ? “Por causa do EVANGELHO (v. 13). Não por causa de um crime cometido. Não por causa de um ideal político. Não por causa de seus INTERESSES PARTICULARES, mas por causa da Boa Nova de Cristo Jesus. Do Evangelho que é poder de Deus, para reconciliar o homem com Deus e o homem com o seu próximo!
Paulo assim faz QUESTÃO de manifestar que é Cristo que o prende e que está aprisionado por causa de Cristo. Paulo deixa claro que CRISTO JESUS FEZ ELE RENUNCIAR SUA LIBERDADE, SEU CONFORTO PARTICULAR POR CAUSA DO EVANGELHO PAZ!
Irmãos, por causa de Cristo, Paulo tem problemas PARA-DAR-E-VENDER! Ele, humanamente falando, tem TUDO para ser um DAQUELES crentes depressivos por causa da PERTURBAÇÃO DA VIDA.
Paulo poderia ser MAIS UM daqueles crentes PERTURBADOS, DE CARA ABATIDA que quando você pergunta a ele: Como vai você irmão, está tudo bem? Ele responde SEMPRE com uma cara de enterro: “Mais ou menos ... é tanta luta, são tantos problemas...”.
Mas, você vê o CONTRÁRIO na Carta de Filemom. VÊ um Filho de Deus COM PAZ E QUE COMUNICA A PAZ AOS IRMÃOS!
VEJA A SAUDAÇÃO APOSTÓLICA no v. 3. Uma tradução mais literal do v. 3 é: Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Será que esta saudação é uma saudação de um CRENTE DEPRESSIVO E PERTURBADO? NÃO, DE MODO NENHUM!
Esta é a saudação de um Apóstolo e de um crente que PROVA A GRAÇA DE CRISTO. Alguém que por causa da graça recebe a paz que parte de Deus e do Senhor Jesus Cristo e entra em nosso coração!
PAZ que não vem dos homens nem da terra, mas que procede de Deus pai e do Seu Cristo. A paz que vem do céu para nós!
Por isso, nenhuma prisão, nenhum homem, nem nada neste mundo pode retirar esta paz de Paulo nem do coração dos filhos de Deus!
Mesmo que você passe pela mais terrível tribulação. Mesmo que você sofra as mais terríveis dores. Mesmo que você esteja se sentindo só ou abandonado por Seus parentes e amigos. Mesmo que visivelmente sua vida esteja sendo virada de cabeça para baixo.
Essa PAZ não pode ser arrancada do SEU CORAÇÃO, porque ela nasce em Deus, ela vem de Deus, ela nos pertence por causa do sacrifício de Cristo Jesus na Cruz! LÁ NA CRUZ, quando Cristo esta preso no madeiro, Ele faz, pelo Seu Sangue, a paz entre Deus e nós!
E DO CÉU ESTA PAZ É ENVIADA PARA NÓS POR PURA GRAÇA! Se você tem a paz com Deus, então, você tem a verdadeira paz nesta vida!
NÃO UMA PAZ MUNDANA! Aquela que: SE eu TENHO dinheiro no bolso: Ah! Tenho PAZ! SE POSSUO o que eu quero: Ah! Possuo PAZ! SE ESTOU com as contas pagas: ESTOU EM PAZ! SE DESFRUTO de uma boa relação na família: Ah! Desfruto de grande paz! Se GOZO dos PAPARICOS DA IGREJA: Hum! Como Gozo de Paz!
SE É ESSA A TUA PAZ, ENTÃO, VOCÊ TEM UMA FALSA PAZ! É A PAZ QUE VEM DO MUNDO E NÃO DE DEUS! E a mesma paz que seu vizinho descrente tem! E um TIPO DE PAZ que até o mundo e Satanás podem dar a você!
Agora, como você tem provado DA VERDADEIRA PAZ? COMO VOCÊ REAGE AS PERTURBAÇÕES do DIA A DIA? Você fica perturbado e se desanima logo com tudo e até com a Igreja de Cristo? Lembre-se: A FALSA PAZ é aquela que só existe quando tudo está andando do nosso jeito! Que só existe no seu coração, quando VOCÊ ACHA QUE ESTÁ TUDO NO SEU CONTROLE!
Se Você É UM crente e está PERTURBADO: ORE AO DEUS DA PAZ, RECORRA ao PRINCIPE DA PAZ, CRISTO! PEÇA AO PAI A PAZ QUE CRISTO CONQUISTOU PARA VOCÊ! Esteja debaixo da PREGAÇÃO do EVANGELHO DA PAZ.
Assim, com toda certeza, você provará A PAZ que Paulo como crente desfruta e como Apóstolo saúda a Igreja! A PAZ QUE PROCEDE DE DEUS PAI E DO SENHOR JESUS CRISTO!
Cristo fez o Apóstolo Seu Prisioneiro para que ele recebesse a PAZ que procede de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

