16:56

Quadrilhas religiosas


Mãos ao alto! Não quero ver ninguém calado. Olhinhos fechados, carinha de choro; Bíblia numa mão, carteira na outra. Isso é um culto, meu irmão! Pegue a notinha mais alta que você tiver e ponha dentro da sacolinha. Depois vire-se sutilmente para o individuo ao seu lado e diga a ele que há um pote de ouro no fim do arco-íris. Que ele será mais forte que o Super-homem. Mais rico que o rei Salomão e mais poderoso que o Barak Obama!

Agora bem alto que é para o inimigo ouvir. Repita comigo: compre batom. – perdão! Diga! Eu sou mais que vencedor! Eu sou muito mais que vencedor. deus vai me colocar por cabeça e não por cauda. Isso é meu, a casa do vizinho é minha; o carro o emprego também. Tô pagaando! - Mais alto, que é para o Satanás ouvi e cair da cama . Eu sou filho do rei. Tudo é meu!- ai, ai, ai, que saudades do Tim Tones!

E olha aê; olha aê! Têm sabonete ungido, pra mamãe e pro papai. Rosa mais milagreira que Santo Antônio amarado de cabeça para baixo. Quem vai querer? Olha aê, olha aê. Vai passado a sacolinha de novo, olha aê! Tem oração forte que só leite de jumenta, baratinha na promoção. Pague uma e leve duas. Desamarra até nó cego. E la garantia soy jô! Olha aé, olha aê! Também tem óleo mais cheiroso que filho de barbeiro, capaz de fritar até pecado oculto. Vamos colocando o real na sacolinha. Que é para comprar um terreninho, nossa Canaã meu irmão. Ajudar na construção do templo. Pagar a rádio no fim do mês. – tem fé não é? Lembre-se que você está nos ajudando a dominar o mundo.

Não se mexa meu irmão! Porque ainda tem mais, vem aí um pregador mais poderoso que reza de benzedeira, que promete prodígios e maravilhas de deixar Hercules no chinelo.- há quem diga que ele cura mais que pomada de banha de cobra. Cura dores ciáticas, dores reumaticas, males de pele, nevrites ou artrozes, equizemas secos ou úmidos, feridas dificeis de sarar, caroços e se lhe passar a mão sara mais do que gelol.

E antes de sair não se esqueça de dar uma passadinha em nossa loja, logo aí na entrada. Tem CDs; DVDs, de entrevista com o demo. Feijões mágicos, pipoca, algodão doce e muito mais. – O que?Acabou o seu dinheiro? Pare de sofrer! Aceitamos cheques pré-datados, cartões de créditos e ainda dividimos sua oferta em dez vezes sem juros! Agora vá embora devagarzinho, não olhe para trás. E volte sempre!

Werton Freire

fonte:http://www.ultimato.com.br/?pg=mural&local=mural_show&util=1®istro=1696

18:17

A Suficiência da Morte de Cristo


Isaías 53:11, "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; ..."

Missionário Calvin Gardner - Igreja Batista de Catanduva

I. O Trabalho da Alma de Cristo
Foi necessária a morte de Cristo no lugar do pecador. Compreendemos o que é o pecado e o motivo que levou Cristo a morrer pelo pecador pelas descrições claras que a Bíblia fornece. Na Palavra de Deus, o pecado é descrito como sendo ausência de justiça ou coisa boa (Sal 14:1-3; 53:1-3; Rom 3:10- 18) e como toda a imundícia e superfluidade de malícia (Tiago 1:21). É também descrito como um recém nascido abandonado na sua imundícia (Ezequiel 16:4,6); um corpo morto (Rom 7:24), um enfermo com doenças abertas e imundas (Isaías 1:5,6), a gangrena (II Tim 2:17) e um sepulcro aberto (Rom 3:13). Entendemos o desprezo que Deus tem pelo pecado quando lemos que não há nenhuma verdade nele (João 8:44), sendo comparado ao vomito de cães e à lama dos porcos (II Pedro 2:22) e até ao pano imundo de uma mulher menstruada (Isaías 30:22; Lam. 1:17).
A Bíblia abertamente diz que até o pensamento do tolo é pecado (Prov. 24:9) nos dando o entender que o pecado é tolice. A Bíblia revela que qualquer coisa sem a fé é pecado (Rom 14:23) nos ensinando que o pecado é o oposto da fé. A Bíblia ensina que o não fazer o bem que se sabe e deve fazer é pecado (Tiago 4:17) nos ensinando que a maldade do pecado é desobediência. Sabemos pela Palavra de Deus que o pecado é claramente descrito como sendo "iniquidade" (I João 3:4; 5:17) nos ensinado que o pecado é contra a lei de Deus.
Para que ninguém tenha dúvidas sobre este assunto, o Apóstolo João diz, pela inspiração do Espírito Santo, que quem peca "é do diabo" (I João 3:8), convencendo-nos claramente que o pecado, em todas as suas considerações, é terrível, abominável e diabólico. Pelas descrições claras e marcantes da Palavra de Deus, entendemos sem a menor dúvida o que levou Cristo à morte de Cristo, tornando real a salvação.
Tanto o pecado quanto aquilo que levou Cristo a morrer no lugar do pecador pode ser melhor entendido pela observação dos frutos podres do pecado. Jesus disse: pelos frutos conhecerá a árvore pois "não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons" (Mat. 7:16,18). Tiago pergunta: "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" e também, "pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos?" Em face à evidente clareza da lógica, Tiago resume: "Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. (Tiago 3:11,12).
À vista de tais verdades, podemos examinar os frutos podres e as obras vergonhosas do pecado e, com isso, entender melhor a sua natureza e o tipo de preço que foi pago por ele. A obras do pecado estão listadas várias vezes pela Bíblia (Gal 5:19-21; Apoc 21:8, 27; 22:15), dando-nos um entendimento da podridão que é o pecado. Aquele ser que foi feito pela própria mão de Deus na Sua própria imagem (Gen. 1:27; 2:7), o superior de tudo que se achava na terra (Heb 2:7,8) é agora, como resultado do pecado, um adúltero e homicida (II Sam 11:4,17; 12:4,7) e - a exemplo de Judas - uma pessoa que acha uma alegria entregar o Filho Unigênito de Deus por dinheiro (Zacarias 11:12; Mat. 26:15). O pecado fez com que esse ser glorioso viesse a ser uma vergonha (Prov. 14:34) e a não ter nenhum traço da glória de Deus (Isaías 64:6; Rom 3:23, "destituídos estão da glória de Deus"). A criação da mão de Deus, a qual gozava da voz do SENHOR que passeava no jardim pela viração do dia (Gen. 3:8; Prov. 8:31), por causa de um só pecado (Gen. 3:6), tornou-se inimiga abominável contra este mesmo benigno e poderoso Deus, negando-O (Jó 21:14; Sal 10:4; 14:1; Prov. 1:25; Rom 1:21, 28) e ficando impossibilitado de agradar a Ele e de entender a Sua palavra (Rom 8:6-8; I Cor 2:14). Aquela criação nobre, em cujo coração foi escrita a lei de Deus (Rom 2:14,15), agora, por causa do pecado, vive diante dEle sem lei (Oséias 8:12; Rom 1:21, 28) fazendo somente o que se acha correto nos seus próprios olhos (Deut 12:8; Juízes 17:6; Prov. 21:2). O homem que o digno Deus fez à Sua própria imagem (Gen. 1:27) agora, pelo fruto do pecado, resiste ao Espírito Santo (Atos 7:51; Rom 7:21-223;
Gal. 5:17), é contra a soberania divina (Rom 9:18-20; Apoc 16:21) e resiste à mensagem de Cristo (Deut 32:15; Prov. 1:25; Jer 32:33; Atos 7:54; 13:50) assim como resiste ao próprio Cristo (Sal 2:3; Mat. 27:20-26). Foi por causa do pecado que o homem, criado reto e bom, tornou-se maldito e cheio de astúcias (Gen. 1:31; Ecl. 7:29). O homem, por ser criatura de Deus, tem o dever de temer, honrar, obedecer e dar glória a Ele (Ecl. 12:13; Apoc 4:11) mas, agora, por causa do pecado, é servo de Satanás e da sua própria concupiscência (João 8:44; Rom 6:16; II Tim 2:26), e em vez de dar ao Criador toda a honra que Lhe é divida, anda em auto-suficiência (Êx. 11:4; Daniel 4:30). Uma conseqüência do pecado é entendida ao se observar a criação, que, feita para dar glória a Deus, anda agora em completa estupidez, por ridicularizar a mensagem da salvação (I Cor 1:23) e tudo o que é santo (I Pedro 4:4). O efeito do pecado é visto no homem que mata os que são santos (Atos 7:54; 9:1,2) e menospreza as misericórdias e benignidade divinas (Rom 2:4). O pecado fez com que o homem a desejasse mais as trevas (João 3:19), a podridão e a imundícia (II Pedro 2:22, vômito e espojadouro de lama) do que a gloriosa luz. Foi o pecado que fez aquele que foi feito para gozar a presença de Deus chegar a conhecer a morte e a separação de Deus (Gen. 2:17; 3:22,23; Rom 6:23) e fez com que este tornasse uma afronta à santidade de Deus (Judas 14,15). Entendemos claramente o que é o pecado quando os seus efeitos são examinados. Não apenas alguns, mas todos os homens estão sob esses efeitos deploráveis (Romanos 3:23; 5:12). Se pelos frutos conhecemos a árvore é conhecido, pelas conseqüências do pecado entendemos o que ele realmente significa.
Entendemos o que é o pecado e o que levou Jesus a morrer pelo estudo do fim terrível do pecado. Aquilo que é contra a justiça e a santidade divina; aquilo que opera ativamente contra o onipotente Deus, pode apenas provocar o antagonismo do justo e poderoso Deus (Ezequiel 18:24). É esse fim que o pecado gera: a ira do eterno e santo Deus. Aquele que é o amigo do mundo tornou-se automaticamente o inimigo de Deus (Tiago 4:4). É esse o fim do pecado: a "inimizade contra Deus" (Rom 8:6). Aquele que resiste a justa autoridade de Deus será, sem misericórdia, reduzido a pó (Mat. 21:44; Luc. 20:18). Esse "pó" é nada mais do que uma afrontosa morte aos maus (Mat. 21:41). Quando o pecado é consumado, a morte é gerada (Tiago 1:15). Não deve pegar ninguém de surpresa pois o resultado, ou fim, do pecado é conhecido desde o começo (Gen. 2:17, "no dia em que dela comeres, certamente morrerás."). A lei avisou do perigo do pecado (Lev 5:17, "E, se alguma pessoa pecar, e fizer, contra algum dos mandamentos do SENHOR ... será ela culpada, e levará a sua iniquidade;"; Tiago 2:10, "Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou- se culpado de todos."). Os profetas repetiram o aviso (Isaías 3:10,11, "Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram." ). O Novo Testamento não deixou o povo menos avisado (Rom 6:23, "Porque o salário do pecado é a morte"; I Cor 15:56, "o aguilhão da morte é o pecado"). Somente os que negam o que declara claramente a Bíblia, a testemunha pela natureza (Rom 1:19,20) e da lei escrita no coração de todo homem (Rom 2:14,15) estão em dúvida ainda hoje sobre o que merece todo pecado. A verdade resumida é: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:20).
O homem tem responsabilidade em agradar o seu criador, o Supremo Deus, o infinito (Ecl. 12:13). O pecado é contra este Deus. Deus é o eterno e infinito ser (Rom 11:33-36). Por ser contra tal Deus, a morte é mais do que uma cessação de existência. A morte, o fim do pecado, é uma eterna e infinita separação de Deus. O primeiro pecado, praticado por Satanás, resultou em separação imediata da benção de estar aceita na presença de Deus com alegria (Isaías 14:11-15; Ezequiel 28:17). Essa separação continua até hoje e será para toda a eternidade. Quando o homem pecou pela primeira vez ele foi lançado fora do jardim onde ele gozava a presença contínua e abençoada de Deus (Gen. 3:8, 23). Quando a época da graça se finda, entendemos pelas Escrituras o eterno fim do pecado. Para todo pecador que não tem os pecados lavados pelo sangue de Cristo, o seu fim é: ser lançado fora da presença misericordiosa de Deus no lago de fogo (Apoc 20:12-15). Estes nunca poderão entrar na cidade celestial (Luc 16:26; Apoc 21:27). Essa separação é uma separação da misericórdia e da benignidade de Deus, que agora está no mundo (Rom 2:4; Isaías 48:22, "Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR."). Essa separação é de ter uma existência eterna conhecendo somente a ira eterna, a maldição e o juízo justo de Deus. A eterna e infinita ira de Deus é "sobre toda a impiedade e injustiça dos homens (Rom 1:18; Efés. 5:6). A eterna e infinita maldição de Deus é para "todo aquele que não
permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las" (Gal 3:10). O juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que fazem a abominação do pecado (Rom 2:1,2). Pelo fim terrível do pecado podemos entender o que é o pecado e o que necessitou Cristo morrer.

