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O Que é o Evangelicalismo?


O Que é o Evangelicalismo?


A Tradição Evangélica - Artigo do Rev. John Stott

Gostaria de argumentar, embora corra o risco de simplificar em demasia e de ser acusado de arrogante, que a fé evangélica não é outra senão a fé cristã histórica. O cristão evangélico não é aquele que diverge, mas que busca ser leal em sua procura pela graça de Deus, a fim de ser fiel à revelação que Deus fez de si mesmo em Cristo e nas Escrituras. A fé evangélica não é uma visão peculiar ou esotérica da fé cristã – ela é a fé cristã. Não é uma inovação recente. A fé evangélica é o cristianismo original, bíblico e apostólico.
A marca dos evangélicos não é tanto um conjunto impecável de palavras quanto um espírito submisso, a saber, a resolução a priori de crer e de obedecer ao que quer que seja que as Escrituras ensinem. Eles estão, de antemão, comprometidos com as Escrituras, independentemente do que se possa descobrir que elas digam. Eles afirmam não ter liberdade para lançar seus próprios termos para sua crença e comportamento. Percebem essa perspectiva de humildade e de obediência como uma implicação essencial do senhorio de Cristo sobre eles.
As tradições católica e liberal tendem a exaltar a inteligência e a bondade humana e, portanto, esperam que os seres humanos contribuam de alguma forma para a iluminação e salvação deles mesmos. Os evangélicos, de outro lado, embora afirmem veementemente a imagem divina que a nossa humanidade carrega, têm a tendência de enfatizar nossa finitude humana e queda e, portanto, de insistir que sem a revelação não podemos conhecer Deus e sem a redenção não podemos alcançá-lo.
Essa é a razão pela qual os aspectos essenciais do evangelho focam a Bíblia e a cruz, bem como a indispensabilidade delas, uma vez que foi por meio delas que a Palavra de Deus nos foi comunicada e que a obra de Deus em favor de nós foi realizada. Na verdade, sua graça apresenta a forma trinitária. Primeiro, Deus tomou a iniciativa em ambas as esferas, ensinando-nos o que não poderíamos saber de outra forma, bem como dando-nos o que não poderia nos ser dado de outra maneira. Segundo, em ambas as esferas o Filho desempenha um papel singular, como o único mediador por meio de quem a iniciativa do Pai foi tomada.
Ele é a Palavra que se fez carne, por meio de quem a glória do Pai foi manifestada. Ele é o imaculado que se tornou pecado por nós para que o Pai pudesse nos reconciliar com ele mesmo. Além disso, a Palavra de Deus falada por meio de Cristo e a obra de Deus realizada por intermédio de Cristo eram ambas hapax , completadas de uma vez por todas. Nada pode ser acrescentado a nenhuma delas, sem que com isso se deprecie a perfeição da palavra e da obra de Deus realizada por meio de Cristo. Depois, em terceiro lugar, tanto na revelação quanto na redenção, o ministério do Espírito Santo é essencial. É ele que ilumina nossa mente para compreender o que Deus revelou em Cristo, e é ele quem move nosso coração para receber o que Deus alcançou por meio de Cristo. Assim, nessas duas esferas, o Pai agiu por meio do Filho e continua a agir por meio do Espírito Santo.
Os evangélicos consideram essencial crer não apenas no evangelho revelado na Bíblia, mas também em toda a revelação da Bíblia; crer não apenas que “Cristo morreu por nós”, mas também que ele morreu “por nossos pecados” e, de forma que Deus, em amor santo, pode perdoar os crentes penitentes; crer não apenas que recebemos o Espírito, mas também que ele faz uma obra sobrenatural em nós, algo que, de variadas formas, foi retratado no Novo Testamento como “regeneração”, “ressurreição” e “recriação”.
Eis aqui três aspectos da iniciativa divina: Deus revelou-se em Cristo e no testemunho bíblico total sobre Cristo; Deus redimiu o mundo por meio de Cristo e tornou-se pecado e maldição por nós; e Deus transformou radicalmente os pecadores pela operação interna de seu Espírito. A fé evangélica, assim afirmada, é o cristianismo histórico, maior e trinitário, e não um desvio excêntrico dele. Pois não vemos a nós mesmos oferecendo um novo cristianismo, mas chamando a Igreja ao cristianismo original.
“Se “evangélico” descreve uma teologia, essa teologia é a teologia bíblica. Os evangélicos argumentam que são cristãos bíblicos plenos e que, para ser um cristão bíblico, é necessário ser cristão evangélico. Explicando dessa forma, isso pode soar como arrogância e exclusivismo, mas essa é uma crença sincera. Certamente, o desejo sincero dos evangélicos é não ser um cristão mais ou menos bíblico. A intenção deles não é ser sectário. Isto é, eles não se apegam a certos princípios apenas para manter a identidade deles como um “grupo”. Ao contrário, sempre expressaram sua prontidão para modificar, até mesmo abandonar, quaisquer das crenças que estimam, ou, se necessário, todas elas, se lhes for demonstrado que não são bíblicas.
Os evangélicos, portanto, consideram como a única possível via para a reunião das igrejas a via da reforma bíblica. De acordo com o ponto de vista deles, a única esperança firme para as igrejas que desejam se unir é a disposição comum para se sentarem juntas sob a autoridade da Palavra de Deus, a fim de serem julgadas por ela”.
“O significado da palavra “conservador” quando aplicada aos evangélicos, é que nos apegamos veementemente aos ensinos de Cristo e dos apóstolos, conforme apresentados no Novo Testamento, e que estamos determinados a “conservar” toda a fé bíblica. Isso foi o que o apóstolo determinou que Timóteo fizesse: “Guarde o que lhe foi confiado”, conserve isso, preserve isso, jamais abandone seu apego a isso, nem deixe que isso caia de suas mãos”.