2. CRISTO NOS FAZ PRISIONEIROS DELE PARA TERMOS SUA PAZ: PAZ COM NOSSOS IRMÃOS

A paz que vem de Deus tem resultado em nossa vida! Ela se manifesta em nossos contatos com nossos irmãos.
É como a chuva: A chuva vem do céu. Ela cai sobre as plantas aqui na terra e faz estas plantas frutificarem!
A PAZ DE DEUS VEM DO CÉU E NOS FAZ FRUTIFICAR AQUI NA TERRA! ELA É UM FRUTO DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS (GL 5.22)! Veja ESTA PAZ em Paulo:
O Apóstolo, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO, diz que é prisioneiro NÃO para TIRAR PROVEITO PARA SI, MAS PARA O PROVEITO DOS OUTROS.
Ele usa o título de “prisioneiro de Cristo Jesus” para introduzir um pedido especial a Filemom. Ele quer promover a PAZ entre Filemom e seu escravo Onésimo (vs. 9,10). Ele quer promover a PAZ na Igreja, POR ISSO ELE ESCREVE TAMBÉM A IGREJA NA CASA DE FILEMOM (v. 2)!
Onésimo tinha roubado e abandonado seu senhor Filemom (8-17). Não sabemos como, mas Onésimo se encontra com Paulo e é salvo por meio da pregação do Apóstolo Paulo, que esta na prisão (v.10).
E agora Onésimo, que era inútil para Filemom É TRANFORMADO NUM SERVO ÚTIL PARA O PROGRESSO DO EVANGELHO. Onésimo chega a ser enviado por Paulo para Colossos, Igreja onde Filemom era Ministro da Palavra, como “o fiel e amado irmãos, para edificar a Igreja (Cl 4.8,9): O Evangelho TRANSFORMA UM HOMEM INÚTIL EM ÚTIL SERVO DO SENHOR!
AGORA VEJA: Paulo na prisão intercede por um irmão, para manter e promover a PAZ de Deus na Igreja!
Normalmente, quando sofremos QUEREMOS SABER SOMENTE DE NÓS MESMOS. Muitas vezes não estamos nem aí com os problemas dos outros! Geralmente dizemos nestas situações: Já tenho problema demais na minha vida para tentar resolver os problemas na vida dos outros!
Mas, Qual é a atitude de Paulo? É o contrário disto. Ele se preocupa com OS OUTROS! Ele se preocupa com a PAZ, COM A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS.
Ele intercede de forma tão intensa, gentil e amorosa por Onésimo ao ponto de PEDIR QUE FILEMOM receba o ex-esvravo-fujão como se recebesse a ele mesmo (v. 12, 17)!
Paulo chega ao ponto tomar as dívidas de Onésimo para si (v. 18,19)! Quem tem a PAZ de Deus PROMOVE A PAZ ENTRE OS IRMÃOS!
DEVEMOS tomar o CUIDADO PARA QUE A PAZ DE DEUS NÃO ESTEJA SOMENTE EM NOSSAS BOCAS E EM NOSSAS SAUDAÇÕES!
É fácil dizer que tem a PAZ DE DEUS E SAUDAR OS OUTROS COM A PAZ DO SENHOR, mas difícil é promover a verdadeira paz entre os irmãos, especialmente, quando você está em tribulação!
Por isso, uma Igreja que VERDADEIRAMENTE tem a PAZ DE DEUS, A PAZ DO SENHOR é aquela onde você pode ver a PAZ entre os Irmãos!
E COMO ESSA PAZ DO SENHOR SE MANIFESTA NA IGREJA? Quando vemos os membros MANTENDO E PROMOVENDO A COMUNHÃO.
Quando os Crentes REPUDIAM E LUTAM CONTRA FOFOCAS, INTRIGAS E O PARTIDARISMO DENTRO DA IGREJA!
Quando os crentes ao ouvirem sobre intrigas tentam apaziguar com a Palavra de Deus os ânimos das partes envolvidas! Quando há uma luta mortal contra toda e qualquer coisa e sentimento que ameace a paz entre os irmãos: NESSAS ATITUDES VEMOS QUE A IGREJA DE FATO TEM A PAZ DO SENHOR!
E aí: Como você tem promovido a paz de Deus na igreja? Como você tem se esforçado para que seus irmãos, irmãs cresçam na comunhão.
Como você tem evitado e lutado contra aquilo que pode PREJUDICAR a PAZ entre os crentes? Como você tem combatido A FOFOCA, AS INTRIGAS, OS RANCORES e O EGOÍSMO? Como você tem buscado usar todos os SEUS DONS para MANTER e PROMOVER A COMUNHÃO NA IGREJA?
A resposta a estas perguntas vai mostrar a você SE A PAZ DE DEUS ESTÁ OU NÃO EM SEU CORAÇÃO!
Preste atenção! Veja que o Espírito Santo diz: SE VOCÊ PREJUDICA A PAZ ENTRE OS IRMÃOS sendo um crente egoísta, fechado, resmungão, um crente não-me-toque, que sempre aponta para os erros nas pessoas, OU, se você é OMISSO NA TAREFA DE PROMOVER A PAZ na IGREJA: A PAZ DE DEUS E DO SENHOR JESUS CRISTO NÃO ESTÁ EM VOCÊ!
Arrependa-se deste pecado, porque a paz na igreja custou caro. Deus matou o Seu Filho para que sua igreja tivesse paz com Ele e dentro dela! Por isso, não canse de promover a paz entre os irmãos. Se esforce, pois para isto você foi salvo por Cristo. Assim poderemos não somente saudar, mas viver A PAZ DO SENHOR.
E se em nosso meio existem pessoas que não desfrutam dessa paz, porque estão fora de Cristo, saiba: Cristo é o PRÍNCIPE DA PAZ! Ele é a nossa PAZ! E você só pode ter PAZ verdadeira e real com Deus e com o Seu próximo SE você está em CRISTO. Por isso, confesse seus pecados ao SENHOR, peça a Ele o perdão dos seus pecados e, então, desfrute a PAZ que vem de Deus e do Senhor Jesus Cristo.