II. A Alma de Cristo

O imensurável amor de Deus por Seu povo determinou a necessidade de um grande Salvador do pecado. O próprio Filho de Deus, o Jesus Cristo, é quem Deus sabiamente determinou ser o Único Meio que nos leva a Ele (João 14:6).
Cristo foi o amado de Deus, mesmo antes de nascer na cidade de Belém. "Desde o princípio" (Prov. 8:22) Cristo ocupava a posição de ser "as delícias" de Deus (Prov. 8:30) ou Aquele em "quem se apraz a minha alma" (Isaías 42:1). Antes de criar alguma parte do mundo que agora existe, Cristo tinha glória com Deus (João 17:5), uma posição de amor eterno (João 17:24). Cristo não somente é eterno mas é o Emanuel, que traduzido é: "Deus conosco" (Mat. 1:21-23). Quem Deus deu para ser o sacrifício pelos pecadores arrependidos é o atual Jeová (Joel 2:32; Atos 16:31; Heb 1:8). Não é surpresa então que "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito" (Isaías 53:11).
No tempo oportuno, Cristo "se fez carne" (João 1:14) para ser como o pecador em tudo, mas sem pecado. É entendido que Cristo sofreu as limitações da carne em que Ele nasceu (Luc 2:7; Mat. 1:25) pois Ele crescia em estatura (Luc 2:52) e sujeitou-se aos pais (Luc. 2:51). Como homem, Cristo experimentou cansaço (João 4:6) precisou de dormir (Mat. 8:24), sofreu a sede (João 19:28), a fome (Mat. 21:18), a emoção (chorou – João 11:35; compaixão - Mat. 9:36; e padeceu das nossas fraquezas (Heb 4:15) conhecendo as fortes dores da vida terrestre (Isaías 53:3) e a tentação satânica (Mat. 4:1- 11; Hebreus 4:15). A sua qualidade de homem foi declarada de vez quando Ele foi ferido e morreu (Mat. 27:27-35). Pelo fato de Cristo tornar-se carne, Deus ficou satisfeito com o trabalho da sua alma feito no lugar do homem pecador. Ele é o único substituto do homem ("Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; ... Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossa iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele ... o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.", Isaías 53: 4-6). Por Cristo ter morrido por nós ["morreu por nós" (Romanos 5:6-8)] e ter sido feito pecado por nós (II Cor 5:21), toda a obra destruidora do pecado foi desfeita e vencida. Agora, quando um homem crê arrependido em Cristo pela fé, tem a remissão de todas as suas ofensas (Efés. 1:7; Col. 1:14). Sendo a alma do próprio Cristo que faz tal trabalho, o Santo Deus se satisfaz eternamente.

III. Deus Satisfeito com o Trabalho da Alma de Cristo
Deus é completamente satisfeito pelo trabalho da alma de Cristo. Não resta nada que o pecador arrependido e crente em Cristo faça para contentar Deus para a sua salvação, seja nesta terra agora ou no céu pelo futuro. Cristo, por sua ressurreição, aniquilou o diabo, que tinha o império da morte, (Hebreus 2:14) e é aceito eternamente pelo Pai em glória (Hebreus 12:2). Pelo fato de a obra de Cristo ser suficiente a Deus em tudo e para todo o sempre, proclama-se que "em nenhum outro há salvação" (Atos 4:12). A salvação é exclusivamente por Cristo, pois a Bíblia, pela inspiração do Espírito Santo, declara que "ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (I Cor. 3:11).
Cristo é o Salvador exclusivo para todo e qualquer homem que venha a se arrepender dos pecados e crer pela fé nEle. É fiel e digna de toda aceitação a palavra que diz que "Cristo veio salvar o pecador" (I Tim 1:15). Se você se vê como um sujo pecador e condenável diante de Deus, olhe a Cristo e a ninguém outro ("ninguém vem ao Pai senão por Mim.", João 14:6). Não procure um outro mediador ou mediadora pois há um somente, o próprio Jesus Cristo (I Tim 2:5,6). Por ser Cristo o próprio Deus que se fez carne no lugar dos pecadores, Ele é o único que pode "levar-nos a Deus" (I Pedro 3:18). A sua posição exclusiva é entendida pelo fato de que a Cristo, o único exaltado soberanamente, dobrar-se-á todo o joelho nos céus e na terra, e debaixo da terra, para glória do Deus Pai (Fil. 2:9-11). Não
existe nenhum outro ser angélico, humano ou espiritual para receber tal honra. Satisfaça-se com Quem Deus se satisfaz completa e eternamente.

IV. A Aplicação
Deus já deu o Seu Unigênito Filho, Jesus Cristo. O trabalho da Sua alma resulta uma redenção eterna para todos que venham exclusivamente a Cristo pela fé (Hebreus 9:12; Romanos 5:1; 8:1). O sacrifício necessário pelo pecado nunca mais será dado novamente. A mensagem agora a todos os homens e em todo lugar é: Arrependa-se e creia em Cristo (Atos 16:31; 17:30). Todos os que são cansados da escravidão dos seus pecados são mandados a virem a Este Cristo que satisfaz O Santo Deus (Mat. 11:28-30; Isaías 55:1-3,5,6; Apoc 22:17).
Você, que deseja beber dessa fonte de vida, venha e beba! Venha se arrependendo da sua inimizade contra Deus; clama pela misericórdia de Deus; confie pela fé no sacrifício de Cristo, que agrada completa e eternamente o Pai. A sua salvação eterna é a promessa divina (João 3:16). A fé necessária para agradar Deus vem do próprio Deus. Se você deseja tal obra de Deus por Cristo, clama a Deus que Ele tenha misericórdia e ajude a sua incredulidade (Mar 9:24).
Deus não pede intenção boa obra humana nenhuma, pleno entendimento, esforço futuro qualquer ou intermediários de religião: Cristo é completamente satisfatório a Deus. Cristo satisfaz Deus completamente. Ele satisfaz você na mesma medida?
Este imenso sacrifício que Deus deu para que o homem pecador fosse salvo, não necessita de nenhuma melhora do homem. O que o homem precisa é clamar a Deus pela graça para confiar em Cristo Jesus para possuir essa justiça de Deus (II Cor. 5:21).
É necessário saber que é desrespeito grosso aquele ensino que infere que a mãe de Jesus é necessária mediar o sacrifício de Cristo, agraciar o pecador para vir a Cristo ou em qualquer maneira interceder o sacrifício de Cristo em prol de algum pecador. O sacrifício da pessoa de Cristo tem o suficiente diante de Deus para salvar por toda a eternidade qualquer pecador sem nenhuma participação de Maria. É o Espírito Santo que traz o pecador a Cristo e nenhum meio humano. O pecador que espera que a Maria, um apóstolo, ou outra pessoa facilitar a sua posição diante de Deus faz desrespeito a Jesus Cristo, o Único Mediador entre nós e Deus. Quem confia na mínima parte em Maria ou outra pessoa, ainda jaz debaixo da ira de Deus por rejeitar, até numa mínima parte, Aquele que Deus deu para ser o Salvador completo. Ninguém vem a Deus senão somente por Cristo (João 14:6).
Finalmente é heresia gritante o ensino que a obediência sincera da Palavra de Deus ou uma experiência extraordinária possa de alguma forma aperfeiçoar o que Cristo fez no lugar do pecador. Nenhuma ordenança eclesiástica ou experiência espiritual pode selar, concluir, firmar ou outra maneira terminar o que Deus já completou no Seu Filho. Cristo, sozinho, é o autor e consumador da fé verdadeira em todos os tempos. E é por Cristo somente que o pecador arrependido é feito justo diante de Deus (Hebreus 12:2; II Cor. 5:21). Quando o sacrifício de Cristo, pela fé, é aplicado aos pecados do pecador, Deus verá o trabalho da sua alma e ficará satisfeito. Satisfaz você a limitar-se a Cristo?

Bibliografia
BERKHOF, L. Systematic Theology. Grand Rapids, Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1972.
BÍBLIA SAGRADA. São Paulo, São Paulo, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994.
M'DONALD, JOHN. Mariolatry: Rome's Doctrine of "Mary". Norwalk, Agape Chapel Ministries, sd, http://www.geocities.com/njbibile
PINK, ARTHUR W. Enormity. Ames, International Outreach, Inc., sd.
STRONG, JAMES LL.D., S.T.D. Abingon's Strong's Exhaustive Concordance of the Bible. Nashville, Abingdon, 1980.
Arquivo:suficienciadamortedecristo.doc/studies/special/assuntos/12Out00/Catanduva,São Paulo
Gramática e Ortografia Corrigidos: Dawson Campos Lima, 10/00

Retirado do site: http://www.pibjo.org.br/pdf/bib/cg12.pdf

05:30

O Evangelho é o "poder de Deus"




"...não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..."(Romanos 1:16)

Paulo não tinha do que se envergonhar, o evangelho não é uma filosofia morta, "O Evangelho", é o poder de Deus para transformação do caráter de pessoas. Matheus henry, em seu comentário do texto de Mateus 1:18:25, afirma que:

"... aqueles ... que Cristo salva, são salvos de seus pecados; da culpa do pecado pelo mérito de sua morte e do poder do pecado pelo Espírito de Sua graça.

Ao salvá-los do pecado, os salva da ira e da maldição, e de toda desgraça, aqui e depois.

Cristo veio salvar seu povo não em seus pecados, senão de seus pecados; e, assim, a redimi-los dentre os homens para si, que é separado dos pecadores."


O que a graça faz?...uma frase de Thomas Brooks, representa bem o poder transformador do evangelho, "A graça...transforma leões em cordeiros, lobos em ovelhas, monstros em homens e homens em anjos"

Servimos um Deus que é Onipotente, um Deus que é capaz de realizar o ímpossivel...que é capaz de mudar corações, transformar o caratér do homem...