O Rev. John Stott , Ministro Anglicano e escritor, é ex-Capelão da Rainha da Inglaterra e Reitor Emérito da Paróquia de All Souls, em Londres.

Fonte: http://ordemdesantoestevao.blogspot.com/2008/09/o-que-o-evangelicalismo.html

12:16

O Batismo com o Espirito Santo: Uma Analise Teologica






Por Marcelo Lemos

Rejeitamos o cessacionismo, doutrina que restringe a atuação dos chamados “dons extraordinários” apenas a Era Apostólica. Acreditamos na atuação do Espírito Santo na vida da Igreja hoje, inclusive através dos carismas listados nas páginas do Novo Testamento. No entanto não significa validarmos a Teologia Pentecostal, que este ano estará comemorando seu Centenário no Brasil. No artigo de hoje analisaremos alguns pontos problemáticos do pentecostalismo. Nosso objetivo é analisar “os passos para receber o Batismo com o Espírito Santo”, que os professores pentecostais costumam apresentar.

Tomaremos como base para nosso artigo a Lição 4 da revista Lições Bíblicas, 3 Trimestre de 2006, publicada pela CPAD. Foi esta uma revista preparativa para as comemorações do Centenário do Pentecostalismo Brasileiro.

Antes de prosseguirmos apontamos ao leitor aqueles que nos parecem os maiores problemas da doutrina pentecostal. Primeiro, que o Batismo com o Espírito Santo seja tido como uma Segunda Benção. “... todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo”, diz a revista na página 19. Segundo, a tese de que a evidência de tal batismo o seja o falar “em línguas”. Rejeitamos completamente estas duas proposições.

O Batismo com o Espírito Santo não pode ser uma segunda benção já que está associado ao Novo Nascimento. “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo” (I Cor. 12.13). “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38). Em outras palavras, aquele que nasce de novo é batizado com o Espírito Santo, recebendo a promessa que se cumpriu no Dia de Pentecostes. Este fato é declarado nos lábios do Apóstolo S. Pedro: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, nosso Senhor, chamar” (Atos 2.39).

Nem pode a evidencia do Batismo com o Espírito Santo ser exclusivamente o “falar em línguas”. Tal afirmação contradiz abertamente o ensino do Novo Testamento a respeito dos dons espirituais. “Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Tem todos dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?” (I Coríntios 12.29).

Todavia é verdade que existe uma graduação no poder espiritual concedido a um e outro cristão. Podemos negligenciar os dons e falharmos em atingir a Plenitude que o Espírito tem a nos oferecer. Ou podemos nos exercitar nos dons e crescermos, incluindo a conquista de novos dons. “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais” (I Coríntios 14.1).

Mas isso não é tudo que temos a dizer hoje, além de rejeitarmos o coração da doutrina pentecostal, queremos também analisar o ensino que é dado sobre o “como receber o Batismo com o Espírito Santo”. A seguir analisaremos cada uma das exigências que se costuma apresentar.

Sendo a pessoa já salva. Inquestionavelmente o Batismo com o Espírito Santo não será dado a uma pessoa incrédula. No entanto, o ensino pentecostal é que o Batismo acontece não no Novo Nascimento, mas em algum momento depois, podendo, inclusive, nunca vir a acontecer. De fato, a doutrina pentecostal implica dizer que milhões de cristãos morreram e morrerão sem terem recebido o Batismo com o Espírito Santo. Grandes nomes do Cristianismo como Lutero, Calvino Tomas Cramner, Whiterfield, Spurgeon e tantos outros, revolucionaram o mundo a sua volta sem terem recebido o cumprimento de tal promessa. Essas são implicações da tese pentecostal.