Conclusão:

Certo que o título de “prisioneiro” está ligado a Paulo, mas todos os cristãos são “prisioneiros de Cristo Jesus”. Com certeza nem todos estão em Prisões como Paulo, mas Cristo pela Sua morte nos tornou Seus prisioneiros, pois nos PRENDEU a Ele com Seu Sangue! Sendo assim, aproveite da PAZ que Cristo deu a você.
ENCERRO com o exemplo de nosso amado irmão Guido de Brès. Ele mesmo preso, segue o exemplo de Paulo, promoveu a Paz e comunhão entre os irmãos!
Ele na prisão enviou cartas encorajadoras para os crentes. Mas não somente isto. Ele escreveu um Livro sobre a Santa Ceia do SENHOR! Amém.
A Santa Ceia. Onde celebramos a PAZ QUE CRISTO conquistou para nós! A Santa Ceia que é um dos maiores SINAIS E SELOS da PAZ de DEUS E DA PAZ COM NOSSOS IRMÃOS!
Nosso Irmão, Rev. Guido de Brès, manifestou que também foi um verdadeiro “PRISIONEIRO DE CRISTO JESUS” NÃO SÓ NA PRISÃO, MAS ESPECIALMENTE, antes de ser ENFORCADO.
Ele, em PRAÇA PÚBLICA, encorajou e estimulou os seus irmãos a viverem fielmente ao Senhor e obedientes aos governadores.
Um homem que, pela graça de Deus, junto com o Apóstolo Paulo, verá o resultado de Suas algemas como um prisioneiro de Cristo Jesus Cristo no GRANDE DIA FINAL. Um homem que, como muitos outros, teve uma paz, cuja fonte é o Grande Deus e o Nosso Grande Salvador Jesus Cristo. Ao Princípe da paz seja toda glória. Amém.