:
"...não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus "(Rm 1:16)

"Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus"(1 Co 1:18)

"Nós pregamos a Cristo crucificado, escânda-lo para os Judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus" (1 Co 1:23,24)

"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria., mas em demonstração do Espirito e poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus"(1 Co 2:4-5)


Esta explicito que o evangelho é o poder de Deus, mas porque o evangelicalismo moderno não tem experimentado este poder?

Talvez a situação crônica pela qual a igreja contemporânea tem vivido, seja a conseqüência do abandono explícito do evangelho da graça de Deus. Parece que a preocupação com os "números" tanto de membros quanto de contribuições, têm tirado da mente de muitas pessoas o verdadeiro sentido da fé cristã, contudo; que as pessoas estejam na igreja e não fora dela, nada mais importa.

"O barateamento da graça e a fé fácil em um evangelho distorcido estão arruinando a pureza da igreja. O abrandamento da mensagem do Novo Testamento trouxe consigo um inclusivismo putrefato que, com efeito, vê qualquer tipo de resposta positiva a Jesus como um equivalente para a fé salvadora...Nas décadas recentes, tem surgido uma geração de cristãos professos cujo comportamento raramente se distingue da rebeldia em que vive o não-regenerado"¹

A Biblia traça uma linha divisória que distingue o regenerado do não- regenerado, Charles H. Spurgeon afirmou que o " ..pecado e inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio" ...Se existe regeneração existe uma nova vida, se existe conversão a Cristo, então há verdadeiro arrependimento, se há arrependimento então existe ali, uma quebra definitiva de laços com o pecado. É Triste saber que "existem, literalmente, milhares de pessoas que declaram crer em Jesus, como filho de Deus, e, apesar disso, não vêem qualquer necessidade de se separarem deste mundo vil e pecaminoso...."²

Infelizmente, a situação do evangelicalismo mundial é triste, e não somente no Brasil "...pesquisas têm sido realizadas acerca do povo norte-americano, revelando de forma consistente os Estados Unidos como um dos mais religiosos (senão o mais religioso) países do mundo.Na realidade a maior parte da população dos Estados Unidos possui forma de piedade enquanto nega o seu poder (2 Tm 3:5); reivindicam conhecer Deus, mas suas ações O negam (Tt 1:16)"³

Conhecemos pessoas que se "converteram" mas nunca foram convertidas por Deus "...se não lhe tivessem dito que eles "se converteram " você jamais o saberia"£

O que nos resta, é concordarmos com a declaração de Charles H. Spurgeon "A profissão de fé sem a graça divina é a pompa funerária de uma alma morta."

É necessário voltarmos para a palavra de Deus, ensinar o que ela ensina, apontar para o que ela aponta. Somente assim veremos o que o Evangelho é capaz de fazer na vida de um pecador.

Soli deo Glória

Aldair Ramos Rios


Bibliografia
¹Gilson Carlos de S. Santos/ Revista Fé para Hoje, editora Fiel, Pag 44
²Robert Cobb/ Revista Fé para Hoje, Editora Fiel, pag 82
³ George Martin, O deasfio e a chamada para missões mundiais/ Revista Fé para Hoje, editora Fiel, pag 99
£Robert Cobb/ Revista Fé para Hoje, Editora Fiel, pag 82

14:44

Curiosidades

Igreja de Cristo no Brasil
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A Igreja de Cristo no Brasil conhecida também somente como Igreja de Cristo teve início no Nordeste, na cidade de Mossoró (Rio Grande do Norte). Organizada em 13 de dezembro de 1932 por membros oriundos da Assembléia de Deus naquela mesma localidade, os quais voluntariamente entregaram suas credenciais de ministros àquela Igreja irmã, por motivos doutrinários.
Índice
[esconder]

* 1 História
* 2 O Desenvolvimento
o 2.1 1932-1960 (O Primeiro Amor)
o 2.2 Década 1970 (O Grande Avivamento)
o 2.3 Década de 1990
o 2.4 Dogmas
o 2.5 Líderes iniciais
o 2.6 Líderes Continuadores
o 2.7 Organização
* 3 Ligações externas

[editar] História

Houve uma divergência doutrinária entre os dois missionários da Assembléia de Deus no Nordeste, Samuel Nysrtron e Gunnar Vingren, com respeito a salvação pela graça por meio da fé, sem o concurso dos méritos próprios, e a segurança eterna do crente genuíno. A divergência foi evidenciada em algumas publicações, a qual se tornou tema de convenções.

Com essas publicações contraditórias acerca da doutrina da segurança e salvação eterna do crente genuíno, pela graça e pela fé em CRISTO JESUS, um grupo de irmãos elegeu o Pr. Manoel Higino de Souza, para fazer uma carta ao missionário Nils Kastberg, pedindo para marcar uma convenção aonde ele achasse melhor, a fim de que estudassem esses pontos doutrinários, para que nenhum crente nosso viesse a errar quanto a essa doutrina.

Enviaram, então, uma carta solicitando a referida convenção, mas a resposta, que foi negativa, demorou a chegar. Então, combinaram com todos os irmãos que tinham o mesmo pensamento, para estudarem o assunto com profundidade na Bíblia, jejuarem e orarem em busca de uma resposta do Senhor Jesus, desde o dia 20 de maio de 1932 a 13 de dezembro de 1932. Neste momento chegou a resposta da carta negando a realização da convenção, contrariando a expectativa de todos, o missionário Nils Kastberg, disse “estar de acordo com os ensinos da salvação condicional, e quem estivesse aborrecido que saíssem para onde quisessem...” .

Diante desse impasse, e por não ter outra alternativa, todos os líderes acima mencionados, devolveram voluntariamente suas credenciais de Obreiros, à liderança da Assembléia de Deus, respectivamente de Pastores, Presbíteros e Evangelistas.

Assim sendo, no dia 13 de dezembro de 1932, tomaram a decisão histórica de definitivamente organizarem o trabalho da IGREJA DE CRISTO, em Mossoró-RN. Inicialmente a denominação surge com o nome de “Assembléia de Cristo” e em 1934 passou ao nome definitivo de Igreja de Cristo. Para não confundir a Igreja de Cristo que é o Seu corpo e Templo do Espírito Santo, com o prédio e a organização institucional, por revelação da Palavra de Deus, conforme Mc.11:17a; Is.56:7; At.17:24b, decidiram transcrever à frente dos prédios onde se reúnem, a expressão: CASA DE ORAÇÃO DA IGREJA DE CRISTO.

[editar] O Desenvolvimento

Pode-se dividir a história da Igreja de Cristo nos seguintes momentos:

[editar] 1932-1960 (O Primeiro Amor)

Neste período a igreja vive uma grande motivação evangelizadora o que provocou um grande crescimento, abriram-se trabalhos em Apodi, Itáu, Caraúbas, entre outros.

[editar] Década 1970 (O Grande Avivamento)

Esse grande avivamento iniciou-se na Igreja de Cristo em Parque Araxá, Fortaleza - CE, na década de setenta. Revolucionou a Igreja no Ceará e com grandes repercursões no Rio Grande do Norte, resultando calorosas reuniões de oração, curas, milagres, revestimento de poder e dons espirituais, surgindo vários trabalhos e novos obreiros. O grande fruto deste período foi a criação do Seminário da Igreja de Cristo na cidade de Fortaleza, que contribuiu com a formação de diversos obreiros.

[editar] Década de 1990

A Igreja tem vivido definições organizacionais internas, como projetos de apoio aos obreiros, projetos de missões e nova estrutura organizacional em nível nacional e regional.

[editar] Dogmas

A Igreja de Cristo foi uma igreja de vanguarda. Vanguarda é aquilo que está na dianteira do exército. A igreja por toda a sua história foi considerada uma igreja à frente de outras em seus ensinos e prática:

* Enquanto surgiam pelo Brasil diversas denominações pentecostais que defendiam a perseverança como condição para a salvação, a Igreja de Cristo foi o único grupo pentencostal que apontava para a obra eterna de Deus pela salvação e segurança do crente em Jesus. Afirma que se Deus é eterno e sua obra também é, logo a salvação não pode jamais ser perdida (cf. Jo 10:28).
* O “Batismo com o Espírito Santo” era a regra geral entre todos os pentecostais que o batismo se dava como uma segunda bênção para o crente que falasse em línguas. A Igreja de Cristo, no entanto, foi o primeiro e único na época a defender que o crente recebe o batismo do Espírito Santo no momento da conversão (cf. Gl 3:5; Lc 24:49).
* A Igreja de Cristo teve acesso as mais diversas denominações, desde as chamadas tradicionais até as pentecostais. A Igreja de Cristo sempre desenvolveu o espírito de unidade do corpo de Cristo, nos mais diversos segmentos do protestantismo.
* A Igreja de Cristo também se destaca pelo fato de se ter iniciado no Nordeste brasileiro. Foi o primeiro grupo cristão que começou no Nordeste e se espalhou pelo Brasil.

[editar] Líderes iniciais

Pastores

* Manoel Higino de Souza
* João Vicente de Queiroz
* Gumercindo Medeiros
* Eustáquio Lopes da Silva

Presbíteros

* Cândido Barreto
* Tomaz Benvindo

Evangelistas

* João Morais
* Domingos Barreto
* Francisco Alves

Todos os líderes organizadores estão mortos. O último pioneiro que permaneceu mais tempo vivo, foi o Pr. João Vicente de Queiroz, que liderou a Igreja de Cristo em Fortaleza de 1946 a 1997 e morreu no dia 17 de agosto de 1997, com mais de 91 anos.


[editar] Líderes Continuadores

* Antonio Andrade
* José Dantas
* Djalma Pereira
* David Marroque
* Antonio Dantas
* Carlos P.Queirós

[editar] Organização

A Igreja de Cristo no Brasil tem como forma de governo o sistema Teocrático-Congregacional (governo de Deus exercido na congregação). Nacionalmente o seu órgão organizacional máximo é o Conselho Nacional composto de todos os pastores presbíteros, evangelistas, diáconos, missionários, dirigentes, igrejas locais e congregações. Por sua vez os oficias das igrejas e congregações estão organizados em Conselhos Regionais que possuem autonomia administrativa. Possui ainda a SENAMIC (Secretaria Nacional de Missões), orgão responsável, junto ao Conselho Nacional, pela obra missionária fora das regiões eclesiásticas no Brasil e no exterior. Cada igreja local possui seu Conselho ou Liderança e Diretoria que é responsável pela administração da mesma.

[editar] Ligações externas

* Pàgina da Igreja de Cristo em Parque Genibau
* Igreja de Cristo no País da Gâmbia-África
* Página da Igreja de Cristo em Lagoa Nova - Natal/RN
* Página da igreja de Cristo em Belford Roxo - Rio de Janeiro

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Cristo_no_Brasil

16:17

Um Lobo em Pele de Ovelha

Como a Teologia de Charles Finney Assaltou o Movimento Evangélico

(Copyright © 1998, 1999 by Phillip R. Johnson. All rights reserved.)

por: Phillip R. Johnson




É irônico que Charles Grandison Finney tenha se tornado um garoto propaganda para muitos evangélicos modernos. Sua teologia estava longe da evangélica. Como um líder cristão, ele dificilmente foi modelo de humildade ou espiritualidade. Mesmo a autobiografia de Finney retrata um caráter questionável. Em sua própria revisão da história de sua vida, Finney admite-se como obstinado, arrogante – e algumas vezes mesmo um pouco desonesto.