O argumento é que quando os discípulos foram batizados com o Espírito Santo eles já “a) Tinham seus nomes escritos no céu (Lucas 10.20); b) Eram limpos diante de Deus (João 15.3); c) Possuíam em si a vida espiritual (João. 15.5,16); d) Haviam sido enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mateus 10.; Lucas 9.1,2; 10.19)” (pg. 20).

Tal exegese viola o contexto de Atos 2. Evidentemente que os discípulos receberam o cumprimento da Promessa depois de alguns anos de conversão, mas isso se deve apenas ao fato de que o Espírito Santo ainda não havia sido derramado. Como poderiam ter sido batizados antes do Dia de Pentecostes? Absolutamente impossível! Porém, quando a promessa do Espírito Santo se cumpriu naquele Dia de Pentecostes o apóstolo diz aos que ainda não eram convertidos: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38). Vê-se que não existe um intervalo, nem a possibilidade de deixarem de receber a Promessa – a todos os que crerem em Jesus Cristo assegura-se que receberam do Dom do Espírito Santo. A doutrina de uma “Segunda Benção”, portanto, caí por terra diante da clareza das Escrituras.

Crendo e buscando com sede a promessa divina. Ensina o pentecostalismo que para receber o Batismo com o Espírito Santo você precisa: a) aceitar Jesus; b) Crer e buscar com sede o Batismo. Como acabamos de ver este ensino não pode ser verdadeiro, pois separa o “crer em Jesus” do “receber a promessa”. Isso basta para que o rejeitemos completamente. Além disso, são afirmações completamente desprovidas de apoio Escriturístico. Onde a Bíblia ensina tal coisa? Observe o leitor que o Batismo com o Espírito Santo nunca é ordenado nas Escrituras, mas sempre descrito como sendo um fato alcançado pelos cristãos. Mesmo na Igreja de Coríntios, onde tanta carnalidade imperava, Paulo afirma terem sido “todos” batizados com o Espírito: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito” (I Coríntios 12.13). Não existe um único mandamento nas Escrituras para que o cristão seja batizado com o Espírito Santo, pois após o Dia de Pentecostes é impossível ser cristão sem ter recebido tal batismo.

Os pentecostais costumam apontar o fato de que os discípulos passaram vários dias orando no Cenáculo até que a promessa do Espírito se cumprisse. Isso é fato. Todavia, este fato não comprova o ensino pentecostal de que para receber o Batismo com o Espírito santo seja necessário um período de “busca”. Lembramos mais uma vez que até então o Espírito Santo não havia sido derramado sobre a Igreja, e ordem de Cristo era que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai” (Atos 1.4). Certamente ao verem Jesus ressuscitado desejavam sair anunciando o Evangelho a todo Israel e ao mundo. Mas Cristo ordena que fiquem em Jerusalém até que a Promessa se cumprisse. E eles ficam em oração. Observem, no entanto, que o cumprimento da promessa era um fato e não uma possibilidade que poderia ou não acontecer dependendo do quanto orassem!

Depois daquele glorioso dia, o Pentecostes, as pessoas se convertiam ao Evangelho e eram batizadas com o Espírito Santo. Nada nas Escrituras nos diz sobre “crer na Promessa do Batismo”, ou então sobre “Buscar com sede o Batismo”. A mensagem do Evangelho nos diz sobre “crer em Jesus”, e disso nos vêm todos os benefícios, incluindo o Dom do Espírito Santo (Atos 2.38).

Vivendo em santidade. Diz sobre isso a revista que temos citado: “Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a Cristo?” (pg. 21).

Podemos responder a isto com os mesmos argumentos que usamos até aqui: que o Novo Convertido nasce de novo e recebe o Dom do Espírito Santo. Logo, ele não depende de boas obras para isso, apenas a fé. A luz do que expomos até o momento tão conclusão deverá ser obvia. No entanto, podemos expandir um pouco mais nossa argumentação para avaliar melhor o erro pentecostal. O questionamento feito pela revista carrega consigo a ideia de que para receber o Batismo com o Espírito Santo é preciso que o cristão tenha atingido um alto nível de santidade pessoal, do contrário, por mais que ele busque não receberá a Promessa. Assim, temos vários passos: a) crer em Jesus; b) crer na Promessa; d) Buscar com sede a promessa; e) Atingir um alto nível de santificação. Apesar de todo o sistema estar errado, estes dois últimos (‘d’ e ‘e’) são especialmente preocupantes. Como veremos, trata-se de uma doutrina centralizada no homem e não na Graça de Deus.