08:03

Ellen G. White falou a verdade?


É verdade? Cadê a prova?

Ellen G. White é conhecida como sendo uma das principais expoentes do movimento sabatista moderno. Em seu mais lido livro O Grande Conflito afirma que
o imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano (ver Apêndice). O dia do sol era reverenciado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos. Foi instado a fazer isto pelos bispos da igreja. Inspirados pela sede de poder, perceberam que, se o mesmo dia fosse observado tanto por cristãos quanto por pagãos, isto resultaria em maior poder e glória para a igreja. Mas, conquanto muitos cristãos tementes a Deus fossem gradualmente levados a considerar o domingo como possuindo certo grau de santidade, ainda mantinham o verdadeiro sábado e o observavam em obediência ao quarto mandamento.
[1]

A declaração da senhora White a respeito deste momento histórico merece algumas considerações. Talvez, alguém questione porque eu dedicaria o meu tempo em refutar tão infundada afirmação. A resposta impulsiona do meu amor pela verdade. O volume que tenho em mãos em sua contracapa declara: “mais de 10 milhões de exemplares vendidos em 65 línguas”; e, a minha edição é de 2004. Alguns volumes a mais foram publicados neste meio tempo até hoje! Isto significa que desde que este livro foi escrito, sendo traduzido e divulgado, o seu conteúdo foi ensinado para milhares de pessoas. Em conversa com sabatistas sempre ouvi que quem mudou a guarda do sétimo dia para o domingo fora o imperador romano Constantino, mas não sabia a fonte de onde procedia esta idéia, até que ganhei um exemplar de O Grande Conflito e pude lê-lo.

Sinto-me constrangido por um segundo motivo a escrever uma resposta à sua declaração. Ellen Gould White (1827-1915)[2] embora tenha origem metodista, a sua família recebeu influência do movimento milenarista e sabatista procedente de William Miller (1782-1849) que profetizou a vinda de Cristo para o dia 22 de Outubro de 1844, fato que nunca ocorreu. Após serem excluídos da Igreja Metodista, por divergência doutrinária, associaram-se ao movimento adventista, sendo que ela tornou-se a sua líder e profetiza,[3] e durante um ministério de aproximadamente setenta anos, alegou ter recebido duas mil visões e sonhos proféticos.[4] Numa de suas profecias ela afirma que a guarda do domingo é a marca da besta.[5] Não perderei tempo analisando tão insana afirmação, visto que não há nada na Escritura Sagrada que autorize interpretar com este significado o texto de Ap 13, como o faz a senhora White.

Passemos imediatamente a analisar o que esta escritora disse em O Grande Conflito. Primeiro ela simplesmente menciona um decreto promulgado por Constantino, e a respeito deste documento, em que nenhuma fonte é citada, nem se afirma com necessária clareza o teor do conteúdo desta lei imperial. Talvez, ela não soubesse que história se escreve com documentos. Entretanto, ela induz o leitor a entender que este texto foi responsável pela mudança da observância do descanso do sábado para o domingo. Conforme a sua interpretação histórica, a senhora White alega que interesses políticos, e até evangelísticos fizeram com que os líderes cristãos, contemporâneos do imperador romano, contribuíssem para a transição da guarda do sétimo para o primeiro dia da semana.

Embora a autora não forneça nenhuma fonte da sua alegação, os editores o fizeram. Contudo, a bibliografia mencionada volta-se contra eles mesmos.[6] O historiador Albert H. Newman argumenta que a suposta conversão de Constantino [cerca de 310 d.C.] favorecia socialmente os cristãos no seu império. O Cristianismo não estava sofrendo mutações para adaptar-se aos romanos, mas o império pagão estava se moldando ao costumes cristãos.[7] Newman menciona uma série de favores que o imperador concedia aos cristãos, por exemplo, como os contidos no Edito de Milão (313 d.C.),[8] a isenção da liderança cristã do serviço militar e de impostos públicos (313 d.C.),[9] aboliu práticas e festividades pagãs que fossem públicas (315 d.C.), concedeu o direito privado às igrejas locais (321 d.C.) e tornou um dever civil o descanso no domingo, conforme era o costume cristão (321 d.C.).[10] Assim, o Dies Domini celebrado no primeiro dia da semana passou a ser descanso estatal.[11] O historiador Philip Schaff esclarece que Constantino
é o fundador, de no mínimo, da observância civil do Domingo, em que somente deste modo a sua observância religiosa na igreja poderia se tornar universal e propriamente assegurada. No ano de 321, ele editou uma lei proibindo o trabalho manual nas cidades e todas as transações judiciais, e posteriormente também o exercício militar no Domingo.[12]