Jogando com Fraude desde o Princípio

O ministério de Finney foi fundamentado em duplicidade desde o princípio. Ele obteve sua licença para pregar como ministro Presbiteriano professando fidelidade à Confissão de Fé de Westminster. Mas ele mais tarde admitiu que ele era quase totalmente ignorante do que o documento ensinava. Aqui, nas próprias palavras de Finney, está a descrição do que ocorreu quando ele esteve diante do concílio cuja tarefa era determinar se ele estava espiritualmente qualificado e doutrinariamente são:

“Inesperadamente eles me perguntaram se eu recebia a Confissão de Fé da Igreja Presbiteriana. Eu não a tinha examinado, - Ela é uma grande obra contendo os Catecismos e a Confissão Presbiteriana. Isto não tinha feito parte de meu estudo. Eu repliquei que a recebia pela substância da doutrina, tanto quanto eu a entendia. Mas eu falei de uma maneira que claramente implicava, eu acho, que eu não fingia conhecer muito sobre ela. Contudo, eu respondi honestamente, como eu entendia naquela época” [Charles Finney, The Memoirs of Charles Finney: The Complete Restored Text (Grand Rapids: Academie, 1989), 53-54].

A despeito de sua insistência Clintoniana em que “respondeu honestamente,” está claro que Finney deliberadamente enganou seus examinadores. (Sua capacidade para analisar termos legais lhe teria servido bem tivesse ele sido um político no final do século vinte. Mas ele denuncia uma espantosa falta de pudor para um pastor em sua própria era). Ao invés de admitir que ele era totalmente ignorante dos padrões doutrinários de sua denominação, ele diz que “falou de uma maneira” que implicava (“eu acho”) que ele não conhecia “muito” sobre aqueles documentos. A verdade é que ele jamais tinha sequer examinado a Confissão de Fé e não sabia absolutamente nada sobre ela. Ele estava deploravelmente despreparado para a ordenação, e ele não tinha nenhum direito de solicitar uma licença para pregar sob os auspícios do presbitério. “Eu não estava informado de que as regras do presbitério requeriam que eles questionassem um candidato se ele aceitava a Confissão de Fé Presbiteriana,” escreveu Finney. “Por isso eu nunca a li” [Memoirs, 60]. Assim quando ele disse a seu concílio de ordenação que recebia a Confissão “pela substância da doutrina,” nada poderia estar mais longe da verdade! Entretanto, o concílio ingenuamente (e também totalmente condescendente) aceitou Finney por sua palavra e o licenciou para pregar.

A credibilidade de Finney é além disso desfigurada pelo fato de que quando ele, mais tarde, leu as Símbolos de Westminster e constatou sua discordância em quase todos os pontos cruciais, ele não renunciou a comissão que ele tinha recebido sob falsas pretensões. Ao invés disso, ele admitiu a posição que ele tinha enganado aqueles homens ao darem-lhe – então usou isso pelo resto de sua vida para atacar suas convicções doutrinárias. “Tão logo eu aprendi quais eram os claros ensinos da Confissão de Fé sobre estes pontos, eu não hesitei, sob qualquer condição em toda ocasião conveniente, em declarar meu dissentimento deles,” ele ostentava. “Eu os rejeitei e os expus. Onde quer que eu descobrisse que qualquer classe de pessoas estava escondida atrás desses dogmas, eu não hesitava em demoli-los, o que eu era capaz” [Memoirs, 60]. O fato de que Finney tinha obtido suas próprias credenciais professar lealdade a Confissão de Fé não o perturbavam de modo algum. “Quando eu vim a ler a Confissão de Fé, e vi as passagens que eram citadas para sustentar aquelas posições peculiares, eu fiquei absolutamente envergonhado dela,” ele declara francamente. “Eu não podia sentir qualquer respeito por um documento que empreendesse impor sobre a humanidade tais dogmas como aqueles” [Memoirs 61].


Bagagem de Anos de Incredulidade

As discordâncias de Finney com os padrões doutrinários denominacionais claramente não foram opiniões formadas após seu exame pelo concílio. Como ele próprio admite, ele tinha conscientemente rejeitado o quadro teológico básico da confissão Presbiteriana muito antes de estar diante daqueles homens. Ele escreve sobre o debate doutrinário que ele tinha provocado com seu pastor, George W. Gale: “Eu não pude aceitar sua concepção em matéria expiação, regeneração, fé, arrependimento, escravidão da vontade, ou qualquer de suas doutrinas afins” [Memoirs, 46].

Mesmo antes de sua conversão, Finney tinha levantado muitas das mesmas discussões e objetado fortemente o ensino de Gale naqueles pontos. Ele escreveu:

“Eu agora acho que algumas vezes critiquei seus sermões imerecidamente. Eu levantei tais objeções contra suas posições quando elas mesma forçaram minha atenção... O que ele entendia por arrependimento? Era um simples sentimento de tristeza pelo pecado? Era um completamente passivo estado da mente? Ou envolvia um elemento voluntário? Se era uma mudança de mente, em que respeito era uma mudança de mente? O que ele entendia pelo termo regeneração? O que tal linguagem significava quando se fala de tal mudança espiritual? O que ele entendia por fé? Era simplesmente um estado intelectual? Era simplesmente uma convicção, ou persuasão, de que as coisas declaradas no Evangelho eram verdade?” [Memoirs, 10 – 12].

A “conversão” de Finney parece não ter alterado seu ceticismo sobre o ponto de vista de sua denominação sobre qualquer destas cruciais doutrinas evangélicas. Após sua crise experimental, estas foram as verdadeiras questões sobre as quais ele discordou da Confissão Presbiteriana – só que então com mais vigor do que nunca. A intensa experiência emocional que Finney considerou como seu novo nascimento parece simplesmente ter confirmado seu sentimento que ele estava certo sobre cristianismo e Escritura – e que a maioria dos líderes de sua denominação eram ou estúpidos ou iludidos.

De fato, em seu próprio relato de sua conversão e “treinamento”teológico,” Finney confessa-se totalmente indócil. Ele meticulosamente reconta as questões sobre as quais ele e o pastor Gale discordavam. Elas são em sua maior parte sobre os mesmos pontos que Finney diz ter objetado antes de sua conversão. Nem mesmo uma vez Finney admite conceder qualquer ponto a Gale (ou a qualquer outro, por aquele assunto). Ele obviamente acreditava que sua compreensão intuitiva da verdade espiritual, combinada com seu treinamento legal, automaticamente faziam-no mais doutrinariamente habilitado do que todos os pregadores Presbiterianos, treinados em seminários, reunidos. Ele constantemente retratava os líderes da igreja que seguiam a Confissão de Fé como ingênuos e estúpidos. Ele estava convencido que eles não tinham nada a ensiná-lo, e do ponto de sua conversão em diante, ele lança a si mesmo numa função superior, como um reformador de suas obsoletas e indefensáveis doutrinas. Ele escreve:

“O fato é que a educação do irmão Gale para o ministério tinha sido totalmente defeituosa. Ele tinha absorvido um conjunto de opiniões, ambos teológicas e práticas, que eram uma camisa de força para ele. Ele poderia realizar muito pouco ou nada se levasse a cabo seus próprios princípios. Eu usufruía de sua biblioteca, e explorava-a totalmente sobre todas as questões de teologia que surgiam para exame; e quanto mais eu examinava os livros, mais eu ficava insatisfeito". [Memoirs, 55].

Assim sendo, convencido que seu tutor (pastor Gale) e todos os livros Reformados e Puritanos na biblioteca de Gale eram totalmente inúteis, Finney partiu para a criação de um sistema teológico mais para sua própria preferência.

“Em primeiro lugar, não sendo nenhum teólogo, minha atitude com respeito a peculiar concepção [de Gale] foi mais propriamente aquela de negação ou rejeição, do que de oposição a qualquer concepção concreta para ele. Eu dizia, ‘suas posições não são provadas.’ Eu freqüentemente dizia, ‘Elas não são suscetíveis de provas’. Assim eu pensava então, e assim eu penso agora.... Eu não tinha nenhum lugar para ir senão diretamente à Bíblia, e à filosofia e articulações de minha própria mente como elas eram reveladas na consciência. Minhas concepções adquiriram uma forma concreta, mas lentamente. Eu, primeiro achei-me incapaz de aceitar sua concepção peculiar; e segundo, gradualmente formei concepções de mim próprio em oposição às dele, as quais pareceram-me ser inequivocadamente ensinadas na Bíblia.” [Memoirs, 55, ênfases adicionadas].

Em outras palavras, as primeiras opiniões de Finney sobre “o[s] tema[s] pecado, regeneração, fé, arrependimento, escravidão da vontade, [e] doutrinas afins” tornaram-se a bagagem que ele arrastou adiante para dentro de sua própria teologia sistemática peculiar. Tendo contestado a posição doutrinária do pastor Gale nestes pontos desde antes de sua conversão – e especialmente agora que Finney compreendeu que estas idéias vinham da própria Confissão – ele cresceu em desprezo pelos padrões doutrinários da “Velha Escola”. Ele não estava interessado em estudar livros que defendessem tais doutrinas.

Sem qualquer “concepção concreta” propriamente sua (exceto seu obvio desprezo pela doutrina Reformada), ele estava satisfeito por enquanto em rejeitar o ensino de Galé com “negação ou rejeição.” Mas Finney logo perceberia que necessitava algo mais do que rejeição para responder às doutrinas da Confissão Presbiteriana. Assim ele determinou trabalhar explorando as páginas da Escritura em busca de argumentos contra a doutrina menosprezada, enquanto delineava novas doutrinas mais apropriadas às “filosofias e articulações da [sua] própria mente.” Idéias com as quais Finney tinha brincado desde seus dias pré-conversão tornaram assim o coração da teologia que ele esposou até o fim de sua vida. Em outras palavras, como um novo “convertido,” Finney simplesmente delineou uma teologia que se amoldasse ao seu já estabelecido preconceito.

Em suas Memórias, suas Cartas sobre o Reavivamento, e sua Teologia Sistemática, o que aparece, francamente, não é um homem com uma alta consideração pela Escritura, mas um homem com uma enfatuada concepção de si mesmo. Onde a Escritura não se adapta a ele, Finney recorre a sofismas para interpretá-la ao contrário. Todas as seções de sua Teologia Sistemática contém parágrafos após parágrafos de filosofia e moralização – algumas vezes sem uma única referência a Escritura por muitas páginas. [1]


Finney versus Hiper-Calvinismo

Finney é freqüentemente retratado como um moderado que lutou contra as influências do hiper-Calvinismo. É verdade que o hiper-Calvinismo (uma corrupção da doutrina calvinista que anula ou minimiza a responsabilidade humana) estava em alta na Nova Inglaterra, e Finney tinha provavelmente exposto a ela. De fato, é justo dizer que o hiper-Calvinismo teve uma maior participação em provocar o clima de frieza espiritual no qual os erros de Finney floresceram. A recepção popular do ensino de Finney foi certamente em grande parte uma forte reação contra os erros do hiper-Calvinismo.

Finney considerava sua própria teologia como um antídoto necessário ao hiper-Calvinismo. Ele escreveu:

“Eu tenho em toda parte achado que as peculiaridades do hiper-Calvinismo têm sido o impedimento para ambos a igreja e o mundo. Uma natureza pecaminosa em si mesma, uma total incapacidade para aceitar a Cristo e para obedecer a Deus, condenação para a morte eterna pelo pecado de Adão e por uma natureza pecaminosa – e todos os dogmas resultantes e afins daquela escola peculiar, têm sido o impedimento de crentes e a ruína de pecadores.” [Memoirs,444].