Não se trata de diminuir ou rejeitar a importância da santificação na vida cristã, mas de não coloca-la como algo centrado no homem. Nossa santificação é obra da Graça de Deus em nós, incluindo nosso arrependimento: “Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida” (Atos 11.18). É Deus, por sua Graça, que nos faz andar na luz de seus mandamentos: “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ezequiel 36. 26,27).

Por isso afiramos juntamente com a Reforma “sola fide”, ou seja, somente pela fé, sem as obras. Não em desprezo as obras, mas em reconhecimento de que tudo o que temos - inclusive as obras que realizamos - nos é dado pela Graça de Deus, e não por nossos méritos pessoais. “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.13).

A santidade pretendida na exigência pentecostal é centrada no homem, é meritória. Trata-se da tentativa humana de negociar com Deus, oferecendo-Lhe algo primeiro. Isso nos leva a uma santificação utilitarista, na qual o homem procura fazer o bem almejando os benefícios que poderá alcançar. Não é santidade pela santidade, mas a santidade em troca de algo. Trata-se de um discurso muito popular em nossos dias, e não está restrito aos campos pentecostais, infelizmente. Somos aconselhados à santidade para sermos mais usados na Obra; para sermos mais eficientes e produtivos; para não amargarmos fracassos. Essa mentalidade esquece-se de pregar e viver a santidade como um bem em si.

De fato, santidade é um princípio na nova vida que o cristão recebe. Não se trata apenas de um meio pelo qual atingimos novos patamares na vida cristã – é um princípio existencial. Não existe a possibilidade de uma nova vida alheia ao princípio da santificação - estão interligadas a tal ponto que a Escritura questiona: “Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6.1). Assim que, não é a santidade um mérito humano, e portanto não se pode usá-la como mercadoria de barganha com Deus, como também é um bem em si mesma, um princípio existencial, e não um mero caminho para chegarmos além.

Acredito que o leitor já terá compreendido o ponto: não podemos buscar a santidade por motivos egoístas. Ser santo para ser mais útil? Ser santo para ser mais usado por Deus? Ser santo para ter um ministério grande? Não, apenas isto: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo” (I Pedro 1.14,15). Vê, santidade como um princípio, não como uma mera ponte.

Para concluir faremos menção a outros detalhes. Em primeiro lugar os riscos inerentes das ênfases errôneas do pentecostalismo. Quantas pessoas usadas por Deus em tantas áreas permanecem atormentadas pela ideia de não terem recebido a Promessa do Espírito, simplesmente porque o ensino pentecostal exige que elas falem “em outras línguas”? Por outro lado, quantas pessoas não se tornaram farisaicas em seu modo de viver, e de julgar os outros, crendo que receberam a Promessa do Espírito devido seus esforços pessoais? E ainda pior: quantos estão tranquilos em sua vida de pecado, imaginando que por possuírem dons Deus está satisfeitas com elas? Sim, pois se para Deus usar alguém é preciso que se esteja agradando a Deus em tudo, então o homem é julgado pelos seus dons e não por sua conduta. Não é de tal pensamento que nasce a recusa e o medo que muitos têm de criticarem “homens usados por Deus”, mesmo que a conduta deles os denuncie como falsos cristãos? Aos tais recordamos o aviso de Mateus 7. 21-23.

Sem espaço para nos estendermos ressaltamos que o erro teológico da “Segunda Benção” ensinada pelos pentecostais não anula uma verdade central das Escrituras: a possibilidade e a necessidade do cristão encher-se constantemente do Espírito Santo: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.18). Do mesmo modo como o Batismo com o Espírito Santo nunca é apresentado nas Escrituras como um imperativo ou exortação, constantemente a Bíblia ordena que os cristãos sejam cheios do Espírito Santo. Assim, o Batismo com o Espírito Santo não é uma “Segunda Benção”, mas a Plenitude do Espírito pode ser descrita desse modo. Temos aqui um mandamento: “Enchei-vos do Espírito”. Há sim, no oceano do Espírito, tesouros a serem buscados.


Sobre o editor: Marcelo Lemos Gonçalves é Bacharel em Teologia, pastor,apaixonado por pregação, liturgia, anglicanismo e escola dominical. Casado, com Meirelene Gonçalves, é pai de dois filhos, Yago e Yuri; e nas horas nada vagas, atua como blogueiro. De vez em quando, acha que sabe fritar pastéis, fazer churrasco e escrever artigos.

Fonte: http://www.olharreformado.com/2011/04/o-batismo-com-o-espirito-santo-uma.html