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Soli Deo Glória, será?

O tempo passa e com o tempo todo movimento tende (pelo menos em parte) ao excesso.

Já algum tempo venho me incomodando com atitudes que não refletem se quer o ensino desta fé que tanto defendemos. Será que já nos esquecemos daquele abençoado pilar da reforma “Soli Deo Glória?”
O que estou querendo dizer é o seguinte; a admiração excessiva a pastores e pregadores soa idolatria.

Tenho plena convicção de que os reformadores ficariam incomodados com estas atitudes, porque o uso excessivo de termos teológicos que tem o seu valor histórico como “calvinismo” tende a nos fazer exclusivistas, entenda bem... Estou falando do “uso excessivo”. Tenho certeza que o reformador genebrino reprovaria isso.

Não somos chamados para defender a nossa religião, nem para discussões frívolas, somos chamados para “batalhar pela fé que uma vez por todas foi dada aos santos” (Jd v. 3).

Minha “bronca” não é só em relação em relação ao uso excessivo da imagem dos reformadores, mas também em relação aos novos pregadores “parece que a palavra dos caras é inerrante e inspirada”. Será que nos esquecemos que a nossa teologia deve ser centrada em Cristo? Nele e nada mais.

As Escrituras é o meio pelo qual conhecemos a Cristo, e por isso ela é suficiente. Ela é a fonte primária, qualquer coisa derivada dela tem a sua importância, mas nunca a ponto de tomar o seu lugar.

Faça um teste você mesmo, que nome você enxerga nas abreviações “J.C”, se o primeiro nome que lhe veio a mente foi João Calvino- Você é idolatra. Se Jesus Cristo, louvado seja o nome do Senhor.
Será que já nos esquecemos que Dele (de Deus), por Ele e para Ele são todas as coisas?. Deus não divide a sua glória.

Aldair Ramos Rios

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