Mas Finney era novato demais para distinguir entre o bíblico e ortodoxo Calvinismo e o hiper-Calvinismo. Ele embolava-os juntos e acabava rejeitando muita doutrina sã junto com o que ele pensava ser “hiper-Calvinismo.” Longe de ser um “moderado,” Finney contestava o hiper-Calvinismo pela mudança para o extremo oposto – Pelagianismo.

Note que sob a guisa de condenar o “hiper-Calvinismo,” Finney atacou expressamente a idéia de que as pessoas estão caídas e depravadas por causa de pecaminosidade natural herdada de Adão. Que é a doutrina do pecado original, não um dogma hiper-calvinista, mas um princípio padrão da doutrina cristã – e reconhecida como tal por todas as correntes cristãs desde a heresia Pelagiana do quinto século. Note, também, que Finney rejeitou a idéia que pecadores são totalmente incapazes de agradar a Deus (contra Rom 8.7-8). Novamente, total incapacidade não é uma noção hiper-calvinista, mas uma verdade bíblica defendida por Agostinho e semelhantemente pelos Reformadores Protestantes.

Muitas das doutrinas que Finney rejeitou eram centrais ao próprio Evangelho. Lembra-se de seu comentário sobre a concepção de seu próprio pastor? ( “Eu não pude aceitar sua concepção em matéria de expiação, regeneração, fé, arrependimento, a escravidão da vontade, ou qualquer de sua doutrinas afins.”) De novo, nenhuma das questões que ele lista relaciona-se a qualquer erro que origina-se do hiper-Calvinismo. Em lugar disso, o que Finney estava rejeitando eram as doutrinas bíblicas básicas e princípios de longa data da ortodoxia cristã. Ele lançou fora diversos dos aspectos essenciais da doutrina Protestante e Reformada relacionadas a “expiação, regeneração, fé, arrependimento, escravidão da vontade.” Muitas das doutrinas contra as quais ele argüiu mais veementemente são, de fato, verdades bíblicas centrais.

Em outras palavras, não era meramente hiper-Calvinismo – ou mesmo simples Calvinismo – que Finney rejeitou, mas os princípios básicos bíblicos da sola fide e sola gratia (justificação pela somente fé através da graça somente). De fato, Finney abandonou também a sola scriptura (a autoridade e suficiência da Escritura), como demonstrado pelo seu constante apelo ao racionalismo em defesa de sua nova teologia. O movimento que ele liderou portanto representa o indiscriminado abandono de históricos princípios Protestantes.


Finney versus Justificação pela Fé

Especificamente, qual foi o erro mais sério de Finney? No topo da lista fica sua rejeição da doutrina da justificação pela fé. Finney negou que a justiça de Cristo é a única base da nossa justificação, ensinando em vez disso que pecadores devem corrigir seus próprios corações a fim de ser aceitáveis a Deus. (Sua ênfase sobre a auto-correção à parte da divina capacitação é de novo um forte eco do Pelagianismo).

Finney gasta uma considerável quantidade de tempo em diversas obras argüindo contra “aquela ficção teológica da imputação”[Memoirs, 58]. Aqueles que têm qualquer compreensão da doutrina Protestante verá imediatamente que seu ataque a este ponto é uma escandalosa rejeição da doutrina da justificação somente pela fé (sola fide). Isto o coloca além do limite do verdadeiro Protestantismo evangélico. A doutrina da justiça imputada é a mais central da histórica diferença entre o Protestantismo e o Catolicismo Romano. A totalidade da doutrina da justificação pela fé depende deste conceito. Mas Finney ingenuamente a rejeitou. Ele ridicularizou o conceito da imputação como justiça: “Eu não posso considerar e tratar esta completa questão da imputação exceto como uma ficção teológica, alguma coisa relacionada a nossa ficção legal de John Doe e Richard Roe”[Memoirs, 60]. Repudiando a multidão de textos bíblicos que expressamente dizem que a justiça é imputada aos crentes para sua justificação, ele escreveu:

“Estas e passagens similares são contadas, como ensinando a doutrina de uma justiça imputada; e tal como estas: “O Senhor nossa justiça” (Fp 3.9). . . . “Cristo nossa justiça” Cristo é o autor ou provedor de nossa justificação. Mas isto não implica que ele provê nossa justificação imputando Sua obediência a nós. . .” [Charles Finney, Systematic Theology (Minneapolis: Bethany), 372-73].

Aqui Finney não oferece nenhuma explicação convincente do que ele imagina que a Escritura quer dizer quando ela fala repetidamente da imputação de justiça aos crentes (e.g., Gn 15.6; Rm 4.4-6). Mas do começo ao fim de toda sua discussão da imputação Finney freqüentemente insiste que nenhum mérito nem culpa pode justamente ser imputado de uma pessoa a outra. Portanto, Finney argumenta, a justiça de Cristo não pode prover nenhuma base para a justificação de pecadores. Além disso, ele continua:

“[subtítulo:] Fundamento da justificação dos crentes penitentes em Cristo. Qual é a base fundamental ou razão de sua justificação?

1. Ela não está fundamentada em Cristo sofrer literalmente a exata penalidade da lei por eles, e neste senso literalmente comprar sua justificação e eterna salvação” [Systematic Theology, 373]

Pelo emprego de termos tais como “exato”e “literal,” Finney caricaturou a posição a que ele estava se opondo. (O contexto imediato desta citação deixa claro que ele estava argumentando contra a posição delineada na Confissão de Westminster, que concorda com todos os maiores credos e teologias Protestantes em matéria de justificação). Mas Finney não podia turvar sua própria posição: Tendo decidido que a doutrina da imputação era uma “ficção teológica,” ele foi forçado a negar não somente a imputação da justiça de Cristo aos crentes, mas também a imputação da culpa do pecador a Cristo na cruz. Sob o sistema de Finney, Cristo não podia ter realmente carregado o pecado de qualquer pessoa mais ou sofrido a completa punição em seu lugar e por eles (contra Isaías 53.6; 1 Pedro 2.24; 1 João 2.2). Finney portanto rejeitou a doutrina da redenção substitutiva. (nós trataremos isto com mais detalhes abaixo).

A posição de Finney nestes assuntos também induziu-o a definir justificação em termos subjetivos, ao invés de objetivos. Os Protestantes têm historicamente insistido que justificação é uma declaração puramente forense, dando ao pecador penitente uma imediata posição de justiça diante de Deus sobre os méritos da justiça de Cristo, não a sua própria (cf. Rm 10.3; Fp 3.9). Por forense nós entendemos que ela é uma declaração legal, como um veredito do tribunal ou um pronunciamento de casamento (“Eu vos declaro marido e mulher”). Ela muda o status externo da pessoa em lugar de simular alguma espécie de mudança interna, ela é uma realidade completamente objetiva.

A transformação subjetiva do pecador que conforma-nos à imagem Cristo é a santificação – uma realidade subseqüente e separada, distinta da justificação. Desde o alvorecer da Reforma, o consenso Protestante virtualmente unânime tinha sido que a justificação não é em nenhum senso fundamentada ou condicionada a nossa santificação. O Catolicismo, por outro lado, mistura justificação e santificação, fazendo a santificação um pré-requisito para a justificação final.

Finney junta-se a Roma neste ponto. Sua rejeição da doutrina da imputação não lhe deixa alternativa: “A justificação do Evangelho não é para ser considerada um procedimento forense ou judicial” [Systematic Theology,360].

Finney aparta-se mais ainda do Protestantismo histórico por negar expressamente que a justiça de Cristo é o único alicerce da justificação do crente, sustentando em lugar disto que a justificação está fundamentada somente na benevolência de Deus. (Esta posição é idêntica àquela dos Socinianos e teólogos liberais).

Ofuscando o problema ainda mais, Finney listou diversas “condições necessárias” (insistindo que estas não são tecnicamente, fundamentos) da justificação. Estas “condições necessárias” incluem a morte expiatória de Cristo, a fé própria do cristão, arrependimento, santificação, e – o mais sinistro – a contínua obediência do crente à lei. Finney escreveu:

“Não pode haver justificação em um senso legal ou forense, mas sobre o fundamento[2] da universal, perfeita, e ininterrupta obediência a lei. Isto é naturalmente negado por aqueles que defendem que a justificação do Evangelho, ou a justificação de pecadores penitentes, é da natureza de uma forense ou judicial justificação. Eles se apegam à máxima legal, que o que um homem faz por outro ele faz por si mesmo, e portanto a lei considera a obediência de Cristo como nossa, sobre o fundamento que Ele obedeceu por nós” [Systematic Theology, 362].

Naturalmente, Finney negava que Cristo “obedeceu por nós,” alegando que desde que Cristo foi ele próprio obrigado a render total obediência a lei, Sua obediência poderia justificar somente Ele mesmo. “Ela nunca pode ser imputada a nós,” entoa Finney [Systematic Theology, 362].

A clara implicação da concepção de Finney é que a justificação no final das contas depende da própria obediência do crente, e Deus não perdoará verdadeira e finalmente o pecador arrependido até que penitente, ele complete uma vida de completa obediência. O próprio Finney disse outro tanto, empregando a pura linguagem do perfeccionismo. Ele escreveu:

“Sendo a santificação uma condição da justificação, as seguintes coisas são pretendidas:

(1.) Que a presente, total e inteira consagração do coração e vida a Deus e Seu serviço, é uma inalterável condição do presente perdão dos pecados passados, e da presente aceitação de Deus. (2.) Que a alma penitente permanece justificada enquanto esta total consagração do coração perdurar. Se cai de seu primeiro amor no espírito de auto-satisfação, ela cai novamente na escravidão do pecado e da lei, é condenada, e deve arrepender-se e fazer sua ‘primeira obra,’ deve voltar a Cristo, e renovar sua fé e amor, como uma condição de sua salvação....

Perseverança em fé e obediência, ou em consagração a Deus, é também uma inalterável condição de justificação, ou de perdão e aceitação por Deus. Por esta linguagem nesta conexão, você naturalmente entenderá o que eu digo, que a perseverança em fé e obediência é a condição, não da presente, mas da final ou derradeira aceitação e salvação” [Systematic Theology, 368-69].

Assim Finney insistiu que a justificação é basicamente sustentada sobre a performance do próprio pecador, não de Cristo. Aqui Finney mais uma vez volta suas armas contra a doutrina da imputação:

“Aqueles que defendem que a justificação pela justiça imputada é um procedimento forense, tomam a concepção da final ou derradeira justificação, de acordo com sua concepção da natureza da transação. Para eles, fé recebe uma justiça imputada, e uma justificação judicial. O primeiro ato de fé, de acordo com eles, introduz o pecador nesta relação, e obtém para ele uma perpétua justificação. Eles mantém que depois deste primeiro ato de fé é impossível para o pecador entrar em condenação” [Systematic Theology, 369].