Em outras palavras, o domingo não se tornou obrigatoriamente um dia de descanso para os cristãos por causa da lei de Constantino. Mas, o decreto tornou um dever civil o que por séculos era o costume religioso dos cristãos.




EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS ANTERIORES À CONSTANTINO

Sem recorrermos ao Novo Testamento como prova histórica,[1] é possível evidenciar documentalmente que os cristãos observaram o primeiro dia da semana desde os seus primórdios? Devemos recordar que o argumento de Ellen G. White é que o abandono do sétimo dia para a guarda do domingo somente ocorreu em 321 d.C. quando Constantino promulgou a “Lei Dominical”. Leiamos o que registraram os pais da Igreja, nos séculos que antecederam à Constantino, e a nossa conclusão poderá descansar sobre o firme alicerce da verdade.

Didaquê
O mais antigo manual de preparação de batismo e discipulado da Igreja Cristã (80-90 d.C.) conhecido por Didaquê instrui como deveria ser a vida comunitária. A orientação era de que “reúnam-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacríficio de vocês seja puro.”[2] A expressão Dia do Senhor, em grego kuriakê heméra e, em latim Dies Domini tornou-se o termo para indicar o primeiro dia da semana, a que chamamos de Domingo, o dia em que o Senhor ressuscitou!

Inácio de Antioquia
Inácio de Antioquia em sua Carta aos Magnésios (110 d.C.) declara que
aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre.[3]


A sistematização doutrinária exposta por Inácio aponta para a transição da antiga para a nova aliança. Esclarece que a ressurreição de Cristo é a causa da descontinuidade e acomodação para a nova ordem, e, isto inevitavelmente envolve a mudança do dia de descanso do sétimo para o primeiro dia da semana, inaugurando uma nova era.

Plínio “o jovem”
Conhecido por ser justo em seus julgamentos, Plínio “o jovem”, segundo o seu relato, procurava através de tortura e questionamentos descobrir o grau de culpabilidade do réu. Num período em que o imperador romano Trajano exigia a prisão, tortura, e dependendo do caso a pena de morte dos cristãos, e, neste contexto Plínio escreve uma carta questionando do motivo de prender e executá-los, se neles nenhum motivo de culpa era encontrado. Em 113 d.C., o relator descreve que os cristãos, sob tortura, confessaram que “unânimes em reconhecer que sua culpa se reduzia apenas a isso: em determinados dias, costumavam comer antes da alvorada e rezar responsivamente hinos a Cristo como a um deus...”.[4]

O testemunho do governador pagão expressou admiração com o costume cristão. Não havia nada de absurdo, nem ofensivo naquela religião. A menção de determinados dias confirma que as suas reuniões seguiam uma norma semanal, e que antes do amanhecer se reuniam.

A carta a Diogneto
O desconhecido escritor da Carta a Diogneto afirma que “não creio que tenhas necessidade de que eu te informe sobre o escrúpulo deles a respeito de certos alimentos, a sua superstição sobre os sábados...”.[5] Em 120 d.C., o contraste entre cristãos e judeus estava estabelecido, de modo que a guarda do sétimo dia era visto pelos cristãos como sendo uma superstição judaica, e não como algo normativo para a Igreja.

A carta de Barnabé
Um importante documento histórico apresenta alguns traços do Cristianismo do século II. A “carta de Barnabé” não tem autoria certa, mas pelo seu conteúdo a crítica literária especializada em patrística é de consenso datá-la entre 134-135 d.C.. O autor interpreta o significado do sábado. Ele declara que
vede como ele diz: não são os sábados atuais que me agradam, mas aquele que eu fiz e no qual, depois de ter levado todas as coisas ao repouso, farei o início do oitavo dia, isto é, o começo de outro mundo. Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus.[6]


O seu conteúdo é abertamente contrário aos sistemas judaizantes. Nesta interpretação acerca do sábado, o autor contrasta entre o entendimento do Judaísmo e o Cristianismo.