Mas não é precisamente isto que a Escritura ensina? João 3.18: “Aquele que nele crê não é condenado.” João 5.24: “Aquele que ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para vida.” Gálatas 3.13: “Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós.” Foi imediatamente depois de seu grande discurso sobre a justificação pela fé que o apóstolo Paulo escreveu: “Agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”(Romanos 8.1). Mas Charles Finney estava relutante em deixar os cristãos descansarem na promessa de “não condenação,” e ele ridicularizou a idéia da segurança em Cristo com uma noção de que conduziria a um viver licencioso. Ele continua, novamente caricaturando a posição de seus opositores:

“porque, uma vez sendo justificado, ele está perpetuamente depois disto justificado, o que quer que ele faça; certamente que ele nunca é justificado pela graça, como para pecados que são passados, sob a condição que ele cesse de pecar; porque a justiça de Cristo é o fundamento, e porque sua própria presente obediência não é mesmo uma condição de sua justificação, assim que, de fato, sua própria presente ou futura obediência a lei de Deus não é, em nenhum caso, e em nenhum senso, um sine qua non de sua justificação, presente ou derradeira.

Agora este é certamente evangelho diferente daquele que eu estou apontando. Esta não é meramente uma diferença sobre alguns pontos especulativos ou pontos teóricos. É um ponto fundamental para o Evangelho e para a salvação, se qualquer um pode ser" [Systematic Theology, 369].

Como o parágrafo final deste excerto deixa claro, o próprio Finney claramente entendeu que o que ele proclamou era um evangelho diferente daquele do Protestantismo histórico. Por negar a natureza forense da justificação, não restou a Finney nenhuma opção senão considerar a justificação como uma coisa subjetiva fundamentada não na obra redentiva de Cristo mas na obediência do próprio crente – e portanto questão de obras, não de fé somente.


Finney versus Pecado Original

Como observado acima, Finney rejeitou a noção que pela culpa de Adão, a pecaminosidade natural é herdada por toda sua descendência. Fazendo isso, ele estava repudiando o claro ensino da Escritura:

“O julgamento derivou de uma só ofensa [pecado de Adão], para condenação... pela ofensa de um [Adão], reinou a morte... por uma só ofensa [pecado de Adão] veio juízo sobre todos os homens... Pela desobediência de um só homem [pecado de Adão] muitos se tornaram pecadores” (Romanos 5.16-19).

Como era de se prever, Finney apelou para a sabedoria humana para justificar sua rejeição do claro ensino bíblico: ”Que lei temos nós violado herdando esta natureza [de pecado]? Que lei requer que nós tenhamos uma natureza diferente daquela que nós possuímos? A razão afirma que nós somos merecedores da ira e maldição de Deus para sempre, porque herdamos de Adão uma pecaminosidade natural?” [Systematic Theology, 320].

Naturalmente, a negação de Finney do pecado original também levou-o a rejeitar a doutrina da depravação humana. Ele ingenuamente negou que a humanidade caída sofre de qualquer “pecaminosidade natural” ou corrupção pecaminosa da natureza humana.

“Depravação moral não pode consistir em qualquer atributo da natureza ou constituição, nem em qualquer estado desviado ou caído da natureza... Depravação moral, como eu uso o termo, não consiste em, nem implica uma natureza pecaminosa, no senso que a alma humana é pecaminosa em si mesma. Ela não é uma pecaminosidade constitucional” [Systematic Theology, 245].

Em lugar disto Finney insistia, “depravação” é uma condição puramente voluntária, e portanto, os pecadores têm o poder de simplesmente desejar de outro modo. Em outra palavras, Finney estava insistindo que todos os homens e mulheres têm uma capacidade natural para obedecer a Deus. Pecados resultam de escolhas erradas, não de uma natureza caída. De acordo com Finney, pecadores podem livremente reformar seus próprios corações, e eles próprios devem fazer assim se são futuros redimidos. Uma vez mais, isto é puro Pelagianismo.

“[Pecadores] estão sob a necessidade de primeiros mudar seus corações, ou sua escolha de objetivo, antes que eles possam expor qualquer vontade de guardar qualquer coisa exceto o próprio objetivo. E isto é claramente a filosofia assumida em toda parte da Bíblia. Que uniformemente representa o não regenerado como totalmente depravado, [3] e chama-os ao arrependimento, para fazer eles mesmos um novo coração” [Systematic Theology, 249].

Finney não estava portanto envergonhado de obter os créditos por sua própria conversão. Tendo rejeitado a sola gratia, Finney tinha destruído a salvaguarda do Evangelho contra a exaltação (Efésios 2.9). Como John MacArthur aponta:

“Finney ao contar a história de sua conversão, deixa claro que ela cria que sua própria vontade foi o fator determinante que efetuou sua salvação: “Num sábado à noite [no outono de 1821], eu tomei uma decisão que determinou a questão da salvação de minha alma de uma vez, que se fosse possível eu faria minha paz com Deus” [Memoirs, 16, emphasis added]. Evidentemente sob intensa convicção, Finney entrou no bosque, onde ele fez uma promessa “que eu daria o meu coração a Deus [naquele dia] ou morreria tentando [Memoirs, 16].” [John MacArthur, Ashamed of the Gospel, (Wheaton, IL: Crossway, 1993), 236.]


Finney versus Expiação Substitutiva

O que mais parecia irritar Finney acerca do cristianismo evangélico era a fé que a expiação de Cristo é uma satisfação penal oferecida a Deus. Finney escreveu: “Eu não tenho lido nada sobre o assunto [da expiação] exceto minha Bíblia, e o que eu achei ali sobre ele eu interpretei como eu teria entendido o mesmo ou passagens similares num livro de leis”[Memoirs, 42].

Assim aplicando os padrões legais americanos do século dezenove à doutrina bíblica da expiação, ele concluiu que seria legalmente injusto imputar a culpa do pecador a Cristo ou imputar a justiça de Cristo ao pecador. Como observado acima, Finney denominou a imputação uma “ficção teológica” [Memoirs, 58-61. Em essência, esta era uma negação da essência da teologia evangélica, repudiando o argumento central de Paulo sobre justificação pela fé em Romanos 3-5 (veja especialmente Romanos 4.5) – de fato anulando todo o evangelho!

Além disso, por descartar a imputação da culpa e justiça, Finney foi forçado argumentar que a morte de Cristo não deveria ser considerada como um real expiação pelos pecados dos outros. Finney trocou a doutrina da expiação substitutiva pela versão da “teoria governamental” de Grotius (a mesma concepção sendo revivida por aqueles que hoje defendem a “teologia do governo moral”).

A concepção Grotiana da expiação está carregada com forte tendência pelagiana. Por excluir o pecador da imputação da justiça de Cristo, esta concepção automaticamente requer que os pecadores obtenham uma justiça de si próprios (contra Romanos 10.3). Quando abraçou tal concepção da expiação, Finney não teve nenhuma escolha a não ser adotar uma teologia que magnífica a capacidade humana e minimiza o papel de Deus na mudança do coração humano. Ele, por exemplo, escreveu:

“Não há nada em religião além dos poderes ordinários da natureza. Um reavivamento não é um milagre, nem depende de um milagre, em qualquer sentido. Ele é puramente um resultado filosófico do uso correto dos meios constituídos – Tanto quanto qualquer outro efeito produzido pela aplicação dos meios... Um reavivamento é assim naturalmente um resultado do uso dos meios como uma colheita é resultante do uso apropriado dos meios” [Charles Finney, Lectures on Revivals of Religion (Old Tappan, NJ: Revell, n.d.), 4-5].

Assim Finney constantemente deprecia a obra de Deus em nossa salvação, minimizando a condição desesperadora do pecador, e superestimando o poder dos pecadores em mudar seu próprio coração. Quando estes erros são traçados de sua fonte, o que nós encontramos é uma concepção deficiente da expiação. De fato, a negação de Finney a expiação vicária está por baixo e virtualmente explica toda sua aberração teológica.


O Resultado das Doutrinas de Finney

Previsivelmente, a maioria dos herdeiros espirituais de Finney decaem na apostasia, Socianismo, moralismo puro, culto ao perfeccionismo, e outro erros relacionados. Em resumo, o principal legado de Finney foi confusão e comprometimento doutrinário. Cristianismo evangélico virtualmente desapareceu da Nova Iorque ocidental durante a própria vida de Finney. A despeito do cômputo de Finney de gloriosos “reavivamentos,” a maioria da vasta região da Nova Inglaterra onde ele manteve suas campanhas de reavivamento caíram em uma permanente frieza espiritual durante a vida de Finney e mais de cem anos depois ainda não emergiram daquele mal-estar. Esta é diretamente devido a influência de Finney e outros que estavam simultaneamente promovendo idéias similares.

A metade ocidental de Nova Iorque tornou-se conhecida como “o distrito destruído pelo fogo,” por causa do efeito negativo do movimento reavivalista que culminou no trabalho de Finney ali. Estes fatos estão freqüentemente obscurecidos no conhecimento popular sobre Finney. Mas o próprio Finney falou de “um distrito queimado” [Memoirs, 78], e lamentou a ausência de qualquer fruto permanente de seus esforços evangelísticos. Ele escreveu:

“Eu freqüentemente fui instrumento em persuadir cristãos a grande convicção, e para um estado de temporário arrependimento e fé.... [Mas] logo cessando de impulsionar-lhes até o ponto onde eles se tornassem tão familiarizados com Cristo como subsistissem nele, eles naturalmente logo recairiam ao seu primeiro estado” [citado em B. B. Warfield. Studies in Perfeccionism, 2 vols: Oxford, 1932), 2:24].

Um dos contemporâneo da Finney registra uma avaliação similar, mas mais asperamente:

“Durante dez anos, centenas, e talvez milhares, foram anualmente relatados serem convertidos de todos os lados; mas agora é admitido, que conversões reais são comparativamente poucas. É declarado pelo próprio [Finney], que “a grande maioria deles são uma desgraça para a religião” [citado em Warfield, 2.23].

B. B. Warfield citou o testemunho de Asa Mahan, um dos companheiros mais próximos de Finney:

“... que nos diz – expressando resumidamente – que todos os que foram participantes destes reavivamentos sofreram uma triste subseqüente apostasia: as pessoas foram deixadas como um carvão apagado que não poderia ser reaceso; os pastores foram tosados de todo o seu poder espiritual; e os evangelistas – ‘entre todos eles,’ ele diz, ‘e eu conhecia pessoalmente com proximidade cada um deles – Eu não posso relembrar um único homem, exceto o irmão Finney e pai Nash, que não tivessem após uns poucos anos perdido sua unção, e se tornado igualmente desqualificado para o ofício de evangelista e de pastor.”

Assim o grande “Reavivamento Ocidental” terminou em desastre.... Repetidas vezes novamente, quando ele propunha revisitar as igrejas, delegações eram enviadas a ele ou outros expedientes usados, para evitar o que era lembrado como uma aflição... Mesmo depois de uma geração ter passado, essas crianças queimadas não tinham gosto pelo fogo [Warfield, 2.26-28].

Finney tornou-se desencorajado com as campanhas de reavivamento e experimentou sua habilidade pastoreando na cidade de Nova Iorque antes de aceitar a presidência do Oberlin College. Durante aqueles anos pós-reavivalistas ele voltou sua atenção para delinear a doutrina do perfeccionismo Cristão. Idéias perfecionistas, em voga neste tempo, eram um playground completamente novo para sérias heresias na periferia do evangelicalismo – e Finney tornou-se um dos mais conhecidos advogados do perfeccionismo. O nocivo legado do perfeccionismo ensinado por Finney e amigos em meados do século dezenove tem sido completamente criticado por B. B. Warfield em seu importante trabalho “Estudos no Perfeccionismo.”

Perfeccionismo foi a conseqüência lógica do Pelagianismo de Finney, e seu previsível resultado foi o desastre espiritual.

Com Fogo não se Brinca

Charles Grandison Finney foi um herege. Esta linguagem não é forte demais. Ainda que ele primasse em disfarçar sua opinião em uma linguagem ambígua e expressões que soam como bíblicas, suas concepções são quase puro Pelagianismo. Os argumentos que ele emprega para sustentar estas concepções foram quase sempre racionalistas e filosóficas, não bíblicas. Canonizar este homem como um herói evangélico é ignorar os fatos do que ele sustentava.

Não seja enganado pelas saneadas edições do século XX das obras de Finney. Leia a "Complete and Newly Expanded" edição de 1878 da “Systematic Theology” de Finney publicada recentemente pela Bethany house Publishers (a versão de 1878 integral com algumas preleções posteriores de Finney adicionadas). Este volume mostra o real caráter da doutrina de Finney. (A versão completa de 1851 já está on-line, e ela também expõe os erros de Finney em uma linguagem não amenizada por redatores posteriores). Por não forçar a imaginação Finney merece ser considerado como um evangélico. Por corromper a doutrina da justificação pela fé; por negar as doutrinas do pecado original e total depravação; por minimizar a soberania de Deus enquanto entroniza o poder da vontade humana; e acima de tudo, por solapar a doutrina da expiação substitutiva, Finney encheu a circulação sanguínea do evangelicalismo americano com poções que têm mantido o movimento mutilado mesmo nestes dias.

Isto é porque você encontrará Finney listado na categoria "Really Bad Theology" de meus bookmarks, e na ala "Unorthodox" do The Hall of Church History.




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Notas:

1. Veja por exemplo, Preleção 16, “Depravação Moral.” Finney segue falando desconexamente sobre depravação “física” versus “moral” por diversas páginas (cerca de 5 na edição Bethany) antes de citar sequer um único verso da Escritura. Toda sua polêmica sobre “depravação física” é, de qualquer modo , desperdiçada, porque nenhum do oponentes teológicos de Finney sequer argumentou que a depravação humana é uma questão física. Novamente, em toda a Preleção 10 (“O que Constitui a Desobediência a Lei Moral?”) Finney cita fragmentos de somente dois versos da Escritura – um total de onze palavras citadas da bíblia na preleção inteira. De qualquer modo, muitas – talvez a maioria – das páginas não contém nenhuma referência à Escritura. Por contraste o padrão de livros de teologia sistemática evangélica contém dúzias de referências por página. A completa característica da “teologia sistemática” é começar com a Escritura e sistematizar um teologia abrangente ponto a ponto. Um teologia sistemática sadia é portanto inicialmente bíblica. Por contraste, Finney construiu um sistema filosófico baseado em argumentos lógicos e legais e confiando mais em seu próprio instinto e especulação do que na Bíblia.

2. Note que Finney misturou muitos termos que ele ostensivamente guardava distinção, essencialmente admitindo que ele considerava a obediência do crente como fundamento da justificação.

3. Embora Finney empregue a expressão “totalmente depravado”, ele deixa claro que está falando de uma condição puramente voluntária, não uma depravação constitucional.


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Outras Fontes:

Em Português:

*
"Como a Doutrina Afeta o Evangelismo?," por Rick Nelson.
*
"O Legado de Charles Finney," por Michael Horton

Em Inglês:

*
"Assessing the Influence of Religious Ideas: Charles Finney's Perfectionism," by Leo P. Hirrel.
*
"C.F.W. Walther Versus Charles Grandison Finney," by Dr. Tom Baker.
*
"Charles Finney and the Disappearance of Revival" by Clive Taylor.
*
"Charles Finney vs. The Westminster Confession," by Michael Horton.
*
"Charles Finney's Doctrine of Justification," by David H. Linden
*
"Finney: The Aftermath," by Monte E. Wilson.
*
On Revivals of Religion: A Review of Charles G. Finney, by Albert Dod. (Não se esqueça de ver também a Parte 2 deste ótimo artigo, uma critica de Finney por um de seus contemporâneos).

Fonte: http://www.monergismo.com/textos/arminianismo/lobo_finney.htm

04:57

Os Atributos de Deus

Postado por André Aloísio

Este estudo foi ministrado por mim na Escola Bíblica Dominical da IEQ Jardim Von Zuben, nos dias 3 e 10 de dezembro de 2006.

“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr.9:23,24)
.

Introdução: A importância do conhecimento de Deus

Deus pode ser conhecido verdadeiramente (Jo.17.3), ainda que não possa ser conhecido plenamente (Sl.139.6; Rm.11.33-34).

Conhecer a Deus é a tarefa primordial e mais importante no que se refere às coisas espirituais. Sem um verdadeiro conhecimento de Deus é impossível ser salvo ou servi-lo e adorá-lo verdadeiramente (Jo.4:22). Para conhecermos a Deus é necessário que Ele se revele a nós (Mt.11:27; Rm.1:19), pois não podemos conhecê-lo com nossos próprios esforços (I Co.1:21). Deus se revela na natureza e principalmente em Sua Palavra.

O que são os atributos de Deus

Os atributos divinos são as características de Deus, a soma das quais definem quem Ele é. Eles refletem diversos aspectos da mesma essência divina.

Os atributos de Deus

Trindade: Deus existe eternamente como três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), cada pessoa é plenamente Deus, e existe só um Deus. Todos os atributos divinos aplicam-se a cada pessoa da Divindade (Mt.3:16,17; Mt.28:19; I Jo.5:7).

Independência:
Deus é um ser não causado e ninguém além d’Ele próprio sustenta Seu ser. Ele não precisa de nós nem do restante da criação para nada, pois existe por si mesmo e não depende de qualquer coisa externa a si próprio para existir (Jo.5:26; At.17:28; Ap.4:11);

Eternidade:
Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no Seu próprio ser, e percebe todo o tempo com igual realismo. Ele criou o próprio tempo e, portanto, é independente dele (Ex.3:14; Sl.90:2; II Pe.3:8);

Imutabilidade:
Deus é imutável no Seu ser, nas Suas perfeições, nos Seus propósitos e nas Suas promessas. Deus não pode mudar porque é eterno e perfeito (Sl.102:25-27; Ml.3:6; Tg.1:17; Sl.33:11; Nm.23:19);

Unidade: Deus não está dividido em partes, mas percebemos atributos diversos enfatizados em momentos diferentes. Não existe um atributo mais importante do que o outro (I Jo.1:5; 4:16);

Espiritualidade: Deus é espírito e, portanto, não tem corpo. Ele existe como ser que não é feito de matéria e que não tem partes, formas ou dimensões (Jo.4:24; I Tm.1:17; Ex. 20:4-6; Dt.4:15-16). As passagens que atribuem a Deus partes corporais (II Cr.16:9; Sl.91:1-4) devem ser entendidas em sentido figurado, pois são antropomórficas;

Onipresença: Deus está presente em todo lugar, estando envolvido na criação e na vida dos indivíduos (Sl.139.7-10);

Onisciência: Deus possui todo o conhecimento, o que significa que ele conhece inclusive o futuro e os nossos pensamentos (Jó 37.16; Sl.139.1-4; Is.46.10; Rm.11.33; Hb.4.13);

Onipotência: Deus pode fazer tudo aquilo que deseja (Gn.17.1; Jó 42.2; Sl.115.3; Is.43.11-13; Mc.10.27). Ele não pode pecar ou agir contra Sua própria natureza (Tg.1.13);

Amor: Deus é amor, o que significa que Ele se doa eternamente aos outros (I Jo.4:8; Jo.17:24). Deus ama a todos, mas não da mesma forma (Mt.5:45; Rm.8:35-39; Rm.9:13);

Justiça: Deus sempre age segundo o que é justo, e Ele mesmo é o parâmetro da justiça (Dt.34:4; Gn.18:25; Is.30:18; Jr.9:24; At.17:31);

Ira: Deus odeia intensamente todo o pecado e aqueles que o praticam (Rm.1:18; 9:22-23; Jo.3:36). O cristão não deve temer a ira de Deus, visto que foi salvo dela pela justiça de Cristo (Rm.5:9);

Vontade: Deus aprova e decide executar todo ato necessário para a existência e para a atividade de si mesmo e de toda a criação. A vontade de Deus envolve as escolhas divinas do que fazer e não fazer (Mt.10:29; Ef.1:11; Ap.4:11; At.4:27-28; Tg.4:13-15). É dividida em vontade secreta e vontade revelada (Dt.29:29). A vontade revelada refere-se a tudo aquilo registrado na Bíblia, e a vontade secreta refere-se aos decretos pelos quais Deus rege o mundo e determina tudo o que irá acontecer;

Santidade: Deus é santo (I Sm.2.2; Sl.99; Is.40.25; Ap.15.4) em dois aspectos: transcendência e pureza moral. A transcendência mostra como Deus está separado e é independente do espaço e do tempo, não sendo limitado por eles (Is.57.15). A pureza moral mostra como Deus está separado de tudo o que é pecaminoso (Lv.20.26; I Pe.1.15,16).

Bibliografia:

CHEUNG, Vincent. Teologia Sistemática. Reformation Ministries International, cap.3.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. Editora Vida Nova, caps.11, 12, 13.

Fonte: http://teologia-vida.blogspot.com/2009/05/os-atributos-de-deus.html

11:57

É UMA ELEIÇÃO DE INDIVIDUOS ou DE GRUPOS E NAÇÕES?



De repente, fui pego por uma declaração de um irmão, que afirmava que a Bíblia ensina uma eleição de grupos e não de indivíduos. Parece que a ignorância sobre o assunto paira sobre muitos corações. Realmente existe um incansável luta para destruir os alicerces desta doutrina gloriosa, mas nem que todo o inferno se levante poderá, de forma alguma, abalar esta gloriosa verdade.

“os arminianos poderão argumentar que o Texto ...(Romanos 9)...não é a respeito de predestinação, mas sobre Deus elegendo nações. Paulo esta aqui falando de Israel como povo escolhido. Tudo isso é verdade em Romanos 9, precisamos considerar, contudo, que na eleição de uma nação, Deus elege indivíduos, nações são constituídas de Indivíduos. Aqui vemos claramente, que Deus Soberanamente elegeu nações, assim como indivíduos. Paulo entende esse tratamento de eleição para além de Israel.”¹

Em outras palavras, a eleição foi pessoal, individual, e particular
O grande pregador batista, Charles H. Spurgeon, conhecido como o príncipe dos pregadores afirma que a eleição é algo pessoal.

“Quanto a esse particular, novamente os nossos oponentes têm procurado transtornar a doutrina da eleição ao afirmarem que deve estar em pauta a eleição de nações inteiras e não de indivíduos isolados. Entretanto o apóstolo havia declarado “...Deus vos escolheu...( 1Tm 2:13,14 )” Trata-se de uma das mais miseráveis e infundadas distorções do mundo, essa que procura mostrar que Deus não escolheu indivíduos, e, sim nações inteiras. Porque a mesmíssima objeção que pode ser levantada contra a escolha de indivíduos isolados, pode ser lançada contra a escolha de nações. Se houver qualquer erro em Deus ter escolhido indivíduos, teria sido muito mais injusto ainda, da parte Dele, se Ele tivesse escolhido nações, posto que as nações são agregados de grandes multidões de indivíduos. E escolher uma nação parece um “crime” mais gigantescos- se é que a eleição é um crime -do que escolher meros indivíduos... Do que se compõem as nações, senão de indivíduos? Que são povos inteiros, senão combinações de diferentes unidades?...Toda e qualquer pessoa que leia este texto bíblico, como também quaisquer passagens paralelas, verá que as escrituras continuamente se referem ao povo de Deus, destacando indivíduo por indivíduo; e elas se referem a cada um deles como um objeto especial da eleição divina. Sabemos que a Bíblia ensina uma eleição individual.”²

Cresci numa denominação arminiana, ouvindo afirmações como esta que diz que “a salvação é algo individual ou que Deus trata cada um individualmente”. Estou ciente que a eleição não é salvação, mas é para a salvação. Tanto a eleição, como a salvação é algo particular.