Justino de Roma
O apologista cristão expressou que “no dia que se chama do sol, celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas.” Noutro lugar ele continua
celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos. Com efeito, sabe-se que o crucificaram um dia antes do dia de Saturno e no dia seguinte ao de Saturno, que é o dia do Sol, ele apareceu a seus apóstolos e discípulos, e nos ensinou essas mesmas doutrinas que estamos expondo para vosso exame.[7]


A preocupação de Justino não era de firmar novas doutrinas, mas apenas de expor aos seus inquisitores o que era crença e prática tradicional dentro do Cristianismo. A sua I Apologia é datada em 155 d.C. apontando para a proximidade da era apostólica, um período de pureza na fé cristã.

Irineu de Lião
Enquanto Justino defendia os cristãos diante dos governadores pagãos, Irineu se dedicava a atacar as heresias que brotavam dentro do Cristianismo. Irineu como apologista analisava os desvios doutrinários que haviam se infiltrado dentre os cristãos. Especificamente para o nosso propósito selecionamos os heréticos que se nomeavam ebionitas,[8] que segundo Irineu eles “praticam a circuncisão e continuam a observar a Lei e os costumes judaicos da vida e até adoram Jerusalém como se fosse a casa de Deus.”[9] Além de negar a salvação somente pela graça e a sua suficiência em Cristo, os ebionitas ensinavam uma redenção por meio da obediência da lei. Dentre os “costumes judaicos da vida” incluíam a prática de guardar o sétimo dia. Eles não entenderam a cessação dos aspectos civis da lei, nem o seu cumprimento cerimonial em Cristo, de modo que, persistiam em exigi-los como complemento da salvação, e nisto consistia a sua heresia. O livro Contra as Heresias é datado entre 180 a 190 d.C..

Tertuliano
No início do século III os cristãos demonstravam desprezo pelos costumes judaizantes. Em seu livro Da Idolatria, escrito entre os anos 200 e 210 d.C., Tertuliano declara que “não temos praticado os Shabbats ou, outras festividades judaicas, do mesmo modo que evitamos as práticas pagãs.”[10] A sua afirmação esclarece que, tanto a idolatria quanto práticas judaicas, eram evitadas no mesmo pé de igualdade. Não há dúvidas de que o descanso cristão no fim do século II era marcadamente o domingo, da mesma forma que o exclusivismo cristão testemunhava contra pagãos e judeus!

Conclusão
As evidências exigem um veredicto! A declaração da senhora Ellen G. White é insustentável por causa da ausência de fontes e de provas. A verdade está contra ela, pois todo testemunho histórico aponta para a celebração do primeiro dia da semana como sendo o santo dia de descanso, de comunhão e de celebração dos cristãos primitivos que antecederam a “Lei Dominical” de Constantino.

Todos os editos e leis foram promulgados para que os seus súditos incentivados por benefícios civis adotassem a religião cristã. O império romano estava se adaptando ao Cristianismo e não o contrário. Assim, o primeiro dia da semana tornou-se descanso civil, por ser tradicionalmente desde o final do primeiro século um dia reservado para o culto cristão.

Evidências históricas apontam para o favorecimento do imperador romano para o Cristianismo. O que vimos foi que a Igreja no período da Patrística não somente evitava a guarda do sétimo dia, mas desprezava-a como sendo superstição, idolatria e heresia judaizante! Não há no puro Cristianismo nenhum grupo, em nenhum lugar e período que celebrasse o sábado como o dia cristão.