O que mais declaram os inimigos desta doutrina?

“Eles dizem que a Eleição na Bíblia tem referência só a Israel como nação e aos gentios como um todo, e que é somente uma eleição a posição e vantagem e não á vida eterna...”.

(1) Porem sabemos “... que em Romanos 9 e 11 temos uma eleição individual de Judeus para a vida eterna, bem como a eleição nacional de Israel a posição e vantagem, é evidente...pois:

a) A declaração que Deus tem misericórdia de quem Ele quer e endurece a quem Ele quer. Romanos 9:18...é inaplicável a eleição e rejeição nacionais ou globais. Ela só pode ser aplicada ao trato de Deus com indivíduos. E que ela assim se aplica tornar-se mais evidente ao passo que prosseguirmos além na discussão de Paulo.

b). A objeção antecipada desta maneira de tratar com os homens. Romanos 9:19.
Que é esta objeção em palavras claras?

É isto, como apresentada por A. N. Arnold:
É da vontade de Deus endurecer um homem, uma vez que a vontade de Deus não pode ser resistida com vantagem; mas, se é, como pode Deus culpar a pecadores endurecidos? Pelo Prof. David Brown a objeção é apresentada como segue: Esta doutrina é incompatível com a responsabilidade humana; se Deus escolhe e rejeita, perdoa e castiga a quem Lhe apraz, por que são culpados os que, se rejeitados por Deus, não podem evitar pecar e perecer. E este mesmo comentador prossegue, a dizer que esta objeção mostra a natureza real da doutrina objetada: que é a eleição e a não-eleição à salvação eterna antes de qualquer diferença de caráter pessoal a única doutrina que podia sugerir a objeção aqui apresentada.”.

c). A menção de vasos de misericórdia e vasos de ira. Romanos 9:21-23
Isto é inaplicável à eleição nacional ou global a posição e vantagem. Numa tal eleição as nações não-eleitas e grupos não podem ser justamente representados como vasos de ira, porque tal eleição não os representa totalmente abandonados à ira. Durante os dias do trato especial de Deus com os judeus como a nação eleita, outras nações não estiveram inteiramente excluídas. Indivíduos delas podiam participar das bênçãos teocráticas de Israel por se submeterem e observarem os ritos de Israel.

d). A menção de uma porção de Israel como a eleição e um resto segundo a eleição da graça Romanos 11:5,7.
Neste resto eleito, ajuntando de uma nação eleita, temos uma eleição dentro de uma eleição, uma eleição de indivíduos para a vida eterna que pertenciam e um povo a quem Deus elegera aos privilégios da graça (An American Commentary of the New Testament).

(2) Que os gentios não substituíram os judeus é evidente,... pois :

a) O fato de Israel não ter sido rejeitado no sentido de sua eleição ser revogada.
Israel foi temporariamente rejeitado de sua posição nacional no plano de Deus, mas, quanto à eleição, ainda é benquisto e ainda será restaurado ao seu lugar (Romanos 11:25-31). O chamado de Deus, se nacional, global, ou individual, é imutável (Romanos 11:29). Logo, todo falatório de os gentios terem substituído os judeus é puro idiotice.

b). O argumento de Paulo em Romanos 9:6.
O argumento de Paulo é que a incredulidade da grande massa de judeus não ab-rogou a promessa de Deus a Abraão com fundamento que a promessa não se aplicou a toda a semente de Abraão. Mas, se os judeus tivessem sido rejeitados como atinentes à eleição e os gentios os substituíssem, o argumento de Paulo desenvolver-se-ia alguma coisa como segue:
A escolha de Abraão e sua semente não falhou; porque, ainda que Israel tenha sido rejeitado, os gentios tomaram o seu lugar e Deus tem o direito de escolher a nação que ele quiser aos privilégios do seu reino visível (Comentary Jamieson, Fauset, and Brown).

(3) Que há uma eleição individual dos gentios, tanto como dos judeus à vida eterna é evidente pois:

a) Romanos 9:24.
Neste verso Paulo segue sua referência a vasos de misericórdia... Que para gloria já dantes preparou com a afirmação (V. 24) Mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas dentre os gentios também. Isto mostra-nos claramente que os vasos de misericórdia que são manifestante indivíduos eleitos, constituem-se tanto de judeus como de gentios. Temos assim uma eleição individual de gentios bem como de judeus. Sobre este verso o Prof. Brown nota luminosamente. Aqui, pela primeira vez neste capítulo, introduz-se a chamada dos gentios; tudo antes dizendo respeito não à substituição dos judeus rejeitados pelos gentios chamados, mas à escolha de uma porção do mesmo Israel. Fora total a rejeição de Israel, a promessa de Deus a Abraão não se teria cumprido pela substituição deles pelos gentios; mas sendo só parcial a rejeição de Israel, a conservação de um resto, no qual a promessa valeu, porém segundo a eleição da graça. E agora, pela primeira vez, o apóstolo nos diz que, a par com este resto eleito de Israel, é propósito de Deus tirar dos gentios um povo para Seu nome." (Atos 15:14).

b). Referências à eleição em outros livros do Novo Testamento.
Estas referências aparecem nalgum lugar nesta discussão, pelo que não precisam ser mencionadas aqui. Vire o leitor as páginas deste capítulo e note estas referências, marcando quão certo elas se referem a uma eleição individual para a salvação. Note especialmente II Tessalonicenses 2:13 em contraste com a teoria que a eleição é só para posição e vantagem e não para salvação.

c). Todos os argumentos que dirigimos agora à segundo teoria, a qual nega que a eleição foi individual.
O fato que Deus salva gente como indivíduos
A imutabilidade de Deus, como já indicamos, leva-nos a crer que Deus propôs eternamente fazer tudo o que Ele faz. Portanto, desde que Ele salva o povo como indivíduos, Ele deve ter tido um propósito eterno de os salvar como indivíduos. Este propósito eterno é igual à eleição, e assim está provado ser a eleição individual.
Tudo destes argumentos mostra também que em nenhum sentido a eleição respeita a todos os homens: ela toca somente à aqueles a quem Deus salva atualmente. Todos os outros Ele passou, deixando-os sofrer a justa penalidade dos seus pecados no inferno.”³

Sola Gratia
Aldair Ramos Rios

Bibliografia
¹Sproul, R.C, eleitos de Deus; editora Cultura Cristã
²Spurgeon, Charles H; eleição; editora Fiel
³Simmons, Thomas Paul, Predestinação, traduzido por E.W. Kerr

17:05

O ponto “X” da questão





“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.”(Romanos 1:18)

Um dos pontos de muita discussão; é a questão sobre o “livre-arbítrio”.
Um entendimento distorcido sobre este assunto, pode nos dar um posicionamento errôneo no que diz respeito á doutrina da salvação.
Martinho Lutero, defensor da idéia da depravação total, afirma que a culpa universal da
humanidade, prova que o livre-arbítrio é falso. Ele diz:

“Em Romanos 1:18, Paulo ensina que todos os homens, sem qualquer exceção, merecem ser castigados por Deus...
Se todos os homens possuem o “livre-arbítrio”, ao mesmo tempo em que todos, sem exceção estão debaixo da ira de Deus, segue-se daí que o “livre-Arbítrio” os está conduzindo a uma única direção-da “impiedade e da iniqüidade”.
Portanto, em que o poder do “livre- arbítrio” os está ajudando a fazer o que é certo? Se existe realmente o “livre-Arbítrio”, ele não parece ser capaz de ajudar os homens a atingirem a salvação, porquanto os deixa sob a ira de Deus.”¹


Jonathan Edwards disse que, “como seres humanos caídos, retemos nossa liberdade natural (o poder de agir com nossos desejos), Mas perdemos nossa liberdade moral. A Liberdade moral inclui disposição, inclinação e desejo da alma em relação á Justiça. Foi esta inclinação que se perdeu na queda.”²

Uma frase define bem a condição do homem diante desta questão:
“O Homem possui um tipo de liberdade é claro. De fato ele é livre para fazer o que quer, mas o que ele quer é pecar”³

Não somos coagidos por nenhuma força fora de nós, a questão é que “...nossa vontade sempre escolhe de acordo com sua mais forte motivação do momento” , OU SEJA, “um desejo maligno produz escolhas malignas e ações malignas”£

Será que os homens desejam serem salvos?
Será que desejam parar de pecar?

A Palavra de Deus nos ensina, que o homem não sente prazer pelas coisas de Deus, o Apostolo Paulo mesmo declarou, em Romanos 8:5-8

Porque, os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne;
É evidente aqui, que os não regenerados tem sua vontade escravizada. Foi Jesus mesmo quem afirmou:
Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. (Jo 8:34)

mas, os que são segundo o espírito), para as coisas do espírito.
Aqueles que já foram resgatados pelo Libertador, já não vivem mais em escravidão e servidão ao pecado;

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”(Jo 8:36)

Porque a inclinação da carne é morte;
Os impios estão mortos em seus delitos e pecado. Matheus Henry, Afirma que:
“O pecado é a morte da alma, um homem morto em delitos e pecados não sente desejos pelos prazeres espirituais...Os homens ímpios são escravos de Satanás, ...na escritura fica claro que os homens têm sido mais inclinados à iniqüidade espiritual ou sensual”¢

mas a inclinação do espírito é vida e paz.
Os regenerados foram libertos para viverem para Deus,
“Um pecador regenerado chega a ser um senhor vivente; vive uma vida de santidade, sendo nascido de Deus vive, sendo livrado da culpa do pecado, pela graça que perdoa e justifica”¬

Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
O prazer do pecador está em pecar.
A sua ação pecaminosa, é fruto de sua vontade pecaminosa.

“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”(1 Jo 3:4)

O pecado é transgressão da Lei de Deus, todo pecador é infrator da lei e não esta se sujeita á esta lei.

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

A conclusão então é Obvia, os não regenerados são incapazes de agradar á Deus, são incapazes de se voltarem com suas próprias forças, afinal eles não têm motivação nenhuma e nem vontade para fazerem isto.

O que nós resta, é nos prostrarmos diante de Deus, por sua misericórdia manifestada em nosso favor...


“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós ; é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie.”(Ef 2:8)


Soli deo Glória

Aldair Ramos Rios

Bibliografia:

¹Lutero, Martinho; Nascido Escravo/Editora Fiel
² Sproul, R. C, Verdades essenciais da fé cristã-Editora Cultura Cristã
³Declaração de Zoênio Filho
£ RC, Sproul, Eleitos de Deus, citando Jonathan Edward´s
¢ Henry, Matheus; Comentário Bíblico de Matheus Henry/ Editora CPAD
¬¢Henry, Matheus; Comentário Bíblico de Matheus Henry/ Editora CPAD