NOTAS:
Notas:
[1] Ellen G. White, O Grande Conflito (Tatuí, Casa Publicadora Brasileira, 7ª ed., 2004), pág. 33.
[2] Para maiores detalhes veja A.A. Hoekema, Adventismo del Septimo Dia (Kalamazoo, SLC, 1990).
[3] Em suas CRENÇAS FUNDAMENTAIS DA IGREJA ADVENTISTA DO 7º DIA declara que “18. O Dom de Profecia - Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. (Joel 2:28 e 29; Atos 2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12-17; 19:10)” extraído de http://www.adventistado7dia.org/iasd/crencas-fundamentais acessado em 7/10/2009.
[4] J.D. Douglas, White, Ellen Gould in: Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã (São Paulo, Edições Vida Nova, 1990), vol. 3, pág. 646.
[5] J.K. Van Baalen, O Caos das Seitas (São Paulo, Imprensa Bíblica Regular, 1970), pág. 155.
[6] Os editores no indicado “Apêndice” mencionam a LEI DOMINICAL DE CONSTANTINO apontam para a obra do historiador reformado Philip Schaff, History of the Christian Church, vol. III, cap. 7. Todavia, na mesma seção [75], em seu primeiro parágrafo Schaff diz “a observância do Domingo originou no tempo dos apóstolos, e as formas básicas da adoração pública, com o seu honrar, santificar e exultante influência em todas as terras cristãs”, pág. 300. É estranho que a fonte que os editores citam para favorecer a tese de que a mudança era do período de Constantino (321 d.C.), inicie o texto com esta declaração!
[7] Outra obra citada no “Apêndice” como evidência a favor da tese da senhora White é o livro-texto do batista Albert H. Newman, A Manual of Church History. Mas, a discussão desenvolvida por Newman é contrária à tese sabatista!
[8] O edito encontra-se na sua íntegra transcrito na obra Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 2000), vol. 15, págs. 491-494.
[9] Veja este outro edito em Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, vol. 15, págs. 499-500.
[10] Kenneth S. Latourette, Historia del Cristianismo (El Paso, Casa Bautista Publicaciones, 1976), vol. 1, págs., 132-133.
[11] Albert H. Newman, A Manual of Church History (Philadelphia, The American Baptist Publication Society, 1953), vol. 1, págs. 306-307.
[12] Philip Schaff, History of the Christian Church (Albany, Ages Software, 1997), vol. III, pág. 301.
Editado por Ewerton B. Tokashiki às 6:47 PM 7 comentários
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[1] Deixo esclarecido que aceito a plena inerrância e historicidade do Novo Testamento. Apenas não recorrerei a textos do NT para evitar uma discussão exegética, mantendo-me apenas na análise histórica extrabíblica. Aqueles que têm alguma dúvida quanto à historicidade do NT sugiro a leitura de Eta Linnermann, Crítica Histórica da Bíblia (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2009). Talvez, numa outra oportunidade postarei a exposição bíblica dos motivos de se guardar o Domingo como sendo o SHABBATH na Nova Aliança, e não mais o sétimo dia, como o era na Antiga Aliança.
[2] Didaquê in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 1, pág. 357.
[3] Inácio de Antioquia – Epístola aos Magnésios – Padres Apostólicos in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 1, pág. 94.
[4] Henry Bettenson, ed., Documentos da Igreja Cristã (São Paulo, ASTE, 4ªed., 2001), págs. 29-30.
[5] Carta a Diogneto – Pais Apologistas in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 2, pág. 21.
[6] Carta de Barnabé – Pais Apologistas in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 1, pág. 311.
[7] Justino de Roma, I Apologia in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 2ªed., 1995), vol. 3, págs. 83-84.
[8] Sabe-se que “eram judeus que aceitavam Jesus como o Messias ao mesmo tempo em que continuavam a afirmar que Paulo era um apóstota da lei, negavam o nascimento virginal, praticavam a circuncisão, observavam o Sábado, a Páscoa e outras festividades judaicas”. Robert G. Clouse, et. al., Dois reinos (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2003), pág. 33.
[9] Irineu de Lião, Contra as Heresias in: Patrística (São Paulo, Editora Paulus, 2ª ed., 1995), vol. 4, pág. 108.
[10] Tertulian, On Idolatry in: Ante-Nicene Fathers, vol. 3, pág. 70 citado em G.H. Waterman, Sabbath in: The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible (Grand Rapids, Zondervan Publishing, 1977), vol. 5, pág. 187. Este pai da Igreja é conhecido por causa da sua ortodoxia trinitária. O termo “Trindade” foi cunhado por ele, e Philip Schaff concede-lhe o título de fundador do Cristianismo Latino.

Retirado do Blog: http://doutrinacalvinista.blogspot.com/